CEO da Vanguard diz que Bitcoin nunca foi uma reserva de valor

CEO da Vanguard diz que Bitcoin nunca foi uma reserva de valor

Tim Buckley, CEO da Vanguard, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, criticou duramente o Bitcoin, afirmando que a moeda digital não é uma opção viável nos portfólios de investimento da gigante de fundos.

Durante uma prévia de um webcast que será publicado integralmente na próxima terça-feira (19), o CEO da Vanguard resolveu esclarecer a posição da empresa sobre os ETFs de Bitcoin, destacando a volatilidade e a falta de valor intrínseco como barreiras significativas.

“Bitcoin precisa mudar como uma classe de ativos”, disse ele, argumentando que, sem essa ‘evolução’, a Vanguard não mudará de opinião.

O CEO da gigante de investimentos permanece firme em sua crença de que o Bitcoin não se enquadra nos portfólios de longo prazo e de aposentadoria devido à sua natureza especulativa e à dificuldade de prever seu crescimento futuro.

“Bitcoin é simplesmente muito volátil e não é uma reserva de valor. Nunca foi. Quando as ações foram massacradas nas crises recentes, o bitcoin foi junto com elas. Então é realmente difícil pensar em como ele pertence em um portfólio de longo prazo.”

Vanguard rejeita ETFs de Bitcoin

Esta não é a primeira vez que a Vanguard critica o Bitcoin. Após a aprovação dos ETFs em janeiro, a empresa já havia confirmado sua decisão de não oferecer acesso a tais produtos, citando preocupações sobre a maturidade e a estabilidade do Bitcoin.

Janel Jackson, Chefe Global de Mercados de Capital de ETFs e Relações de Corretores e Índices na Vanguard, afirmou que o Bitcoin pode “criar caos dentro de um portfólio” devido à sua história curta, falta de valor e fluxo de caixa inerentes.

A Vanguard, conhecida por sua abordagem conservadora em investimentos e foco em ativos com fluxos de caixa, como ações e títulos, mantém sua filosofia de investimento voltada para a estabilidade de longo prazo em vez de ganhos de curto prazo.

Tal filosofia orientou a empresa a evitar tendências de mercado de curto prazo no passado, incluindo fundos de internet na década de 1990 e a remoção de acesso a fundos e ETFs alavancados e inversos, além de ações de balcão em 2019 e 2022.

A posição da Vanguard gerou debates acalorados na comunidade de investimentos, com alguns clientes revelando frustração pela posição da empresa e cancelando suas contas.

No entanto, apesar da controvérsia e da pressão potencial do mercado, a Vanguard permanece inabalável em sua abordagem de investimento tradicional, priorizando classes de ativos que considera fundamentais para o sucesso de investimento sustentado.



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