A Tether, emissora da stablecoin USDT, anunciou o início de uma operação de mineração de Bitcoin no Brasil, em parceria com a Adecoagro, empresa sul-americana com atuação nos setores de energia e agronegócio.
O projeto será abastecido por fontes renováveis e marca uma nova fase de atuação da Tether em infraestrutura energética e blockchain.
A iniciativa é parte da estratégia da Tether para se tornar uma das maiores mineradoras de Bitcoin do mundo.
Em comunicado oficial, o CEO Paolo Ardoino afirmou que, embora a compra direta da criptomoeda ainda seja mais lucrativa no curto prazo, minerar reforça a segurança da rede e apoia estruturas energéticas descentralizadas e resilientes.
A colaboração entre as empresas ocorre após a Tether adquirir 70% da Adecoagro, em maio, ampliando sua participação iniciada em fevereiro.
Com 230 MW de capacidade instalada de energia limpa na América do Sul, a Adecoagro planeja agora diversificar seu balanço patrimonial com a inclusão de uma reserva estratégica em Bitcoin.
Para o CEO da Adecoagro, Mariano Bosch, o projeto permite estabilizar preços de energia no mercado spot e aproveitar o potencial de valorização do BTC.
Ele destaca ainda que a iniciativa oferece um novo modelo de gestão de ativos energéticos e financeiros no cenário latino-americano.
A operação no Brasil reforça o interesse crescente do setor cripto em práticas sustentáveis, distanciando-se do uso de combustíveis fósseis uma crítica recorrente à mineração de Bitcoin.
Além disso, a decisão da Adecoagro de incluir o BTC como ativo estratégico sinaliza uma possível tendência entre grandes players do agronegócio e da energia.
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