Autoridades da França anunciaram que estão processando a Binance, maior corretora de criptomoeda do mundo. As informações foram publicadas pela Reuters na manhã desta terça-feira (28).
A Binance está sendo acusada de lavagem de dinheiro, fraude fiscal e outras acusações. No entanto, não há mais informações sobre o processo.
Em 2023, a corretora foi processada pelos EUA por acusações similares, precisando pagar uma multa de US$ 4 bilhões, além disso, Changpeng Zhao, fundador e então CEO da Binance, cumpriu quatro meses de prisão.
Também nesta terça-feira (28), a corretora KuCoin pagou uma multa de R$ 1,8 bilhão para o governo americano, declarando-se culpada por não implementar programas de KYC (conheça seu cliente) e AML (anti-lavagem de dinheiro).
O processo contra a Binance foi aberto pela JUNALCO (Jurisdição Nacional de Combate à Criminalidade Organizada), organização francesa com foco em casos complexos de lavagem de dinheiro e outros crimes.
Segundo a Reuters, a investigação compreendeu um período de operações de 5 anos, entre 2019 e 2024. Além de estar sendo acusada de cometer crimes na França, as autoridades também citaram outros cometidos na União Europeia como um todo.
As investigações teriam iniciado após um grupo de investidores afirmar ter perdido dinheiro operando na corretora com base em comunicações feitos pela mesma. Indo além, os usuários também afirmam que a Binance estava operando na região sem uma licença.
Em nota compartilhada pela mídia francesa, o Ministério Público comentou sobre o caso.
“A este estágio, a investigação revela que a Binance teria, no período dos fatos em questão, falhado em suas obrigações de vigilância no âmbito da luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.”
“As investigações concentram-se, em particular, sobre como a Binance cumpria ou não suas obrigações de KYC (conheça seu cliente), tornando-os suscetíveis de ter colaborado com a lavagem habitual de quantias provenientes de diversas infrações, incluindo tráfico de drogas e fraudes fiscais”, afirmou o Ministério Público da França.
Dados do CoinMarketCap mostram que a Binance oferece exposição a 461 criptomoedas no momento desta redação. No entanto, os maiores volumes de negociação são de moedas grandes como Bitcoin, Ethereum, XRP e Solana, todas com desempenho positivo no último ano.
Até o fechamento desta matéria, a Binance não emitiu um comunicado público sobre o caso.
Uma brasileira de São Paulo encontrou pela internet uma vaga de emprego na qual deveria comprar “nós de criptomoedas“, tarefa pela qual seria bem remunerada pelos seus supostos empregadores.
Assim, ao enviar documentos pessoais para os golpistas e até um valor em dinheiro, a vítima acabou perdendo tudo.
O processo ao que o Livecoins obteve acesso mostra que a brasileira lesada pede mais de R$ 22 mil como reparação de danos, para o Nubank, XP Investimentos e 99Pay. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que as instituições financeiras não tiveram culpa no ocorrido, rejeitando o pedido da autora.
Justiça nega pedido de brasileira vítima de falsa vaga de emprego de “compra de nós de criptomoedas”
Ao analisar o caso, a justiça de São Paulo negou os pedidos da autora para receber dinheiro dos bancos, nos quais acusou de fraude bancária na justiça. Por ser uma pessoa sem condições financeiras, ela conseguiu gratuidade da justiça para ingressar com sua causa.
Contudo, o magistrado que analisou o caso entendeu que a culpa pela fraude coube totalmente a vítima, que facilitou a ação golpista, fornecendo dados e dinheiro aos criminosos.
A vítima brasileira ainda tentou recorrer na justiça, apontando que houve má-fé dos bancos que transitaram com seu dinheiro após a fraude.
Brasileira caiu em golpe de compra de vaga de emprego de nós de criptomoedas e processou Nubank, XP e 99Pay. Trecho de processo a que o Livecoins obteve acesso.
Mesmo recorrendo, o juiz relator de segunda instância do Tribunal de Justiça de São Paulo, Guilherme Santini Teodoro, manteve o entendimento sobre o caso.
“Compulsando os autos, verifica-se das conversas, que os terceiros responsáveis pela realização da fraude sofrida pela Autora, entraram em contato com esta he oferecendo oportunidade de emprego, passando-lhe “tarefas” a serem realizadas por esta, dentre as quais, a realização de compra de “nós de criptomoedas”. Vislumbro que nas tratativas havidas, não houve qualquer envolvimento das instituições financeiras Rés.”
O juiz lembrou a vítima ainda que os golpistas se passaram como representantes da empresa Catho Online, para lhe convencer da fraude. Mesmo assim, a vítima não citou a plataforma de empregos no processo, o que o juiz estranhou.
Fraude por culpa exclusiva da vítima
Como o caso envolve uma culpa exclusiva da vítima, que enviou dados e transações para os golpistas, o juiz entendeu ser inaplicável a Súmula 479 do STJ. Ou seja, não houve invasões aos seus sistemas, mas sim uma colaboração com o golpe pela vítima.
Por isso, a justiça brasileira tem o claro entendimento de que fraudes por culpa exclusiva das vítimas não podem culpar terceiros.
Esse caso destaca a importância da cautela ao realizar transações financeiras online, especialmente em situações envolvendo promessas de emprego.
Ou seja, a proliferação de golpes relacionados a criptomoedas exige atenção redobrada dos usuários, que devem desconfiar de propostas que envolvam pagamentos antecipados ou transferências de valores.
O Burwick Law, um escritório de advocacia dos EUA, está processando o site Pump.fun, famoso por facilitar a criação e negociações de memecoins na rede Solana. Segundo o comunicado, investidores que perderam dinheiro em memecoins do site poderão ter direito a uma compensação.
A firma pode conseguir uma ampla gama de clientes com sua jogada. Isso porque, estudos mostram que existem mais de 14 milhões de carteiras que já interagiram com o Pump.fun e 99,5% delas estão no prejuízo.
Fábrica de memecoins Pump.fun pode ser chamada de “fábrica de perdas” já que apenas 0,5% dos investidores ganharam dinheiro no site. Fonte: Dune Analytics.
Como comparação, 95% dos investidores de Bitcoin estão no lucro conforme o preço da criptomoeda está na faixa dos US$ 99.000.
Comunidade criou memecoins sobre o escritório de advocacia
A fúria do Burwick Law pode ter começado quando a comunidade criou diversas memecoins utilizando seu nome. Em nota publicada em dezembro de 2024, a empresa diz que “nós NÃO estamos associados a nenhuma memecoin ou token que utilize o nome ou a imagem da Burwick Law”.
Famoso escritório de advocacia de Nova York ‘ganhou’ diversas memecoins nas últimas semanas, mas nega envolvimento. Fonte: Pump.fun.
Em nota compartilhada ao público nesta quarta-feira (15), a Burwick Law disse estar processando o site Pump.fun.
“Hoje, a Burwick Law está anunciando publicamente que está movendo uma ação legal em nome dos investidores de memecoins da Pump.fun. Este anúncio segue meses de trabalho ao lado de pessoas comuns que perderam quantias significativas de dinheiro com memecoins, golpes, e promessas não cumpridas.”
O texto aponta que os criadores do site são anônimos e estão lucrando centenas de milhões de dólares em taxas enquanto memecoins ligadas a uso ilítico de drogas, racismo, violência, autolesões e outros atos antissociais são exibidos em sua plataforma.
Tal comportamento já havia sido alvo de críticas da própria comunidade, que se mostrou incomodada com conteúdos absurdos que encontravam no site.
“O cenário atual das criptomoedas é dominado por golpes e ativos especulativos, como as memecoins, que beneficiam principalmente pequenos grupos de insiders e corporações corruptas — às custas da maioria dos entusiastas de cripto”, continuou a firma.
“Isso nos levou a um ecossistema que se esconde atrás de jargões cripto para explorar as pessoas comuns e desincentivar projetos que poderiam gerar um impacto social real.”
Até o fechamento dessa matéria, os criadores do Pump.fun não se pronunciaram abertamente sobre o processo. Conforme ninguém é obrigado a investir nessas moedas, é difícil acreditar que esses investidores recuperem o dinheiro que perderam na plataforma.
Em setembro de 2024, um crime aparentemente comum em São Paulo revelou uma rede sofisticada de golpes envolvendo tecnologia e bitcoin, deixando um brasileiro em problemas com seus bancos, Nubank e Santander.
Tudo começou com o furto de um celular, levado de dentro do carro da vítima enquanto ela trafegava pela Avenida do Estado, na capital de São Paulo.
Um vidro quebrado, um aparelho levado, e, em questão de horas, toda uma sequência de transações fraudulentas foi colocada em prática. O Livecoins obteve acesso à última decisão do caso, que proíbe o Nubank de cobrar parcelas referente a compra de bitcoin na conta da vítima.
Após quebrar vidro de carro e furtar celular, criminosos correram para comprar bitcoin com saldo bancário de brasileiro
Os criminosos, demonstrando conhecimento técnico e rapidez, acessaram as contas bancárias da vítima no Banco Santander e realizaram transferências no total de R$ 53.200,00.
O dinheiro foi direcionado para uma conta do Nubank, curiosamente em nome da própria vítima, mas controlada pelos golpistas. Esse movimento inicial foi apenas a primeira parte de um esquema bem orquestrado.
Com os valores transferidos, os golpistas deram início a uma estratégia mais complexa: utilizaram R$ 51.200,00 em um investimento dentro do aplicativo bancário, criando um histórico que possibilitou o aumento do limite do cartão de crédito.
A partir desse limite ampliado, eles criaram um cartão virtual. Com ele, realizaram uma transação no valor de R$ 58.585,11 para adquirir criptomoedas no site internacional Paymonade. Tudo isso aconteceu em um intervalo de tempo curto, enquanto a vítima ainda tentava entender o que havia acontecido.
Brasileiro só percebeu golpe ao comprar novo celular e tentar acessar suas contas bancárias, Nubank não pode cobrar parcelas referentes ao bitcoin por enquanto
A descoberta do golpe ocorreu quando a vítima, percebendo a ausência do celular, tentou comprar um novo aparelho em um shopping próximo.
Ao verificar suas contas, foi confrontada com o saldo zerado e transações que não reconhecia.
A partir daí, buscou ajuda junto às instituições bancárias, registrou um boletim de ocorrência e, por fim, recorreu à Justiça para suspender as cobranças geradas pelas fraudes.
O Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu o pedido e determinou que o Nubank se abstivesse de cobrar os valores vinculados às transações fraudulentas. A decisão incluiu ainda uma multa de R$ 1.000,00 por dia para cada descumprimento, limitada a R$ 10.000,00.
Processo de vítima de furto proíbe Nubank de cobrar valores de prestações de empréstimo para compra de bitcoin. Trecho de processo obtido pelo Livecoins.
A Justiça destacou que, em situações de relação de consumo, cabe às instituições financeiras comprovar a regularidade das transações. O caso segue sob análise da justiça, mas reforça a importância de não se descuidar de dispositivos eletrônicos com acesso a aplicativos financeiros, para evitar fraudes.
Uma brasileira moradora do Estado de Goiás ingressou na justiça com um processo contra o Telegram, afirmando que caiu em um golpe de criptomoedas.
De acordo com processo obtido pelo Livecoins, ela chegou a conversar com um perfil possivelmente falso de uma mulher chamada Linda Miranda. Ao conversar com ela, a vítima acabou sendo redirecionada para a conversa com outro perfil chamado “Kim D Paim”.
Vale o destaque que Kim Paim é o nome de um jornalista famoso na internet, fato que levou a investidora a ter mais confiança nos investimentos. Analisou o caso o juiz Pedro Ricardo Morello Brendolan.
Brasileira entra com processo na justiça após cair em golpe de falso perfil no Telegram
A brasileira navegava em uma conversa com um perfil falso, que encaminhou ela para outro, também utilizando a imagem de terceiros.
Assim, após convencer a vítima a realizar investimentos em criptomoedas, ela realizou operações via PIX para contas bancárias indicadas pelos estelionatários.
“Conforme alegações da própria autora, o golpe se perfectibilizou por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram, tendo confessado a promovente que realizou todas as transações financeiras requeridas diretamente aos estelionatários, conforme comprovante de Pix.”
Ao analisar o caso, o juiz de Goiás entendeu que a culpa do sucesso da fraude é apenas da vítima, citando um trecho do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor.
“Nesse contexto, observa-se que a parte autora agiu sem a cautela mínima esperada para o caso, realizando transações financeiras instantâneas a terceiros sem tomar os cuidados necessários para verificar a veracidade da proposta de investimento, o que configura culpa exclusiva da vítima (art. 14, § 3º, II DO CDC).”
“Não podemos culpar as plataformas por fraudes de seus usuários”, diz juiz
Ao finalizar a avaliação do caso, o juiz declarou que não se pode culpar plataformas digitais por uso irregular de terceiros. Neste caso, o perfil falso de “Kim Paim” foi excluído do Telegram enquanto o processo estava na justiça, o que levou a perda objetiva do processo.
“Lado outro, os aplicativos de mensagens não podem ser responsabilizados, automaticamente, por eventual uso irregular da plataforma por terceiros usuários.
Feitas tais considerações, denota-se que não é possível evidenciar a existência de falha nos serviços prestados pelas requeridas, razão pela qual deve ser julgado improcedente os pedidos iniciais.”
O caso mostra que com o aumento do interesse no mercado de criptomoedas, vários golpistas buscam vítimas iniciantes do ecossistema. Por isso, é fundamental estudar e evitar confiar em perfis desconhecidos, mesmo quando utilizam a imagem de famosos.
Além disso, mostra que a busca por ganhos rápidos com criptomoedas é um dos atalhos para cair nas iscas de golpistas.
No dia 31 de dezembro de 2024, Ken Liem, um morador da Califórnia nos Estados Unidos, moveu um processo contra vários bancos após perder cerca de US$ 1 milhão em criptomoedas. Na conversão para Real, o valor ultrapassa os R$ 6 milhões, mostrando a extensão dos prejuízos causados.
De acordo com a vítima, ele foi um alvo do ataque de “abate de porcos” pela internet. Nos últimos anos, várias pessoas, independente de serem homens ou mulheres, caíram em fraudes assim, que envolvem um suposto relacionamento romântico pela web.
Ao se aproximar das vítimas, os golpistas conquistam a confiança das pessoas, para depois dizerem que ganham muito dinheiro com investimentos em criptomoedas. Neste ponto, eles podem ampliar a confiança, ao pedir que as vítimas depositem pouco para conhecer, e obterem um bom retorno de curto prazo.
Seduzidas pelos ganhos rápidos e fáceis, muitas vítimas acabam colocando mais dinheiro e, quando tentam sacar novamente, os problemas começam. Não está público o processo de Ken Liem, mas tudo indica que ele caiu na fraude e agora quer responsabilizar os bancos que tinham sua conta.
Conforme apuração do Livecoins, ele citou os bancos Chong Hing Bank Limited, DBS Bank Hong Kong Limited, FFQI Trade Limited, Fubon Bank Limited, Richou Trade Limited, Weidel Limited, Xibing Limited como réus no processo. Todos operam na região da Ásia.
“Bancos falharam em evitar que fui vítima de golpe”, diz vítima que acreditava estar investindo em criptomoedas
A fraude começou com a aproximação de um suposto investidor, identificado como “Dany Lin,” que persuadiu Liem a transferir cerca de 986 mil dólares de sua conta no Wells Fargo para contas mantidas em bancos asiáticos.
Os fundos deveriam ser usados em investimentos em criptomoedas, mas acabaram desviados para contas fraudulentas.
Liem alega que os bancos falharam gravemente ao não aplicarem os procedimentos de combate à lavagem de dinheiro (AML) e de verificação de clientes (KYC), permitindo que as contas fraudulentas fossem abertas e operassem livremente.
A denúncia argumenta que os bancos agiram com negligência e até mesmo conivência, ignorando sinais claros de atividades fraudulentas.
A vítima alega que os bancos priorizaram o lucro das taxas de transação e abertura de contas, em detrimento da segurança e da transparência. Além disso, as entidades envolvidas no golpe não apresentaram evidências de atividades comerciais legítimas, e os bancos supostamente fecharam os olhos para essas irregularidades.
Liem espera que o processo judicial resulte em uma indenização superior a 986 mil dólares, além de pelo menos 3 milhões em danos punitivos para desencorajar comportamentos similares no futuro. Veja o processo na íntegra aqui.
Um hacker brasileiro de Curitiba (PR), enfrenta acusações formais em um tribunal federal dos Estados Unidos por extorsão envolvendo milhões em Bitcoin, relacionada a uma invasão cibernética.
O Departamento de Justiça dos EUA revelou que, em 2020, Junior invadiu ilegalmente sistemas de uma subsidiária brasileira de uma empresa norte-americana sediada em Nova Jersey, conhecida como Victim 1-Brazil.
Durante a invasão, ele obteve dados confidenciais de mais de 300 mil clientes. Meses depois, em setembro de 2020, Junior começou a contatar representantes da empresa nos EUA, incluindo o CEO, exigindo mais de US$ 3 milhões em Bitcoin para manter os dados roubados em sigilo.
Entenda o caso de brasileiro que praticou extorsão contra empresa dos Estados Unidos pedindo milhões em bitcoin e o que pode acontecer com ele
Em uma das comunicações, Junior declarou possuir dados confidenciais de centenas de milhares de clientes e ameaçou divulgá-los caso a empresa não pagasse o valor exigido.
Para comprovar seu acesso, ele enviou vários e-mails para os representantes da “Victim 1”, reiterando as ameaças e fornecendo detalhes sobre os dados roubados e como poderiam ser acessados. O nome da empresa envolvida no caso não foi divulgado pela justiça dos EUA, apenas o fato que é uma companhia de Nova Jersey que opera no Brasil.
Além disso, Junior sugeriu que uma violação de dados pública poderia impactar negativamente o valor das ações da empresa, que possuía uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 26 bilhões na época.
As acusações contra Junior incluem quatro crimes de extorsão envolvendo informações obtidas de computadores protegidos e quatro crimes de comunicações ameaçadoras.
Cada uma das acusações de extorsão pode resultar em até cinco anos de prisão, enquanto as comunicações ameaçadoras podem acarretar até dois anos de prisão. Ele também pode enfrentar multas significativas, de até US$ 250 mil ou o dobro do prejuízo causado.
Caso nas mãos da justiça dos EUA
O caso é conduzido pela Procuradoria do Distrito de Nova Jersey, com apoio do FBI. Segundo o procurador Philip R. Sellinger, o uso de ameaças digitais para extorsão é uma violação séria da lei.
A investigação reforça o compromisso das autoridades dos EUA em rastrear e punir crimes cibernéticos, mesmo que os perpetradores estejam fora do território norte-americano.
A defesa de Junior ainda não apresentou uma resposta formal às acusações. Nos EUA, todos os réus são presumidos inocentes até que se prove o contrário em julgamento. O processo contra o hacker brasileiro está disponível aos interessados via este link, com sua identidade revelada para o mundo todo.
Brasileiro pode ser extraditado aos EUA?
O Brasil não extradita seus cidadãos natos, conforme o artigo 5º, inciso LI da Constituição Federal de 1988, que estabelece que “nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado em caso de crime comum praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes“.
No caso de Junior Barros de Oliveira, se ele for um cidadão nato brasileiro, ele não pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder pelos crimes mencionados. No entanto, ele pode ser processado e julgado no Brasil pelos mesmos fatos, desde que o governo dos EUA forneça as provas necessárias para que as autoridades brasileiras deem prosseguimento ao caso. Essa cooperação ocorre com base em tratados internacionais e acordos de assistência jurídica mútua entre os dois países.
Se Junior não for um cidadão nato, mas sim naturalizado, ele pode ser extraditado, desde que se enquadre em uma das exceções constitucionais, como crimes cometidos antes da naturalização ou envolvimento com tráfico de drogas.
A FTX, corretora de criptomoedas que faliu em 2022, entrou com um processo contra a Binance neste domingo (10), pedindo uma quantia de R$ 10 bilhões (US$ 1,76 bilhões).
Segundo o documento, a disputa tem ligação com a compra de uma parte da FTX pela Binance em 2019 por US$ 18,3 milhões, parte essa readquirida pela FTX em 2021, quando a corretora já estava insolvente. Devido a isso, os acusadores apontando que a transação foi fraudulenta.
O texto cita o uso das criptomoedas FTT, BNB e BUSD nessa negociação.
FTX processa Binance
Aos interessados, o processo completo da FTX contra a Binance pode ser encontrado no site da Kroll, empresa responsável pela reestruturação da corretora que faliu no final de 2022. Abaixo estão alguns destaques da disputa que envolve a soma de R$ 10 bilhões.
“Devido à sua insolvência, a transferência feita pelo Autor Devedor em julho de 2021 de, no mínimo, US$ 1,76 bilhão (R$ 10 bilhões) em criptomoedas para seu acionista Binance e certos executivos da Binance, na forma de recompra de ações, constituiu uma transferência fraudulenta construtiva com base em uma aplicação direta da Seção 548(a)(1)(B) do Código de Falências”, inicia o processo.
Além da própria Binance, seu fundador, Changpeng Zhao, também é citado no processo ao lado de outros dois executivos, Dinghua Xiao e Samuel Wenjun Lim.
Uma das provas apresentadas são as falas de Caroline Ellison, CEO da Alameda Research, condenada a dois anos de prisão em setembro desse ano.
“Não temos dinheiro para isso; teremos que pegar emprestado da FTX para fazer isso”, disse Ellison à Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, na data. O texto aponta que a Alameda usou US$ 1 bilhão dos clientes da corretora para realizar a recompra da participação da Binance na FTX.
Pouco antes dessa negociação, um relatório apontava que a Alameda estava com um saldo negativo de US$ 2,7 bilhões, além de outros US$ 9,4 bilhões em passivos (dívidas e obrigações).
O texto também cita SBF comentando sobre essa transação para um repórter da Forbes, onde o executivo mente sobre a situação financeira de suas empresas.
“A compra foi inteiramente pela Alameda. Sim, o ano passado foi bom :P”
Usando emojis, Sam Bankman-Fried afirmava que suas empresas tinham grandes lucros antes de seu esquema ser desmascarado.
O fundador da FTX foi condenado a 25 anos de prisão no início desse ano e desde então está cumprindo sua pena em uma cadeia nos EUA.
Fundador da Binance é acusado de articular campanha para matar a FTX
Antes de sua falência, a FTX era uma das maiores corretoras de criptomoedas do mercado por volume de negociações. Na data, ela era uma das principais concorrentes da Binance.
Dado isso, o processo aponta que Changpeng Zhao, fundador da Binance, iniciou uma campanha para matar a FTX. Como destaque, CZ afirma que sua corretora recebeu US$ 2,1 bilhões em FTT e BUSD em seu negócio com a FTX, mas que estaria liquidando todos esses tokens devido aos rumores da falência de sua rival.
Tuítes de Changpeng Zhao dias antes da falência da FTX.
O processo aponta que os tuítes foram “falsos e enganosos em diversos aspectos” e que “suas declarações públicas relacionadas faziam parte de uma estratégia deliberada para destruir a FTX e melhorar a posição de mercado da Binance”.
“Como era sua intenção, o fio de tuítes de Zhao em 6 de novembro provocou um pânico no mercado e uma corrida bancária na FTX.”
Em outras palavras, o texto aponta que Zhao foi um dos responsáveis pela quebra da FTX.
No entanto, a verdade é que a FTX já estava insolvente há anos, como destacado por esse mesmo documento, e, no máximo, esses tuítes ajudaram a desmascarar o golpe de Bankman-Fried.
Seja como for, a nova gerência da FTX está buscando atrair a maior quantia de dinheiro possível para reembolsar os lesados pela falência, incluindo doações a políticos. A expectativa é que o reembolso aconteça em 2025, mas com grande diferença no saldo da época da falência.
James Howells, investidor que ficou famoso após jogar 8.000 bitcoins no lixo, continua sua batalha com a prefeitura para obter direitos para escavar o aterro da cidade em busca do HD que contem sua fortuna.
Em matéria publicada no sábado (12), a mídia local destaca que Howells está processando o conselho da cidade. “Eu realmente não queria ir ao tribunal, mas esta é a cartada final”, disse o investidor que perdeu seus bitcoins em 2013, há mais de uma década.
Com o Bitcoin cotado a R$ 377.000 no momento desta redação, isso significa que seus 8.000 bitcoins estão avaliados em R$ 3 bilhões. No entanto, Howells não planeja ficar com toda fortuna para si.
Investidor diz que sua cidade se beneficiaria e poderia ser “Dubai ou Las Vegas”
Segundo a história contada pelo próprio James Howells, seus bitcoins foram minerados ainda no início de 2009, pouco após o lançamento da criptomoeda. No entanto, o único backup das senhas que davam acesso a sua carteira estavam em um HD que ele acidentalmente jogou no lixo durante uma faxina em 2013.
Desde então, o investidor bolou diversos planos para recuperar sua fortuna, incluindo inteligência artificial e cachorros-robôs. Antes disso, chegou a recrutar especialistas que trabalharam com a NASA para ajudá-lo. O problema é que a prefeitura nunca lhe concedeu permissão para realizar essa escavação.
Para Howells, todos se beneficiariam com isso. Afinal, ele está disposto a doar uma parte de seus bitcoins à cidade.
“Eu continuo destinando 10% do valor para o conselho, mesmo que eles tenham sido problemáticos o tempo todo”, disse o investidor ao jornal WalesOnline. “Isso seria £ 41 milhões (R$ 303 milhões) com base na taxa de hoje, mas no futuro pode ser centenas de milhões.”
“Se eles tivessem falado comigo em 2013, este lugar pareceria Las Vegas agora. Newport pareceria Dubai. Esse é o tipo de oportunidade que eles perderam.”
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é conhecida por sua riqueza. Fonte: Nextvoyage/Pexels.
No processo, o investidor estaria pedindo o valor íntegro de seus bitcoins. No entanto, comenta que isso é apenas uma forma de pressionar a prefeitura para dar início a sua caça ao tesouro.
“É o que é. Eu poderia passar o resto da minha vida trabalhando das nove às cinco e pensando nisso todos os dias. É melhor eu gastar meu tempo tentando recuperar esse simples pedaço de metal.”
“Até que os tribunais me digam ‘N-Ã-O significa não’, vou continuar tentando. Obviamente, minhas finanças não estão na melhor situação no momento”, continuou Howells. “Estou concentrando todos os meus esforços e recursos atuais, incluindo dinheiro, no projeto de recuperação. Enquanto isso, vou me virando.”
Tendo em conta que o salário médio de um profissional de TI no País de Gales pode chegar a £ 60.000 por ano, Howells precisaria trabalhar 6.834 anos para recuperar seus 8.000 bitcoins. Isso é o suficiente para entender sua motivação e planos mirabolantes.
Howells afirma saber onde está o HD com seus bitcoins
Além de cachorros-robôs e uma equipe que ajudou a encontrar dados nos destroços do ônibus espacial Columbia, James Howells também tem ao seu lado o ex-chefe do aterro que trabalhava no local na data em que seus bitcoins foram enterrados.
“Quem melhor do que ele? Ele tem uma memória muito boa de onde as coisas foram enterradas no verão de 2013. A piada entre nós é que ele foi quem enterrou meu disco rígido. Tenho que rir disso.”
Escavadeira em lixão. Fonte: Tom Fisk/Pexels.
A projeção é que a escavação levaria entre 18 a 36 meses. No entanto, esse seria apenas o início da jornada, afinal o HD precisa estar em boas condições para os dados serem extraídos.
Sua equipe é otimista e, mesmo após uma década em meio a outros materiais, calcula que as chances são de 4 para 5.
Prefeitura diz que processo é “fraco”
Do outro lado, a prefeitura de Newport diz que o processo de James Howells é “fraco”. Ou seja, um sinal que não cederá aos pedidos, assim como fez nas outras ocasiões.
“O conselho informou ao Sr. Howells várias vezes que a escavação não é possível sob nossa licença ambiental e que um trabalho dessa natureza teria um enorme impacto ambiental negativo na área circundante. O conselho é o único órgão autorizado a realizar operações no local”, disse um porta-voz. “Nosso regime de monitoramento e relatórios não está relacionado à reivindicação do Sr. Howells, e acreditamos que mencioná-lo é nada mais do que uma tentativa de desviar a atenção de uma reivindicação fundamentalmente fraca, à qual estamos resistindo vigorosamente.”
“Mais uma vez, responder às alegações infundadas do Sr. Howells está custando ao conselho e aos contribuintes de Newport tempo e dinheiro, que poderiam ser melhor gastos na prestação de serviços.”
No passado, a prefeitura disse estar cansada de Howells, afirmando ter sido contactada diversas vezes desde 2013. Localizada no País de Gales, Newport tem cerca de 150.000 habitantes.
Na semana em que a HBO divulgou seu novo documentário sobre a possível identidade de Satoshi Nakamoto, o falso criador do bitcoin, Craig Steven Wright voltou aos tribunais com um novo processo polêmico.
Desta vez, seu alvo é o Bitcoin Core, onde o “Faketoshi” entrou com uma ação judicial contra um grupo que representa a implementação do Bitcoin e a empresa Square Up Europe Ltd, relacionada à governança e desenvolvimento do Bitcoin (BTC).
A disputa gira em torno de como o BTC, considerado o “Bitcoin original“, foi alterado por atualizações como SegWit e Taproot, que teriam “desviado do protocolo original definido por Satoshi Nakamoto” no White Paper.
“Dizer que o BTC é o Bitcoin original causa confusão em investidores”, diz falso Satoshi Nakamoto em processo
Na reclamação, Wright argumenta que as modificações feitas no Bitcoin Core levaram a uma falsa representação do BTC como o Bitcoin original.
Em sua visão, a situação acabou causando confusão entre os investidores e prejudicando o Bitcoin Satoshi Vision (BSV), que ele considera ser a verdadeira implementação do Bitcoin original.
Ele afirma que o BSV segue estritamente o protocolo original de Satoshi Nakamoto, enquanto o BTC não.
A ação busca uma indenização massiva, estimada em £ 911 bilhões, alegando que essa é a diferença de mercado entre o Bitcoin Satoshi Vision (BSV), avaliado em £ 50 por unidade, e o Bitcoin (BTC), avaliado em £ 48.000 por unidade.
Neste sábado (12) a cotação da libra esterlina é de R$ 7,33, ou seja, Wright quer uma indenização R$ 6,68 trilhões. Wright argumenta que a má representação do BTC causou uma enorme perda de valor de mercado ao BSV, que ele defende como o verdadeiro Bitcoin.
Em resumo, a reclamação de Wright visa responsabilizar os desenvolvedores do Bitcoin Core por alterar o protocolo do Bitcoin original e por causar danos financeiros ao BSV, além de confundir os investidores sobre qual versão seria a verdadeira conforme o White Paper original. A informação viralizou após publicação do BTC Archive.
Novo processo polêmico ocorre após Craig Wright perder ação em que tentava se provar criador do Bitcoin
O Faketoshi não tem muita credibilidade dentre os verdadeiros estudiosos de bitcoin. Isso porque, para provar que é o criador do Bitcoin, bastaria ele comprovar suas alegações com a criptografia.
Contudo, como ele não consegue comprovar suas alegações de ser o Satoshi Nakamoto, tenta chamar atenção com processos que atingem diretamente o ecossistema do BTC. Assim, o novo processo ocorre como uma espécie de revolta, visto que sua máscara tem caído.
No último processo que tentou, por exemplo, ficou comprovado que ele é um Satoshi Fake. Por fim, o novo processo está em fase inicial e o mercado deverá acompanhar o desenrolar da história nos próximos anos.
Podendo ser o primeiro caso federal instaurado pelo Governo dos EUA contra quatro market makers de corretoras de criptomoedas e memecoins de uma só vez, um novo processo instaurado nesta quarta-feira (9) atraiu a atenção do mercado mundial.
Além disso, outras 14 pessoas físicas, sendo funcionários e líderes das empresas, já tiveram expedidos mandados de prisão. Há uma ordem de prisão internacional, de acordo com a Reuters, e cinco pessoas já confessaram a fraude ou se declararam culpados.
Ainda não está claro como a ação afetará o ecossistema de criptomoedas, principalmente de memecoins criadas na rede Solana, mas mostra que as autoridades estão atentas a possíveis manipulações de mercado.
De qualquer forma, sinaliza um novo capítulo no embate entre reguladores americanos e o setor de criptomoedas, especificamente em áreas com pouca supervisão tradicional.
Governo dos EUA processa quatro market makers de corretoras de criptomoedas descentralizadas e memecoins, além de 14 pessoas ligadas aos negócios
De acordo com a apuração da Reuters, as empresas listadas no processo são: Gotbit, ZM Quant, CLS Global e MyTrade. Em um comunicado no final de agosto de 2024, a Gotbit declarou ter mais de 1 bilhão de dólares sob gestão, movimentando o mercado de memecoins e destacava o sucesso de ter apoiado a BONK em sua movimentação de alta.
A maior das empresas a entrar no radar das autoridades foi a Saitama, que movimentou bilhões de dólares. No entanto, a atuação em plataformas descentralizadas coloca novos desafios regulatórios, uma vez que muitas vezes operam em um espaço que ainda carece de clareza legal.
Assim, o processo movido contra essas quatro empresas não é apenas mais uma ação regulatória comum. Ele reflete uma preocupação crescente das autoridades dos EUA com a falta de transparência em torno de algumas dessas moedas e com o papel das empresas que ajudam a impulsionar seus volumes de negociação.
“Esta investigação, a primeira do gênero, identificou vários fraudadores na indústria de criptomoedas. A lavagem de dinheiro há muito tempo é proibida nos mercados financeiros, e a criptomoeda não é exceção. Esses são casos em que uma tecnologia inovadora – criptomoeda – encontrou um esquema centenário – o pump and dump. A mensagem hoje é: se você fizer declarações falsas para enganar investidores, isso é fraude. Ponto final. Nosso escritório perseguirá agressivamente a fraude, inclusive na indústria de criptomoedas“, disse o procurador-geral interino dos Estados Unidos, Joshua Levy. “Essas acusações também são um lembrete claro de quão vigilantes os investidores online devem ser e que fazer sua lição de casa antes de mergulhar na fronteira digital é fundamental. Pessoas que consideram fazer investimentos na indústria de criptomoedas devem entender como esses golpes funcionam para que possam se proteger.”
FBI criou uma criptomoeda falsa para pegar ação fraudulenta dos investigados
O processo, inclusive, acusa as quatro empresas e seus líderes de manipularem o mercado e conduzirem negociações fraudulentas. E as evidências acabaram coletadas após o FBI criar um token e empresa falsa, que levou a deflagração da Operação Token Mirrors.
“O que o FBI descobriu neste caso é essencialmente uma nova reviravolta no crime financeiro da velha escola. A ‘Operação Token Mirrors’ tinha como alvo desenvolvedores de tokens, promotores e formadores de mercado nefastos no espaço cripto. O que descobrimos resultou em acusações contra a liderança de quatro empresas de criptomoeda e quatro ‘formadores de mercado’ cripto e seus funcionários que são acusados de liderar um esquema de negociação sofisticado que supostamente enganou investidores honestos em milhões de dólares“, disse Jodi Cohen, Agente Especial Encarregada do Federal Bureau of Investigation, Divisão de Boston. “O FBI tomou a medida sem precedentes de criar seu próprio token de criptomoeda e empresa para identificar, interromper e levar esses supostos fraudadores à justiça.”
Além disso, a inclusão de empresas que operam em corretoras descentralizadas no processo evidencia o desafio de regulamentar plataformas que não têm uma sede física nem uma entidade central controladora.
Entenda o que são os market makers
Os market makers, ou na tradução literal “formadores de mercado”, são empresas ou indivíduos que ajudam a fornecer liquidez a mercados de criptomoedas, garantindo que haja compradores e vendedores suficientes para manter a fluidez das transações.
Eles desempenham um papel crucial nas corretoras centralizadas (CEXs)e descentralizadas (ou DEXs), estas últimas plataformas onde os usuários podem negociar ativos digitais sem a necessidade de uma entidade central, como acontece nas exchanges tradicionais.
Para o investidor brasileiro, esse tipo de atuação judicial serve como um lembrete da importância de estar atento às regulações internacionais no setor cripto, já que os movimentos regulatórios nos EUA costumam ter impacto global, influenciando o preço de ativos e a percepção de risco no mercado.
Além disso, o ecossistema Solana, que atrai muitos investidores por suas soluções técnicas, pode ver uma mudança na forma como é visto por autoridades regulatórias no futuro.
A SEC, espécie de CVM dos EUA, abriu um processo contra a corretora hackeada Mango Labs e a Blockworks Foundation, assim como a Mango DAO. O grupo de empresas recebeu acusações de operar uma exchange de criptomoedas sem dar garantias aos clientes.
Chama atenção que a Mango Markets foi uma corretora de criptomoedas descentralizada do ecossistema Solana, que movimentou milhões de dólares em negociações. Contudo, em 2022 o aplicativo de negociações recebeu um ataque hacker fulminante, que roubou milhões de dólares.
Nas investigações, o autor acabou sendo um porto-riquenho, Avraham Eisenberg, apontado como o principal suspeito de roubar R$ 620 milhões em criptomoedas.
“DAO não nos engana”, diz CVM dos EUA ao processar corretora de criptomoedas hackeada
Um DAO (Organização Autônoma Descentralizada) é uma entidade governada coletivamente por seus membros por meio de contratos inteligentes no blockchain, sem uma autoridade central. Os detentores de tokens votam em decisões, promovendo transparência e descentralização.
E mesmo operando um DAO, os membros da Mango se tornaram alvos da CVM dos EUA em um processo anunciado na última sexta-feira (27).
“Desde o início do nosso programa de fiscalização de criptomoedas, nossa visão tem sido que o rótulo ‘DAO’ não muda a realidade de quem está por trás de um projeto, em quais atividades eles se envolvem ou se suas atividades precisam ser registradas. Nem o envolvimento na intermediação de valores mobiliários com o auxílio de software automatizado ou de código aberto muda a natureza de tais atividades“, disse Jorge G. Tenreiro, Chefe Interino da Unidade de Ativos Cripto e Cibernéticos. “Se você se envolver em funções de intermediário de valores mobiliários, você deve se registrar ou ser isento de fazê-lo, independentemente da tecnologia empregada e do tipo de entidade legal usada.”
Na acusação, a SEC aponta que a Mango DAO, a Blockworks Foundation e a Mango Labs descumpriram regras de valores mobiliários dos EUA, ao permitir que clientes comprassem seus tokens próprios e os negociassem em sua corretora.
Corretora concordou em pagar 700 mil dólares de multa e destruir todos os tokens próprios, mas ainda depende de tribunal aceitar acordo
Sem admitir ou negar as alegações, a Mango DAO, a Blockworks Foundation e a Mango Labs concordaram em resolver as acusações da SEC, consentindo com liminares e ordens para pagar coletivamente quase US$ 700.000 em penalidades civis.
Eles também concordaram em destruir seus tokens MNGO, solicitar a remoção de tokens MNGO de corretoras e se abster de solicitar qualquer plataforma de negociação para permitir a negociação, oferta ou venda de MNGO.
Contudo, os acordos ainda estão sujeitos à aprovação do tribunal dos EUA. Com informações da SEC.
Segundo apuração do Livecoins com dados do CoinMarketCap, o token Mango ($MNGO) ainda está listado em grandes corretoras, como a Kraken, Gate.io, entre outras. Contudo, despenca 91% desde sua criação, sendo que desde sua máxima histórica, perdeu 97% de valor de mercado, custando apenas US$ 0,015 por unidade neste sábado (28).
Preço do token Mango já despencou 91% desde a sua criação e agora será destruído e removido das corretoras/CoinMarketCap.
Com o fim de 2024 se aproximando, o que pode ser uma das maiores ‘tretas’ do ano no mundo das criptomoedas parece ter ganhado vida. Isso porque, a Swan Bitcoin está acusando seus ex-funcionários e a Tether (empresa por trás do USDT) de orquestrarem um plano de“tempestade e fogo do inferno” para sabotarem e roubarem suas operações de mineração de Bitcoin.
A ação foi registrada no Tribunal Distrital dos EUA e alega que os réus, agora parte de uma empresa concorrente, a Proton Management, ‘roubaram’ sistematicamente códigos altamente proprietários da Swan, além de usurparem fornecedores e parceiros estratégicos, como a gigante das criptomoedas Tether.
📝A Proton Management Ltd. mencionada no processo da Swan Bitcoin não está relacionada à Proton VPN, operada pela Proton AG — conhecida por fornecer serviços de privacidade e segurança, como o ProtonMail e o ProtonVPN, com sede na Suíça.
Conforme o processo ao qual o Livecoins obteve acesso, além do roubo de sua tecnologia, a Swan acusa seus ex-funcionários e a Tether de continuarem a usar seus dados e recursos proprietários para operar o negócio de mineração da Proton, além de manter relações comerciais com fornecedores da empresa original.
As principais acusações da Swain contra a Tether e seus ex-funcionários:
Apropriação indébita de segredos comerciais 🕵️♂️💻: A Swan Bitcoin acusa os réus de roubar segredos comerciais, como o sistema proprietário BNOC, utilizado para monitorar e gerenciar operações de mineração de Bitcoin. Os réus teriam clonado o código e extraído milhares de arquivos confidenciais.
Violação de contrato 📜⚖️: Os ex-funcionários da Swan, agora trabalhando para a Proton Management Ltd., são acusados de violar acordos de confidencialidade, utilizando informações proprietárias da Swan sem autorização.
Conspiração para roubo de negócios 🤝🔐: A Swan Bitcoin alega que os réus planejaram a saída em massa de funcionários-chave e criaram a Proton Management Ltd., uma empresa rival, utilizando tecnologia e informações roubadas da Swan.
Competição desleal ⚔️🏢: Além de roubar a tecnologia e o pessoal da Swan, os réus são acusados de prejudicar a capacidade da empresa de competir no mercado, tomando controle de parceiros estratégicos, como a Tether, que migrou suas operações para a Proton.
Fraude e manipulação de informação 🛑🔍: A Swan Bitcoin também acusa os réus de tentar encobrir suas ações ao manipular dados, apagar evidências e planejar um golpe interno para destruir a empresa enquanto criavam a Proton para assumir seu lugar.
“Tempestade e fogo do inferno”
No processo, a Swan usa o termo “Tempestade e fogo do inferno” para descrever o suposto plano conspiratório dos réus para destruir seu negócio de mineração de Bitcoin, se apropriar de suas tecnologias e segredos comerciais, e prejudicar a empresa ao ponto de acabar com sua operação.
De acordo com a Swan, o plano envolvia ações coordenadas, como o roubo de informações confidenciais e a saída em massa de funcionários para formar uma nova empresa concorrente, a Proton, que usaria os recursos e conhecimentos roubados da Swan.
A expressão “Rain and Hellfire” é usada, portanto, para descrever a agressividade e o impacto devastador que a conspiração poderia causar à Swan, comparando as ações dos réus a uma “tempestade de destruição”.
🔍 O processo de 50 páginas apresenta capturas de telas para argumentar que os réus copiaram códigos proprietários, como o sistema de monitoramento de mineração de Bitcoin da Swan, o “Bitcoin Network Operating Center (BNOC)”, de plataformas seguras como o GitHub.
Funcionário teriam clonado códigos da Swan no github. (Reprodução)
Um dos acusados, Monteleone, baixou e clonou esse código, retirando tal sistema da Swan.
Indo além, o documento também afirma que os réus baixaram milhares de documentos contendo informações confidenciais, como dados de desempenho da mineração, relatórios financeiros, e contratos com parceiros comerciais.
Tais ações teriam sido registradas em logs e relatórios de atividades forenses realizadas após suas demissões.
As provas também incluem mensagens de e-mail e registros de reuniões no Zoom que mostram que os réus coordenaram suas saídas da Swan em conjunto para formar uma nova empresa concorrente, utilizando as informações roubadas da Swan para continuar as operações de mineração de Bitcoin.
Ex funcionários planejam saída dizendo que tempestade e inferno precisa começar.
Qual o papel da Tether?
A gigante Tether, que era parceira da Swan em um acordo de financiamento para operações de mineração de Bitcoin, teria oferecido uma espécie de “cobertura legal” para facilitar a transição das operações da Swan para a Proton.
A Swan alega que a Tether se aproveitou da saída em massa dos funcionários para justificar a mudança de gestão das operações de mineração para a Proton, prejudicando assim a capacidade competitiva da Swan.
Isso teria sido possível através de um aviso de “evento de default” emitido pela Tether, alegando que, com a perda de uma parte dos funcionários responsáveis pela operação, a Swan não seria mais capaz de gerir as atividades de mineração de Bitcoin.
Com isso, a Tether teria transferido o controle da operação para a Proton, permitindo que a nova empresa usasse os recursos e segredos comerciais da Swan para continuar as operações, o que culminou no processo judicial.
Sendo assim, a Tether é acusada de ter ajudado de forma ativa e deliberada na execução do plano para tomar o controle das operações de mineração de Bitcoin da Swan.
No momento em que este artigo foi escrito, a Tether não havia comentado sobre o assunto.
Swain quer reparação bilionária
O caso agora será analisado pelo juiz distrital Wesley L. Hsu, com a Swan tentando proteger sua propriedade intelectual e assegurar que a concorrente cesse o uso indevido de suas inovações.
A Swan também está exigindo bilhões de dólares em reparação pelos danos sofridos devido ao roubo de seus segredos comerciais e a perda de negócios.
De acordo com o processo, o esquema foi cuidadosamente planejado e executado de forma coordenada. Ex-funcionários, incluindo o ex-diretor de investimentos e chefe de mineração, renunciaram em massa e, em poucos dias, diz o processo, a Proton já havia assumido a gestão das operações de mineração de Bitcoin, com o apoio da Tether.
O processo afirma também que o ex-diretor, juntamente com outros réus, baixou milhares de arquivos confidenciais da Swan, incluindo dados financeiros, contratos e informações sobre a operação de mineração.
A Swan também acusa o executivo de criar dissidência dentro da Swan, encorajando outros funcionários a deixar a empresa e se juntar à Proton. Além disso, ele teria sugerido que a Swan aceitasse um acordo desfavorável com a Tether, forçando uma reorganização que favoreceria a nova empresa.
A Swan também busca uma liminar para impedir que a Proton continue suas operações com os recursos e parceiros que alega terem sido roubados, exigindo a devolução de todos os materiais confidenciais, bem como a interrupção imediata das ações da concorrente que afetam suas operações.
O processo, por fim, pede um julgamento com júri para avaliar os danos sofridos, levantando questões importantes sobre a ética e as práticas competitivas no mercado de criptomoedas.
Com a gravidade das acusações e a participação de players de peso como a Tether, o caso pode ter desdobramentos importantes para o setor de mineração de Bitcoin, abrindo precedentes sobre a proteção de propriedade intelectual e parcerias estratégicas em um ambiente altamente competitivo.
*Matéria em desenvolvimento para incluir posicionamento dos envolvidos.
A CFTC (Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA) processou quatro empresas que ofereciam diversos investimentos em Bitcoin. Segundo o comunicado oficial, essas corretoras não possuem licença para operar nos EUA.
Ao contrário da SEC, que fiscaliza o setor de valores mobiliário, como ações, a CFTC tem foco no setor de commodities, como ouro e Bitcoin.
As agências disputam um orçamento gordo do governo americano e já se envolveram em discussões sobre como regular o setor.
Empresas diziam ser licenciadas pela CFTC para operar nos EUA
A CFTC alega que as quatro empresas processadas teriam sede em Nova York e atraiam clientes americanos, mas não tinham licença para isso. Para piorar a situação, todas elas afirmavam serem reguladas pela CFTC, o que deve ter chamado a atenção das autoridades.
No texto, a agência alega que a “cryptoiminerstrade.com” oferecia opções binárias de Bitcoin e outras criptomoedas e que se intitulava como “uma das principais plataformas nos EUA que oferece opções binárias, Forex e spreads”.
Já a “Expert Stocks Zone”, “FalconForexBot” e “swiftminingexpert.com”, as outras três processadas, continham o mesmo texto em seus sites. Ou seja, um indício que elas eram operadas pela mesma pessoa ou grupo.
Além de criptomoedas, elas também ofereciam exposição ao mercado forex (de moedas estrangeiras) sobre os mesmos termos.
Segundo a CFTC, investidores devem pesquisar se empresas são reguladas para operar nos EUA através do site da NFA (National Futures Association). Afinal, como visto acima, corretoras podem mentir sobre essas permissões.
CFTC vs SEC
Enquanto a SEC é responsável por regular o mercado de valores mobiliários dos EUA, a CFTC tem a responsabilidade de controlar o mercado de commodities. De qualquer forma, as duas agências já se envolveram em polêmicas.
A primeira delas foi sobre uma divergência na classificação de criptomoedas. Para Rostin Behnam, presidente da CFTC, Bitcoin, Ethereum e outras 70% criptomoedas do mercado são commodities.
Já Gary Gensler, presidente da SEC, chegou a afirmar que o Ethereum era um valor mobiliário. Mesmo tendo aprovado ETFs de Ethereum neste ano, não fica claro se a SEC mudou de opinião sobre o assunto.
A disputa é polêmica já que envolve um grande orçamento. Isso porque agências podem pedir mais dinheiro para fiscalizar o setor, dependendo se elas forem destinadas para tal função.
Em julho desse ano, Behnam disse ficaria feliz em ser responsável por fiscalizar a indústria de criptomoedas. Enquanto isso, Gensler continua tendo seu trabalho criticado por congressistas e está com seu cargo ameaçado caso Donald Trump vença às eleições presidenciais.
Um investidor de Brusque em Santa Catarina, cuja identidade não foi revelada, ingressou na justiça contra a Caixa Econômica Federal (CEF), após cair em um golpe de criptomoedas pela internet.
De acordo com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o caso correu na justiça da 3ª Vara da Federal em Itajaí. Ao todo, a vítima teve um prejuízo de R$ 52,5 mil após enviar valores por meio de outras instituições.
Segundo o juiz que cuidou do caso, tudo indica que não houve invasões nas contas bancárias do empresário. Ou seja, o investidor enviou os valores de forma voluntária, eximindo o banco público brasileiro de qualquer responsabilidade.
Após perder dinheiro em golpe com criptomoedas, investidor processa Caixa Econômica Federal
Na justiça, o empresário alegou que se deparou em uma publicação em rede social pelo perfil de uma amiga, com uma nova promessa de investimentos, em agosto de 2023.
Com alta rentabilidade em um prazo curto, ele entrou em contato com o perfil na rede social e demonstrou interesse em investir. Assim, ele realizou sete transferências via PIX para as contas dos estelionatários, de várias contas bancárias, inclusive partindo da CEF.
No dia seguinte aos depósitos, ele tentou realizar seu lucro e foi em busca de realizar saques. Contudo, não conseguiu reaver nenhum valor e entendeu que havia caído em um golpe.
“Há que se ponderar que as transferências não foram feitas sem o conhecimento do correntista, ao contrário, foram efetivadas por ele, utilizando-se dos sistemas de segurança que lhe foram ofertados, inclusive o uso da sua senha“, afirmou o juiz André Luís Charan. As intimações para o autor e a Caixa foram expedidas na última quinta-feira (19/9).
Bancos negaram restituição
Como as instituições negaram todos os pedidos de devolução das quantias, o empresário entrou na justiça.
Ele apresentou seu caso argumentando que os bancos não deveriam ter permitido as transações, que sairiam do padrão normal. O processo contra as instituições privadas foi extinto, em função da competência da Justiça Federal. Assim, apenas a eventual responsabilidade da Caixa foi julgada.
“Se o autor prosseguiu fazendo as operações, é porque tinha ciência dos limites que possuía para as suas transferências diárias e, possivelmente, caso não tivesse limite suficiente, teria solicitado ao banco para ampliá-lo a fim de investir nas ‘criptomoedas’ e obter um lucro imediato“, observou o juiz.
“Não há qualquer ação das instituições financeiras, seja do banco de origem, seja da conta destinatária, que sejam a causa direta e imediata dos danos“.
“Além disso, ao realizar o pix, o autor demonstra que sequer confirmou quem eram as pessoas beneficiária das contas, que aparentemente não possuíam qualquer relação com a suposta pessoa com a qual o autor acreditou estar negociando“, concluiu Charan.
O processo na justiça ainda cabe recurso, diz em nota o TRF4.
Seguindo outras empresas dos Estados Unidos (EUA), a Consensys, desenvolvedora de soluções Web3 e criadora da carteira digital MetaMask, entrou, nesta quinta-feira (25), com uma ação judicial contra a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC). De acordo coma empresa, o objetivo é defender o uso da Ethereum como acontece atualmente. Assim, se adiantou a um processo que pode enfrentar do próprio regulador.
Basicamente, “a queixa busca a confirmação da justiça de de que a SEC não possui autoridade legal para regular o Ether, interfaces de software controladas pelo usuário construídas no Ethereum ou a blockchain Ethereum em geral”, disse a empresa num comunicado.
O processo contra a SEC vem de uma série de intimações que recebeu no ano passado e neste ano. Além disso, no último dia 10 de abril, recebeu um aviso de que a SEC está trabalhando num processo contra a empresa. A ConsensSys afirma que respondeu a todos os questionamentos.
E não está sozinha nessa lista investigados insatisfeitos com as investigações. Tanto que outras empresas ou instituições de cripto já fizeram o mesmo, como Coinbase e a Blockchain Association, que fez o mesmo há alguns dias. Kraken e Uniswap disseram que irão pelo mesmo caminho.
O mais curioso é que essas empresas não apenas questionam a postura do regulador, que consideram muito rigorosa, mas pedem que o próprio responda as perguntas que as às empresas fazem sobre regulação e que ficam sem retorno. Portanto, reclamam que tentaram ter informações para garantir que se enquadravam enquadrar nas leis, mas que se estão correndo risco num limbo jurídico, é culpa da SEC.
“Não se pode permitir que a SEC expanda arbitrariamente sua jurisdição para regular o que é claramente, e pela própria admissão anterior da SEC, uma commodity. Esperamos que o caso chame a atenção para – e, em última instância, impeça – a abordagem imprudente da SEC e restaure o tipo de certeza regulatória e sanidade que é tão essencial para as tecnologias web3 e uma economia de inovação bem-funcionante”, afirmou Joe Lubin, cofundador do Ethereum e fundador e CEO da Consensys.
A ConsenSys baseia seu processo em três argumentos. Um deles é o de que “a SEC só tem jurisdição sobre valores mobiliários e, até recentemente, concordou que o Ether, o ativo digital que permite aos usuários acessar e realizar transações na rede Ethereum, não é e não deve ser tratado como um valor mobiliário”.
Um outro argumento da ConsenSys é o de que a “SEC não tem autoridade legal para regular a evolução tecnológica da internet. O Ether pode ser negociado como uma commodity (como o petróleo), mas também é essencial para o desenvolvimento tecnológico de aplicativos construídos no Ethereum, incluindo aplicativos que possuem utilidade clara e não financeira para setores vitais como saúde, energia, transporte, mídia, agricultura e muito mais”.
Em relação a esse segundo ponto, a ConsenSys afirma que a SEC poderia impossibilitar que os desenvolvedores dos EUA desenvolvam na Ethereum. Isso porque classificaria plataformas não financeiras como aplicativos financeiros. Assim, encerraria as transações em Ether nos EUA, ao impor requisitos de registro da SEC sem base legal e impossíveis de serem cumpridos.
O terceiro ponto é do de que os aplicativos que permitem às pessoas comprar, vender e transferir Ether por conta própria, como a MetaMask, não são corretoras de valores mobiliários. “Declarar um desenvolvedor de software que constrói ferramentas controladas pelo usuário como um corretor de valores mobiliários efetivamente impediria os desenvolvedores Web3 de continuar a construir aplicativos de próxima geração por conta própria”.
“O Ethereum é uma tecnologia que muda o mundo, e o próprio Ether tem o potencial de ser um importante motor da economia dos Estados Unidos do futuro”, acrescentou Lubin. “A regulamentação ilegal da SEC, no entanto, ameaça prejudicar esse potencial e impede a capacidade dos EUA de usar a tecnologia blockchain como base para inúmeras novas inovações e tecnologias, mesmo com outras nações correndo na frente”, afirmou em comunicado.
“Portanto, estamos tomando medidas decisivas e proativas em nome da indústria neste momento crítico para o futuro do Ethereum, outras tecnologias de protocolo descentralizado e, de fato, todo o próximo capítulo do desenvolvimento da internet. Estamos comprometidos com a causa e decididos a vencer”.
No final das contas, a ConsenSys busca que a SEC declare que o Ether não é um valor mobiliário e que suas investigação tanto sobre o token, quanto sobre a blockchain e outras ações de fiscalização excedem sua autoridade regulatória. Também gostaria de ouvir de Gary Gensler, presidente do órgão, que as fiscalizações sobre a Consensys sobre esse assunto violam “o devido processo e o aviso justo”.
Para completar, espera que a SEC declare que a Consensys não atua como corretora e nem oferece ou vende valores mobiliários por meio da funcionalidade Swaps e Staking na MetaMask. E por último, quer que admita que qualquer investigação nesse sentido vai além da autoridade da SEC.
A empresa alertou que a reversão pela SEC de uma posição que mantinha desde 2018 sobre o Ether como um valor mobiliário poderia “significar um desastre” para a rede e interromper a inovação nos Estados Unidos.
O Google parece ter abandonado sua passividade em relação a golpes com criptomoedas e tomou uma posição contra o que parece ser um dos maiores esquemas na Play Store. A gigante das buscas acusou dois desenvolvedores de criar golpes com Apps falsos, resultando em um processo na justiça dos EUA.
Segundo o Google, uma dupla de desenvolvedores, junto com outros envolvidos ainda não identificados, criou 87 aplicativos fraudulentos, desencadeando uma série de golpes românticos — um método cruelmente apelidado de “abate de porcos”.
O termo faz referência a imagem de ‘engordar’ uma vítima com falsas promessas antes de aplicar o golpe. Os aplicativos falsos foram disfarçados e promovidos na Play Store como plataformas legítimas de investimento e negociação de criptomoedas, atraindo mais de 100.000 usuários.
As vítimas, enganadas por uma falsa legitimidade, sofreram perdas financeiras devastadoras, variando de meros 100 dólares a somas astronômicas na casa dos milhares.
De acordo com o Google, o esquema operava de forma ‘diabólica’: primeiro, os desenvolvedores promoviam seus aplicativos na Play Store, ou seja, pagavam para o aplicativo ter destaque. Eles então recorriam a técnicas de engajamento que misturavam mensagens românticas e conteúdo no YouTube para atrair potenciais vítimas.
“Os desenvolvedores criavam aplicativos falsos de investimento em criptomoedas, deturpando-os na Play Store como aplicativos de investimento legítimos”, diz o Google.
Uma vez que o interesse era despertado, os golpistas transferiam a comunicação para plataformas mais privadas, como o WhatsApp, onde a sedução financeira era intensificada até que a vítima fosse convencida a investir nos aplicativos maliciosos.
Os aplicativos, por sua vez, eram projetados para iludir. Eles exibiam saldos e retornos de investimentos falsos, criando a ilusão de lucratividade.
No entanto, quando chegava a hora de sacar os supostos ganhos, as vítimas se deparavam com obstáculos sem solução ou eram coagidas a desembolsar mais fundos, apenas para descobrir que haviam sido enganadas.
A conselheira geral do Google, Halimah DeLaine Prado, comentou sobre o assunto, afirmando que o processo é um marco para responsabilizar os golpistas e enviar uma mensagem clara para outros que a empresa não tolerará mais abusos em sua plataforma.
De acordo com o processo, o Google também sofreu perdas financeiras, ultrapassando 75 mil dólares, durante a investigação e o combate da fraude.
Sendo assim, o processo do Google contra os desenvolvedores acusados buscas uma reparação financeira e pretende dissuadir potenciais golpistas que usem a Play Store, demonstrando que o Google não vai mais simplesmente banir aplicativos falsos de sua loja.
Para as vítimas, o processo do Google pode oferecer um vislumbre de justiça. No entanto, também é um lembrete de que na era da informação, a vigilância é nossa primeira linha de defesa contra golpes.
A SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, processou duas pessoas ligadas a um esquema de pirâmide de R$ 8,4 bilhões envolvendo criptomoedas. Conhecido como HyperFund, o esquema funcionou entre junho de 2020 e o início de 2022, quando colapsou e pausou saques.
Os nomes dos acusados são Xue Lee, também conhecido como Sam Lee, e Brenda Chunga, também conhecida como Bitcoin Beautee. Segundo o Departamento de Justiça, um terceiro promotor do esquema, Rodney Burton, já se declarou culpado.
Algumas vítimas estavam desoladas desde a paralisação dos saques. Agora, a prisão dos envolvidos aparenta ter um gosto estranho. Afinal, enquanto a justiça está sendo feita, é difícil acreditar que eles conseguirão recuperar seus investimentos.
Esquema de pirâmide HyperFund oferecia entre 0,5 a 1% de ganhos diários
Como acontece em quase toda pirâmide financeira, os líderes e promotores da HyperFund prometiam retornos fixos irreais a suas vítimas, entre 0,5 a 1% ao dia.
Também conhecido como HyperTech, HyperCapital, HyperVerse ou HyperNation, o esquema conseguiu quase que milagrosamente operar por cerca de dois anos com essas taxas. No entanto, saques deixaram de ser honrados em 2022, dando calote em seus investidores.
Segundo autoridades americanas, os três principais nomes por trás do esquema são Sam Lee, um australiano de 35 anos que residia em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Brenda Chunga, com 43 anos e de Maryland, nos EUA. Os dois estão sendo processados pela SEC. Já o terceiro, Rodney Burton, teria 54 anos e seria de Miami, também nos EUA.
“Lee e Chunga promoveram pacotes de “associação” do HyperFund, que alegavam garantir altos retornos aos investidores, inclusive das supostas operações de mineração de criptoativos do HyperFund e associações com uma empresa da Fortune 500”, apontou a SEC.
“No entanto, como alega a denúncia, Lee e Chunga sabiam ou foram imprudentes em não saber que o HyperFund era um esquema de pirâmide e não tinha nenhuma fonte real de receita além dos fundos recebidos de investidores.”
Segundo o Departamento de Justiça, os três acusados podem pegar até 5 anos de prisão por cada uma das acusações. Ambos aguardam julgamento, que deve ser apresentado nos próximos meses.
Por fim, a SEC afirma que a pirâmide movimentou US$ 1,7 bilhão (R$ 8,4 bilhões). Já o DoJ afirma que a quantia é ainda maior, de US$ 1,89 bilhão (R$ 9,37 bilhões).
Vítimas pensaram em suicídio, aponta jornal
Já o jornal britânico The Guardian notou que o colapso do esquema da HyperFund deixou alguns investidores pensando até mesmo em tirar a sua própria vida. O texto foi publicado antes mesmo da SEC processar os líderes da pirâmide.
“Não quero dizer o nome, mas houve um caso de automutilação em casa”, contou um homem do Nepal ao The Guardian sobre o estado mental de uma vítima da HyperVerse que vive em seu país natal. “Estamos recebendo vários pedidos de ajuda, você sabe, porque as pessoas estão em tal condição que é melhor que elas tomem uma atitude suicida em vez de esperar que esta empresa apresente um plano para pagá-las.”
Criptomoeda da HyperVerse (HVT) perdeu 100% de seu valor. Fonte: CoinMarketCap.
Por fim, o artigo também cita outros nomes envolvidos no esquema de pirâmide bilionário. No entanto, é difícil saber se novas investigações e prisões relacionados a esse caso serão feitas.
Uma popular rede de supermercados nos Estados Unidos entrou com um processo contra uma plataforma de Finanças Descentralizadas (DeFi), alegando uso indevido de marca e danos à reputação.
A Trader Joe’s acusa os criadores da plataforma de criptomoedas de escolherem deliberadamente um nome semelhante ao seu para capitalizar a reputação de mais de 50 anos do supermercado.
Eles alegam também que a plataforma criou uma narrativa fictícia envolvendo um “Trader Joe” que vende produtos em um mercado local, o que evoca diretamente a marca do supermercado.
Trader Joe’s vs Trader Joe
A Trader Joe’s é uma rede americana de supermercados fundada em 1967, ela possui diversas marcas registradas relacionadas à sua marca, incluindo os registros “TRADER JOE’S” e “TRADER JOES”.
O supermercado argumenta que o mascote da plataforma DeFi (Trader Joe) é semelhante ao de sua própria marca registrada. Eles contestam o logotipo da empresa, que apresenta a imagem de um “Trader Joe” usando um boné e roupa vermelha, a cor primária da marca da rede de supermercados.
TraderJoes (supermercado, esquerda) , Projeto criptomoedas (Direita)
De acordo com o processo, a rede de supermercados enviou notificações extrajudiciais ao projeto de criptomoedas em setembro de 2021 e janeiro de 2022 exigindo que parassem de usar o nome “Trader Joe”, mas o projeto continuou a operar e expandir sua plataforma.
“Os réus não solicitaram nem receberam permissão da Trader Joe para nomear sua plataforma com o nome de Trader Joe’s”, diz o processo.
Agora, o supermercado quer impedir a plataforma de usar seu nome em seu site, aplicativo, perfis de mídia social e outros contextos, bem como buscar danos morais, incluindo lucros da plataforma, para compensar perdas e cobrir honorários advocatícios.
De acordo com o processo, o cofundador da plataforma é um cidadão chinês residente em Cingapura que registrou o nome de domínio do projeto de criptomoedas.
O Trader Joe, lançado em 2021 por uma equipe anônima, funciona como um protocolo de trade sem custódia na blockchain Avalanche (inicialmente um fork da SushiSwap).
O supermercado afirmou que os funcionários da empresa de criptomoedas usam pseudônimos não apenas externamente, mas também dentro da empresa.
“Ocultar suas identidades tanto de estranhos quanto uns dos outros nas negociações comerciais do dia-a-dia evidencia a intenção de evitar a detecção, subverter o processo legal e operar livre de consequências legais”, disseram.
Até o momento, a plataforma DeFi não comentou o caso e seu site permanece ativo.
Processos legais foram iniciados pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) contra indivíduos e sua organização, Fundsz, citando seu envolvimento em um esquema enganoso relacionado ao comércio de criptomoedas e metais preciosos.
Rene Larralde de Melbourne, Flórida, Juan Pablo Valcarce de West Melbourne, Flórida, Brian Early de Nova Orleans, Louisiana, e Alisha Ann Kingrey de Franklin, do Arkansas, juntamente com sua entidade não incorporada Fundsz, enfrentam acusações de solicitações de investimento enganosas. Eles supostamente atraíram investidores com retornos implausíveis com base em um suposto “algoritmo proprietário”.
A CFTC apresentou uma queixa no Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Médio da Flórida, alegando que os réus atraíram clientes prometendo lucros semanais constantes de 3% por meio do comércio de criptomoedas e metais preciosos.
Today the CFTC charged residents of Florida, Louisiana, and Arkansas in ongoing cryptocurrency and precious metals fraud. Learn more: https://t.co/pcaH2kmUBB
Eles retrataram incorretamente a Fundsz como um empreendimento lucrativo, afirmando que um investimento de US$ 2.500 poderia crescer para US$ 1 milhão em apenas 48 meses. Além disso, o acusado vinculou falsamente a Fundsz a iniciativas de caridade, capitalizando o fascínio de contribuir para causas dignas.
O órgão regulador também afirma que os réus conseguiram atrair mais de 14.000 indivíduos criando falsos retornos semanais. No entanto, de acordo com a CFTC, a realidade é que a Fundsz não negociou fundos de clientes. Todo o empreendimento parece ter sido estabelecido com base em lucros fabricados e afirmações enganosas.
A juíza Wendy Berger, do Tribunal Distrital dos EUA, emitiu uma ordem de restrição estatutária unilateral, efetivamente congelando os bens dos réus e designando um receptor temporário. Uma audiência preliminar está marcada para 23 de agosto. A CFTC procura garantir a justiça buscando restituição para investidores enganados, recuperando ganhos ilícitos, impondo penalidades financeiras, decretando proibições de negociação e registro e garantindo uma liminar duradoura contra infrações futuras.
Anteriormente, a CFTC revelou que uma sentença padrão havia sido emitida pela juíza Naomi Reice Buchwald, do Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Sul de Nova York. Este julgamento estabeleceu uma liminar duradoura contra Michael Ackerman, um residente de Alliance, Ohio.
Depois de meses de tensões se acumulando contra as criptomoedas nos EUA, a SEC divulgou suas alegações mais fortes até agora nesta semana. No dia 05 de junho, a SEC processou a Binance US e CZ alegando que elas estavam operando uma bolsa de valores ilegalmente.
Apenas 24 horas depois, a SEC também processou a Coinbase pelos mesmos motivos. Pouco depois, 11 estados dos EUA emitiram ordens de cessar as operações, forçando-os a provar dentro de 28 dias que não estão de fato vendendo títulos não registrados ou serão forçados a sair desses estados. Um revés profundo nos maiores players do mercado, a Binance, a maior do mundo e a Coinbase, a maior exchange dos EUA.
As notícias desta semana tiveram um impacto nas ações da Coinbase e provavelmente terão um efeito de longo prazo na definição do futuro da indústria.
As ações da Coinbase caíram 10% + esta semana, juntamente com muitos dos tokens que a SEC afirma serem títulos
Diversos criptoativos no valor de até US$ 37 bilhões no agregado foram considerados títulos nos recentes processos da SEC.
A lista inclui ativos de grande capitalização, como Cardano, Solana e Polygon, que caíram percentuais de dois dígitos em valor nesta semana.
Notavelmente, a SEC não incluiu o Ether como um título, apesar de Gary Gensler chamar o ETH de título, nem a Ripple, que atualmente está passando por um processo anterior alegando que o XRP é um título.
Após a notícia, o Bitcoin e Ether foram negociados com um prêmio na Binance US, em relação aos preços globais, provavelmente devido aos traders venderem alguns dos tokens acusados pelos dois maiores criptoativos.
Espera-se que essas notícias impulsionem a atividade cripto off-shore e on-chain.
A participação de mercado das exchanges descentralizadas de todo o volume de criptomoedas atingiu um recorde histórico em maio. Se a Coinbase e a Binance retirarem da lista os ativos que a SEC afirma serem títulos, seus volumes provavelmente cairão. Alguns traders dos EUA podem deixar essas exchanges centralizadas e, em vez disso, adquirir tokens por meio de uma exchange descentralizada.
A participação de mercado das DEXs ultrapassou 20% pela primeira vez no mês passado e pode continuar subindo à luz das duras condições impostas às exchanges americanas.
Detentores de longo prazo atingem máximas recordes
A quantidade total de Bitcoin de propriedade de endereços detidos por mais de um ano atingiu um novo recorde histórico nos últimos dias.Este parece ser o mercado dando de ombros para as ações da SEC.
Embora alguns traders de baixa convicção possam ter vendido as notícias desta semana, agora mais Bitcoin é mantido por investidores de longo prazo do que nunca.
No geral, as ações da SEC podem acelerar as tendências de movimentação de criptomoedas no exterior e a atividade on-chain, em vez de por meio de uma exchange centralizada. Embora ainda haja muito a ser processado e os processos judiciais possam continuar por um tempo, os investidores de longo prazo parecem não se incomodar com a notícia.
Pelo menos duas memecoins foram processadas para deixar de existir após utilizar a imagem de memes originais da internet. O caso ocorreu após a explosão de memecoins que buscavam ocupar um espaço impulsionado pela Pepe (PEPE).
Assim, muitos projetos de criptomoedas memes chegaram com promessas de superar a Dogecoin (DOGE), a Shiba Inu (SHIB) e outras.
As intimações contra os projetos de memecoins criados como tokens na rede Ethereum foram entregues via contratos inteligentes na própria blockchain.
Analista diz que projetos de memecoins processados são esquemas de pump e dump
Com a alta meteórica da PEPE entre abril e maio de 2023, outros criadores de memecoins surgiram no mercado com novas promessas de projetos engraçados, utilizando a imagem de alguns memes originais da internet.
Um dos exemplos é a Gata Rabugenta (Grumpy Cat), um meme do qual seu criador alega ter direitos autorais sobre o projeto. Nos últimos dias, ele pediu que a comunidade de criptomoedas não comprasse a “GrumpyCat Coin”, que ele chamou de golpe irreal.
Outro projeto chamado “NYAN Meme Coin” também chamou atenção nos últimos anos, ao utilizar a imagem de um gato colorido. Ambos os projetos, contudo, agora receberam, via blockchain, intimações de cessar e desistir, ordens que antecedem um processo judicial.
Ou seja, caso os criadores e influenciadores que divulgam os projetos não suspendam suas atividades, podem sofrer na justiça dos EUA processos.
Ao perceber a movimentação, o analista blockchain ZachXBT, brincou que os golpes de memecoins receberam intimações onchain, um caso para lá de inusitado.
“Uau, memecoins pump e dump ‘Nyan meme coin’ e ‘GrumpyCat Coin’ acabaram de receber cartas de cessar e desistir onchain.”
Brasileiro conhecido por ter ficado milionário com a Dogecoin sai em defesa de memecoins que estava recomendando para seus seguidores
O brasileiro Glauber Contessoto, que mora nos EUA e é mais conhecido como ProTheDoge entre fãs de memecoins, saiu em defesa dos projetos processados.
Nos últimos dias, ele chegou a receber acusações de apoiar os golpes de novas memecoins, os chamados pumps e dumps. No entanto, na visão de Glauber, as pessoas estão tentando processar a descentralização.
Nem todos os seus seguidores concordaram com a sua visão, apontando que ainda existem direitos autorais e que leis devem ser cumpridas.
Não está claro o que os autores dos projetos das memecoins acionadas pretendem mudar para não sofrerem com a justiça, visto que um acordo extrajudicial já surgiu em seu radar. Caso eles se recusem a responder ou resolver a situação, o caso pode parar nos tribunais no futuro.