Um experimento conduzido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelou que 48% dos brasileiros que participaram do teste ContraGolpe demonstraram intenção de investir mesmo diante de sinais evidentes de fraude em uma falsa corretora de criptomoedas.
A iniciativa, lançada em 2024 em parceria com a ANBIMA, criou um site educativo que simulava uma plataforma fraudulenta para avaliar o grau de percepção dos investidores em relação a golpes financeiros. Desde então, mais de 2.600 pessoas acessaram a ferramenta, e os resultados evidenciam uma preocupante vulnerabilidade, inclusive entre os que se consideram bem informados sobre o mercado.
Para ampliar a conscientização, a CVM desenvolveu uma versão definitiva do ContraGolpe, agora em parceria com a ABCripto. A plataforma online e gratuita apresenta situações fictícias, com exemplos de armadilhas comuns — como promessas de retorno garantido e fornece feedback imediato aos participantes, destacando os riscos ocultos por trás de propostas aparentemente atrativas.
Segundo a autarquia, o dado mais alarmante é o número elevado de investidores que continuam propensos a cair em esquemas fraudulentos, mesmo quando expostos a elementos suspeitos. “Isso reforça a necessidade de educação financeira constante e da criação de mecanismos de defesa para proteger as famílias brasileiras do prejuízo”, afirma o órgão regulador.
A ferramenta ContraGolpe continua disponível e busca reduzir os impactos causados por fraudes no mercado de investimentos, especialmente em um contexto de crescente popularidade das criptomoedas.
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