Criptomoeda de jogo P2E desconhecido sobe 118% em meio a recuo do Bitcoin com payroll e inflação nos EUA

Na manhã desta segunda-feira (6), o mercado de criptomoedas movimentava US$ 1,06 trilhão (-2,06%) e espelhava mais uma vez o mercado de ações, em especial os papéis das grandes empresas de tecnologia, por causa da associação entre os projetos envolvendo criptoativos e os investimentos de capital de risco, cuja volatilidade é maior em função do vaivém do mercado, motivo pelo qual os investidores de criptomoedas precisam ficar “com um olho no peixe e outro no gato” em fevereiro.

A retração de preços das criptomoedas começou antes mesmo de o Departamento do Trabalho dos EUA divulgar, na última sexta-feira (3), os dados do payroll, que é o relatório do mercado de trabalho no país, excluindo o setor agrícola. O documento apontou para a criação de 517 mil postos de trabalho em janeiro, número quase três vezes maior do que os 185 mil estimados pela casa de dados Refinitiv.

Os investidores de criptomoedas precisam ficar de olho nos dados vindos dos EUA, principalmente, porque a divulgação da taxa de desemprego de janeiro, que ficou em 3,4%, pode ser um sinal de que a inflação voltou a ganhar força na maior economia global no primeiro mês do ano, o que poderá ser confirmado, ou não, pelo anúncio do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) no próximo dia 14. 

Caso a inflação tenha voltado a mostrar suas garras, são maiores as possibilidades de o Federal Reserve (Fed) apertar com mais intensidade a taxa de juros aumentando as chances de novas quedas acentuadas das criptomoedas. Nesse cenário de cautela, o S&P 500 (SPX), um dos principais índices do mercado de ações, operava em 4.136 pontos (-1,04%) e o DXY, que mede a força do dólar americano, operava em 103,31 pontos (+0,38%).

O Bitcoin (BTC) seguia a desconfiança dos investidores ao ser negociado pouco acima de US$ 22,8 mil (-2,28%), retração que era sentida entre a maioria das altcoins. O ETH era negociado a US$ 1.632 (-2,12%), o DOGE respondia por US$ 0,092 (-3,47%), o MATIC se convertia em US$ 1,20 (-3,55%), o SOL estava precificado em US$ 23,31 (-4,29%), o AVAX era transacionado por US$ 20,06 (-4,21%), o LINK se equiparava a US$ 6,98 (-3,32%), o XMR valia US$ 166,14 (-4,16%) e o APT representava US$ 15,05 (-9,26%).

As altas de dois dígitos se apresentavam em menor quantidade e intensidade. Entre elas estavam o AGIX, avaliado em US$ 0,42 (+30,48%), o JASMY, transacionado a US$ 0,0069 (+25,69%), o FET, comprado por US$ 0,42 (+23,36%), o HOOK, nivelado em US$ 3,72 (+15,83%), o OMG, estimado em US$ 1,76 (+11,80%), o MTL, cotado em US$ 1,43 (+35,14%), o REP, trocado por US$ 8,96 (+35%), o ALI, procurado por US$ 0,052 (+23,16%), o KAS, convertido em US$ 0,0068 (+14,67%), o QRDO, negociado a US$ 0,22 (+32,78%), e o CTXC, transacionado a US$ 0,31 (+20,80%).

Entre os destaques estava o desconhecido KBOX, token do jogo de batalhas play-to-earn (P2E) The Killbox, negociado a US$ 0,00018 (+118%). 

Gráfico diário do par KBOX/USD. Fonte: CoinMarketCap

Pelo que era possível perceber pelos comentários na página do CoinMarketCap, o KBOX dividia as opiniões, que variavam entre o entusiamo com o projeto, que não passava de US$ 134 mil e ocupava a tímida 2.937ª colocação em capitalização de mercado, e o pessimismo encabeçado por comentários de que o jogo não conseguirá sobreviver ao mercado de baixa, além de alguns relatos de perda com o token.

Na última semana, 10 criptomoedas de jogos P2E acumulavam alta mensal de até 594%, apesar dos desafios enfrentados pelo seguimento, enquanto quatro criptomoedas entravam no radar dos investidores com possível queda por despejo de baleias, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS:

Fonte

Facebook
X
LinkedIn
Picture of Sara Oliveira

Sara Oliveira

Redatora e Social Media CriptoBr