O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhará ao Senado, na próxima semana, a indicação dos três novos diretores do Banco Central do Brasil. Se aprovados, assumirão os cargos em 1º de janeiro de 2025. Os indicados são Gilneu Vivan para a vaga de Otávio Damaso na diretoria de regulação, Izabela Correa para a vaga de Carolina de Assis Barros na diretoria de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta, e Nilton David, para a diretoria de política monetária. Essa última é a vaga de Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência da instituição até 2028.
Izabela e Gilneu são funcionários de carreira do BC. David é chefe de operações de Tesouraria do Bradesco, onde está desde 2019. Com isso, cuida de operações de renda fixa, câmbio, commodities e derivativos. Antes disso passou pelo Morgan Stanley, Citi, Barclays e pela Canvas Capital. É formado em engenharia industrial pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP).
Izabela é do BC desde 2006. Mas, assumiu a secretaria de integridade pública da Controladoria Geral da União (CGU) em 2023, após pesquisa de pós-doutorado em integridade e corrupção na Inglaterra. Mas já esteve na CGU antes. Uma de suas outras atividades foi a de professora do Insper. No BC, já foi chefe da divisão de relações interinstitucionais, chefe de divisão para prevenção à lavagem de dinheiro e foi chefe adjunta da secretaria do conselho de diretores e do Conselho Monetário Nacional. É formada em Ciência Política e Governo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Gilneu Astolfi Vivan está no Banco Central desde 1994. Hoje, é chefe do departamento de regulação do sistema financeiro (Denor). É formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem mestrado pela Universidade de Brasília.
A presidente da Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB), Natacha Gadelha, disse que a indicação de uma mulher para a diretoria do banco é importante. “Apesar de no quadro de pessoal do BC sermos 23%, as mulheres são maioria no País (51,5%). Não manter pelo menos uma mulher na diretoria seria um retrocesso”.
