A Polícia Federal divulgou na tarde desta sexta-feira (17) a lista de bens apreendidos durante a Operação Halving, que investiga a empresa de aluguel de criptomoedas Braiscompany, com sede em Campina Grande. Os donos da empresa, Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, estão foragidos e com mandados de prisão temporária em aberto.
Entre os bens, estão carros e relógios de luxo. Os veículos somam mais de R$ 1,5 milhão, e eram aceitos como entrada em contratos de investidores.
Um deles é um Porsche Cayenne, avaliado em aproximadamente R$ 650 mil. Outro veículo é uma BMW X1, orçado em quase R$ 300 mil. Também foram apreendidos pela PF: um Audi A2 (R$ 270 mil), uma Toyota Hilux (R$ 220 mil) e um Nissan Kicks (R$ 110 mil).
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Já os relógios, de acordo com a Polícia Federal na Paraíba, foram modelos Rolex, Hublot, Patek Phelippe e Geneve. São marcas com máquinas que custam entre R$ 20 e R$ 930 mil, no caso de um potente Hublot.
Também foram apreendidos quase R$ 200 mil e US$ 10,3 mil (R$ 53,1 mil na cotação atual), ambos em espécie, capturados em endereços ligados à BraisCompany.
A Polícia Federal ainda apreendeu quatro celulares, 15 computadores e 50 placas de vídeos, que devem passar por perícia.
Com relação aos bens imóveis e criptomoedas, a polícia informou que ainda está realizando este levantamento. Esses dados devem ser liberados na próxima semana, conforme divulgou a PF.
Imóveis também eram aceitos por Antônio Neto Ais como entrada em contratos de aluguéis de criptomoedas. E, de acordo com fontes do setor jurídico especializado em blockchain, os bens cedidos como investimento eram repassados para o nome do empresário.
Justiça bloqueia bens da Braiscompany e dos donos
A Justiça paraibana acatou pedido do Ministério Público Estadual e realizou o bloqueio de verbas e veículos pertencentes à Braiscompany e aos seus proprietários, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias. Decisão é do juiz Carlos Eduardo Leite Lisboa, da 11ª Vara Cível de João Pessoa, decretada na tarde de sexta-feira (17).
O casal dono da empresa de aluguéis de criptomoedas teve a prisão temporária ordenada pela Justiça Federal devido às suspeitas de crimes contra o sistema financeiro, mas não foram localizados pela PF e são considerados foragidos.
“A empresa Braiscompany, como muitas outras que emergiram das profundezas do mercado de capitais nos últimos anos, foi envolvida em escândalos policialescos por possível prática do pichardismo, ou, na expressão mais comum, de pirâmide financeira”, diz trecho da decisão do magistrado.