A Me Poupe anunciou nos últimos dias a reestruturação de seu modelo de negócios, com a intenção de atuar como uma finpactech, com tecnologias como Web3 e inteligência artificial no core do novo negócio.
Em nota ao Livecoins, a empresa diz que a decisão surgiu como consequência de um movimento natural para conseguir desenvolver soluções que possam ser amplificadas em larga escala e com baixo custo de acesso à população.
Dessa forma, passa a atuar como uma finpactech, empresa de tecnologia financeira com foco em impacto social. Mesmo com as mudanças, a empresa diz que o propósito é o mesmo, que é o de democratizar o acesso à liberdade financeira.
Novo co-CEO deve ajudar Me Poupe se posicionar como finpatch com Web3 e Inteligência Artificial
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Para coordenar a implementação desse novo modelo e também a operação diária do negócio, Andreas Blazoudakis, empresário com ampla experiência em tecnologia, comunicação e massificação de conteúdos, assumiu como co-CEO da Me Poupe.
O executivo já esteve à frente da fundação de empresas como Movile (proprietária do iFood) e Playkids. Além disso, Blazoudakis também é CEO e fundador da proptech Netspaces, plataforma de NFTs imobiliários integrados ao aplicativo Me Poupe.
Como finpactech, o principal produto da Me Poupe passa a ser o aplicativo homônimo, que será desenvolvido com base na mesma metodologia criada por Nathalia Arcuri, fundadora da empresa. Ela que orientou os treinamentos e conteúdos desenvolvidos pela empresa desde sua fundação, em 2015.
O app será um agregador do mercado financeiro, usando a tecnologia do open finance e recursos de inteligência artificial e web 3.0 aliados à metodologia desenvolvida por Nathalia, para que, a partir de recomendações personalizadas, os usuários alcancem suas metas financeiras de acordo com o perfil e objetivo de cada um. O serviço será lançado em abril e as funções serão implementadas por fases.
Em nota, Nathalia Arcuri diz que pretende causar impacto social no Brasil com novos recursos financeiros.
“A Me Poupe renasce como uma finpactech, ou seja, uma fintech de impacto social, tendo uma base de 3,5 milhões de clientes, 1,5 milhão de alunos e uma audiência de 25 milhões. Não vamos recomeçar do zero, temos um trabalho de educação financeira super consolidado. Além disso, a metodologia que criamos, que consiste em fazer com que os gastos sejam mais inteligentes e otimizados, fazendo mais com menos, segue a mesma, mas agora com a roupagem da inteligência artificial, o que fará com que a prática da educação seja viabilizada de forma mais ágil, com a tecnologia a nosso favor.”
“Vender cursos ajudou pessoas, mas situação no Brasil segue ruim”, diz Arcuri
Nesse novo modelo de operação da Me Poupe, os treinamentos continuam sendo comercializados, mas com foco no mercado B2B2C (Empresa para Empresa para Consumidor). O objetivo é que as companhias privadas subsidiem os cursos para seus colaboradores e clientes, massificando o acesso ao conhecimento de forma acelerada.
A segundo Nathália Arcuri, ainda que a venda de cursos no passado tenha ajudado, ela entende que o momento é o de ir além.
“Apesar de todo o impacto que causamos com os nossos cursos e conteúdos sobre educação financeira desenvolvidos ao longo desses quase oito anos de atuação, o Brasil ainda tem 70M de endividados e 30M de inadimplentes. Entendemos que é preciso ir além da educação financeira, usando a tecnologia para levar o poder financeiro para as pessoas de forma prática e automatizada. O objetivo é que a população deixe de ser usada pelos produtos financeiros e passe a usá-los em benefício próprio.”
O que muda é que a Me Poupe ampliará seu time de porta-vozes, trazendo novos talentos e especialistas em finanças para falar com o público. A ideia é que Nathália se dedique à estratégia do negócio e visão de futuro da companhia, assumindo também o cargo de CVO (Chief Visionary Officer).