A Genezys, fintech brasileira que desenvolve tecnologia para fundos de investimento, e a Solana, uma das redes blockchain mais usadas atualmente, fecharam uma parceria com foco em fundos de investimento. O objetivo é construir uma infraestrutura para o mercado de gestão de ativos e patrimônio que entregue maior eficiência nas operações e menores custos para gestores, administradores, custodiantes e outros prestadores de serviços.
A princípio, a atuação será no Brasil, um mercado de R$ 8,7 trilhões de patrimônio líquido no primeiro trimestre de 2024, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No mundo, a indústria global de gestão de ativos é de R$ 145 trilhões, segundo a PwC. O problema é que se trata de um mercado com muitos intermediários e acertos de contas entre as partes sujeitas a erros e atrasos. Resultado: pressão sobre os custos e redução do retorno financeiro para gestores e investidores.
“Com a parceria da Solana vamos construir uma infraestrutura completa para o mercado utilizando a blockchain que já está sendo usada no setor financeiro por instituições como a Visa, a Mastercard, a PayPal e a Stripe. As transações na Solana custam uma fração de centavo. Além disso, são confirmadas em menos de um segundo, sendo até 25 vezes mais rápidas do que um Pix. Tudo isso com privacidade e auditabilidade de acordo com as exigências regulatórias” afirma Richard Warrior, CEO da Genezys. A empresa afirma já ter cerca de R$ 1 bilhão em fundos comprometidos.
Solana e Genezys automatizarão fundos
Segundo Diego Dias, líder para América Latina da Solana Foundation, há uma grande oportunidade para melhorias nesse setor. “Iremos liderar esse movimento criando uma rede operacional completa para atender às principais necessidades do mercado de ponta-a-ponta. Assim, eliminaremos a maioria das ineficiências existentes e gerando mais eficiência e segurança.” Ele mesmo vem do mercado financeiro, de bancos como Goldman Sachs e JP Morgan, onde experimentou os problemas do setor.
A solução que os primeiros clientes receberão trará melhorias processos “mais problemáticos e ineficientes”, disseram as empresas. Isso deve levar a uma redução de tempo, burocracia e custos em todas as etapas do ciclo de vida dos fundos, com a automatização de 75% a90% dos, dependendo do tipo de fundo e ativos administrados neles. Além disso, a tecnologia vai fornecer controle dos dados da operação em tempo real de maneira conciliada para todos os atores necessários. A solução também abrange as operações estruturadas feitas por securitizadoras, como CRI e CRA.
“Atualmente, a falta de digitalização dificulta o controle dos lastros, gestão e potencial execução das garantias nos papéis securitizados. A consequência são prejuízos significativos para os investidores por falta de agilidade na execução dos termos. Com os contratos inteligentes, tudo isto é executado de maneira automatizada e simultânea para toda a cadeia. Com isso, facilita a vida dos players e diminuindo o risco para os investidores”, complementa Warrior.
A Genezys é a primeira empresa da América Latina a fazer esse tipo de parceria com a Solana. Na semana passada, a rede ultrapassou a Ethereum em taxas de transação. Isso porque Foram US$ 25 milhões contra US$ 21 milhões, segundo o pesquisador de criptos Dan Smith.
“Nossa rede oferece uma base robusta, flexível e eficiente que, aliada à expertise da Genezys em investimentos, revolucionará a maneira como os fundos são gerenciados, administrados e distribuídos”, completou Diego. As ferramentas que as empresas desenvolverão serão nativas e configuráveis, afirmaram as empresas.
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