Retorno de Trump pode impulsionar o Bitcoin, diz gigante bancário

Retorno de Trump pode impulsionar o Bitcoin, diz gigante bancário

Enquanto as preocupações sobre o domínio fiscal nos Estados Unidos crescem, impulsionado pela monetização da dívida governamental pelo Banco Central americano (Fed), os investidores estão cada vez mais se voltando em ativos alternativos, como Bitcoin, em busca de proteção.

O banco de investimento Standard Chartered afirmou em um relatório de pesquisa nesta terça-feira (7) que esse cenário provavelmente beneficiaria o Bitcoin e outras moedas digitais.

O gigante bancário afirma que uma possível reeleição de Trump poderia ser favorável para as criptomoedas devido a um ambiente regulatório mais propício. “Acreditamos que uma segunda administração Trump seria amplamente positiva através de um ambiente regulatório mais favorável”, afirmou o relatório.

Bitcoin seria uma proteção contra desdolarização

Geoff Kendrick, analista do Standard Chartered, também indicou que o Bitcoin poderia servir como uma proteção contra a desdolarização e a possível queda na confiança no mercado do Tesouro dos EUA em um cenário de domínio fiscal no país.

“Em um cenário de domínio fiscal dos EUA, acreditamos que o bitcoin (BTC) forneceria uma boa proteção contra a desdolarização e o declínio da confiança no mercado do Tesouro dos EUA”, escreveu o analista Geoff Kendrick.

Ele afirma que o preço do Bitcoin tem demonstrado uma correlação positiva com potenciais desenvolvimentos, como uma curva do Tesouro mais íngreme, aumentos nos pontos de equilíbrio e no prêmio de prazo.

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Além disso, o relatório afirma que uma segunda administração Trump poderia acelerar a retirada de compradores estrangeiros do Tesouro dos EUA, devido a preocupações fiscais, algo que já foi observado no passado.

Durante o primeiro mandato de Trump, houve uma média anual de venda líquida de US$ 207 bilhões em dívida governamental dos EUA, em comparação com apenas US$ 55 bilhões sob a presidência de Biden.

O Standard Chartered também sugeriu que uma possível segunda administração Trump poderia apoiar ativamente o Bitcoin e outros ativos digitais, adotando regulamentações mais flexíveis e a aprovação de ETFs nos Estados Unidos.

“Esperaríamos que uma segunda administração Trump apoiasse ativamente o BTC (e os ativos digitais de forma mais ampla) por meio de uma regulamentação mais flexível e da aprovação de ETFs à vista dos EUA.”

Em meio a essas previsões, o banco reiterou sua meta de preço para o Bitcoin, prevendo um valor de US$ 150.000 até o final deste ano e US$ 200.000 até o final de 2025.

As projeções do banco refletem uma confiança de investidores e analistas na resiliência do Bitcoin diante das incertezas macroeconômicas globais, especialmente aquelas relacionadas ao panorama fiscal nos Estados Unidos.



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