Binance se aproxima do Itaú

Binance se aproxima do Itaú

A Binance, maior plataforma de criptomoedas do mundo, finalmente recebeu a autorização do Banco Central (BC) para a aquisição da corretora Sim;paul. Assim, concluindo a venda, poderá ser a primeira do Brasil a ter licença de corretora de valores mobiliários (CTVM). É uma virada de chave na sua atuação no mercado, porque dà à empresa o direito de operar, por exemplo, em todos os tipos de bolsas e oferecer serviços como câmbio e criação e administração de fundos e clubes de investimentos.

Isso tudo poderá ser “casado” com ativos tokenizados, ou seja, com finanças descentralizadas, e transações que venham a envolver o Drex. Portanto, a Binance está mais próxima de exercer, no Brasil, a aproximação entre as finanças tradicionais e as descentralizadas num patamar que ainda não existe entre as exchanges, algo que apenas bancos como o Itaú, que opera nas duas pontas, pode oferecer hoje. Tudo somado, terá uma enorme vantagem enorme em relação às outras exchanges.

Um outro ponto importante é que com a Sim;Paul, vai operar num mercado regulado, o que ainda não é o caso das criptomoedas, que está caminhando nessa direção. A Binance anunciou a compra da Sim;Paul em março de 2022, em meio à pressão e críticas dos concorrentes por operar em certos serviços sem autorização. Tanto que foi multada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Era um cenário similar ao de outros países.

Ao longo dos anos e com as multas, em especial às nos Estados Unidos (EUA) e a prisão de seu cofundador Changpeng Zhao (CZ), a postura mudou. Agora, se diz a favor de regulação. Guilherme Nazar, vice-presidente para América Latina da Binance, disse que a empresa também fará sugestões na consulta pública que está correndo para regulamentação do setor. De qualquer forma, com a autorização sobre a Sim;Paul, o Brasil significa seu 21º marco regulatório global.

A Sim;Paul também tem licença para emissão de moeda eletrônica (EMI). Algumas corretoras, como Crypto.com e Bitso já têm autorização para atuar em outras áreas, como de instituições de pagamentos, o que se refere a transferências, pagamento de contas e de compras, saques e aportes. A Bitso também tem a de Sociedade de Crédito Direto (SCD), o que lhe permite conceder crédito com recursos próprios.

De acordo com o Banco Central, como CTVM, a Binance, por meio da Sim;Paul, poderá agora realizar as seguintes operações:

  • Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros;
  • Operar em bolsas de valores e também nas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros;
  • Intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;
  • Administrar carteiras e custodiar de títulos e valores mobiliários;
  • Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
  • Exercer funções de agente fiduciário;
  • Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
  • Intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras operações no mercado de câmbio;
  • Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros;
  • Realizar operações compromissadas;
  • Rraticar  operações de conta margem;
  • Rrestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais.​

O CEO da Binance, Richard Teng, comemorou a autorização para todos esses serviços que acontece num dos maiores mercados da empresa. Segundo ele, um “mercado efervescente na adoção de criptomoedas”. E disse que o pedido de compra da Sim;Paul está em linha com a busca da empresa por “conformidade”. Esse foi um ponto que Nazar também ressaltou. Além do mercado que significa a autorização.

Nos últimos meses, a Binance obteve registros em mercados como o da Argentina, Índia, Cazaquistão, Indonésia, Dubai, França, Japão e El Salvador.

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