O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), iniciativa liderada por Elon Musk, afirma ter economizado R$ 312 bilhões (US$ 55 bilhões) aos americanos desde que foi implementado, em 20 de janeiro deste ano. Dados da Polymarket mostram que isso significa uma economia de US$ 359 (R$ 2.040) para cada contribuinte americano.
Monitoramento dos custos dos gastos governamentais feitos pelo DOGE. Fonte: Polymarket.
Como comparação, brasileiros pagaram R$ 349 bilhões em impostos no mesmo período, segundo estimativas do site Impostômetro. A diferença é de somente R$ 37 bilhões, ou 10,6%.
Site Impostômetro mostra quanto brasileiros já pagaram em impostos nos primeiros dois meses de 2025. Fonte: Impostômetro.
Dado que o DOGE é um departamento novo e o Impostômetro revela que brasileiros pagaram US$ 3,6 trilhões em impostos em 2024, será interessante fazer essa comparação ao final de 2025.
O DOGE é um departamento com o nome em homenagem à primeira memecoin do mundo, a Dogecoin (DOGE), da qual Musk se diz grande fã.
Embora sites como o US Debt Clock, que aponta que o DOGE economizou R$ 624 bilhões, e o Impostômetro apresentem somente estimativas, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) apresenta um relatório completo com todos os cortes que já foram feitos até então.
Segundo os dados, os maiores cortes foram realizados na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Departamento de Educação (ED), Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e Departamento de Agricultura (USDA).
Dentre os gastos cortados, por exemplo, estão alguns ligados ao Brasil. Isso inclui US$ 229.637 de “Serviços de Consultoria em Florestas e Gênero no Brasil para o Forest Service IP”, US$ 25.450 de “Serviços de Consultoria em Gestão de Incêndios Florestais no Brasil para o Forest Service IP” e outros US$ 51.462 de “Serviços de Consultoria em Turismo Comunitário no Brasil para o Forest Service IP”.
Dentre os cortes apresentados está o cancelamento de assinaturas de revistas, serviços de diversidade, equidade e inclusão (DEI), tecnologia e software, pesquisa e desenvolvimento, entre outros.
“As economias totais estimadas do DOGE são de 55 bilhões de dólares, uma combinação de detecção/exclusão de fraudes, cancelamentos de contratos/arrendamentos, renegociações de contratos/arrendamentos, vendas de ativos, cancelamentos de subsídios, reduções de pessoal, mudanças programáticas e economias regulatórias.”
Principais agências que sofreram cortes de gastos pelo DOGE. Fonte: Doge.gov.
Assinaturas de Revistas e Serviços de Informação: Valores variam de 8.000 a 1.072.665 dólares.
Serviços de DEI: Valores variam de 25.000 a 25.000.000 dólares.
Treinamento e Consultoria: Valores variam de 89.370 a 34.977.118 dólares.
Tecnologia e Software: Valores variam de 31.151 a 39.369.398 dólares.
Pesquisa e Desenvolvimento: Valores variam de 11.451 a 34.977.118 dólares.
No total, a soma de economias chega a US$ 55 bilhões em cortes de gastos, uma economia de R$ 2.040 (US$ 359) para cada contribuinte ou então R$ 931 (US$ 164) para cada um dos 334,9 milhões de americanos.
Independente disso, o DOGE está longe de resolver o problema econômico dos EUA. Afinal, dados do FRED mostram que a dívida pública está em US$ 35,4 trilhões, valor que dobrou nos últimos 10 anos.
Dados da dívida pública americana. Fonte: FRED.
Até mesmo Jerome Powell, presidente do Fed, já afirmou que isso é insustentável. Por conta disso, nomes famosos do mercado, como Arthur Hayes, acreditam que a tendência do Bitcoin é só de alta no longo prazo.
Raul Sena, dono do canal Investidor Sardinha no Youtube, lembrou em seu mais novo vídeo que já conversou até com o Daniel Fraga sobre bitcoin.
Como Fraga sumiu dos holofotes há alguns anos, Sena contou a história para mostrar que estuda sobre o bitcoin há alguns anos. Contudo, ele não falou detalhes e nem quando trocou ideia com o ex-youtuber, indicando que a situação ocorreu “há alguns anos”.
Intitulado “O bitcoin vai te proteger da dominação mundial?”, Raul Sena explicou as vantagens do bitcoin e a melhor forma de armazenar a moeda com segurança. Seu canal é um dos mais influentes entre investidores tradicionais e de criptomoedas, reunindo mais de 1 milhão de seguidores.
“Bitcoin te salva 100% contra inflação e impressão desenfreada de dinheiro”, diz Investidor Sardinha
Lembrando que fala publicamente de bitcoin desde 2019 em seu canal, o Investidor Sardinha, Raul Sena separou alguns argumentos sobre os quais ele acredita que a moeda digital protege as pessoas contra o caos mundial.
Em primeiro lugar, ele lembrou que a tecnologia é resistente a censura financeira. Assim, nem mesmo quem critica publicamente um governo autoritário, por exemplo, consegue ter suas moedas facilmente apreendidas. Ele lembrou que o mesmo não se aplica a bancos e criptomoedas salvas em corretoras centralizadas.
Seguindo com seu raciocínio, ele destacou que o bitcoin protege 100% quem deseja se afastar da inflação e impressão desenfreada de dinheiro praticada por bancos centrais em moedas fiduciárias. Com isso, Raul destacou que, em sua visão, o bitcoin é um ouro digital.
Na terceira posição, o youtuber lembrou que o bitcoin é uma moeda com alta facilidade de transporte, se tornando um dinheiro portátil. Neste ponto, ele lembrou que a autocustodia é o ponto mais importante para quem deseja aproveitar melhor da tecnologia.
Por fim, ele lembrou que o bitcoin é uma moeda maravilhosa para se enviar dinheiro entre países. E por conta de ser uma tecnologia descentralizada, se torna cada vez mais imparável como dinheiro.
“Se você comprou bitcoin em corretoras e mandou para sua carteira, o governo sabe”, lembrou Raul Sena
Nos pontos contrários a tecnologia bitcoin, Raul Sena lembrou que as pessoas que compram corretoras de bitcoin e enviam para suas carteiras estão na mira dos governos.
Além disso, ele declarou que um órgão como a Anatel, que opera redes de comunicações, poderia dificultar o acesso a ferramentas para a população, de forma que acessar o bitcoin de determinado país que tomasse tal atitude poderia atrapalhar a adoção.
Para quem acredita totalmente no bitcoin, o youtuber declarou que muitos estão romantizando o bitcoin. Isso porque, em sua opinião, a moeda não é uma salvação para todos os problemas, uma “panacéia” como muitos tentam pregar pela internet.
Mas em um caso de problema mundial, ele acredita que ter água, terreno e comida seriam mais relevantes que ter bitcoin. Mesmo assim, isso não é desculpa para não ter bitcoin em autocustodia, que ele informou ser o ativo que mais rentabiliza em sua carteira.
Em uma apuração do Livecoins no mercado financeiro tradicional, foi possível confirmar o que Donald Trump disse em seu discurso inaugural no último domingo (19).
Isso porque, o novo presidente dos Estados Unidos declarou que, desde que foi o escolhido nas eleições de 2024, tanto o mercado financeiro de ações, quanto o Bitcoin registraram altas no mercado. No caso da moeda digital, vários recordes de preços mostraram força com animação dos investidores com o cenário pró-cripto anunciado por Trump.
Assim, separamos aqui a lista das melhores ações em desempenho no mercado, além de uma comparação com outras ligadas à tecnologia.
Ações ligadas às criptomoedas que valorizaram após eleição de Donald Trump
A principal ação do mercado de criptomoedas em bolsa de valores certamente é a da Coinbase (Nasdaq: COIN), visto que é a primeira listagem de uma corretora de bitcoin em uma bolsa de valores. E desde que Trump venceu o pleito em 5 de novembro de 2024, as ações da Coinbase dispararam 52,34%, mostram dados do Google Finance até o dia 17 de janeiro de 2025.
Ações da Coinbase de 5 de novembro de 2024 até 17 de janeiro de 2025 registram alta. Fonte; Google Finance.
Já as ações da empresa sob o comando do bilionário Michael Saylor, a MicroStrategy (NASDAQ: MSTR) valorizaram 74% no mesmo período. Os ganhos mostram que os investidores desta ação seguem acreditando no futuro da empresa, e viram seu líder se aproximar da nova gestão eleita.
Ações da MicroStrategy de 5 de novembro de 2024 até 17 de janeiro de 2025 registram alta. Fonte: GF.
Já as ações da Mara Holdings (NASDAQ: MARA), uma mineradora que opera nos EUA, operou em alta de 22%, mesmo com queda nos últimos seis meses. Ou seja, mostrando uma recuperação de médio prazo, a empresa deu bons ganhos para quem comprou após a chegada de Trump à Casa Branca.
Ações da Mara Holdings de 5 de novembro de 2024 até 17 de janeiro de 2025 registram alta. Google Finanças.
Sob o comando de Jack Dorsey (ex-fundador do Twitter), a Block (NYSE: SQ) também registrou uma alta no mercado de 20,14%. Ou seja, Trump falou com razão em seu discurso no último domingo que sua ascensão ao cargo mais vigiado do planeta impactou o mercado de criptomoedas e financeiro em geral.
Ações da Block de 5 de novembro de 2024 até 17 de janeiro de 2025 registram alta. Reprodução.
Ganhos em ações ligadas ao mercado cripto superam valorização de gigantes da tecnologia
Isso mostra que, as ações do mercado de criptomoedas superaram os ganhos até em comparação com gigantes da tecnologia.
No caso das ações da Alphabet Inc. (NASDAQ: GOOGL) e Apple (NASDAQ: AAPL), por exemplo, os ganhos de 15% e 2% respectivamente mostram como investir nas ações ligadas a criptomoedas deram maior retorno, pelo menos no período analisado.
Lançada neste sábado (18), o projeto da criptomoeda Official Trump (TRUMP) é uma aparente memecoin criada na rede Solana pelo próprio Donald Trump, que anunciou a medida em suas redes sociais.
O projeto pegou os investidores de criptomoedas de surpresa, visto que não houve anúncio prévio. Além disso, muitos suspeitaram de um golpe contra os investidores, visto que seu lançamento ocorreu de forma similar a fraudes do passado.
De qualquer forma, várias corretoras já começaram a listar o projeto e o Livecoins preparou uma lista de quais já disponibilizam a memecoin. Vale lembrar que, como um projeto novo, é de alto risco e volatilidade, devendo os interessados prosseguir com cautela.
Quais corretoras já listaram nova criptomoeda memecoin da Solana de Donald Trump?
Como um projeto novo, poucos pares de negociação continuam disponíveis para a $TRUMP, que viralizou até nos trending topics do X.
Conforme apuração da reportagem, uma das corretoras que já disponibiliza a opção é a Bybit, uma das maiores do mercado.
Outra que tem listado a TRUMP no par USDT é a Bitget, assim como a Kucoin. Entre os maiores volumes dentre corretoras centralizadas, a MEXC, a HTX (antiga Huobi) e a LBank também já disponibilizam para em relação a stablecoins.
Grandes corretoras começaram a dar atenção rápido ao projeto, e a Crypto.com também já listou a memecoin de Trump.
Mostrando que deve disponibilizar um par a vista em breve, a Binance já listou a criptomoeda no seu mercado de futuros. Já a Coinbaseainda não divulgou se vai listar o projeto, o que mostraria uma gigante adoção em um intervalo curto.
No Brasil as corretoras Mercado Bitcoin e Digitra já listaram a Trump.
O bilionário Justin Sun marcou os perfis de Donald Trump e seus filhos, ao lembrar que as corretoras já começaram a lançar o projeto.
Como é um token criado na rede Solana, a TRUMP também pode ser negociada em corretoras descentralizadas, por usuários que possuem SOL em suas carteiras.
Assim, a maior corretora a receber um volume é a Meteora, que captou 32% do volume de negociações dentre usuários.
Outra DEX que listou pares da TRUMP é a Radyum, que captou grande volume com o par de negociação em Solana.
Entre as três maiores corretoras descentralizadas, a Orca também começou a ver grande negociação entre usuários.
Vale lembrar que, como um projeto novo e ainda sem grandes informações na internet, a TRUMP é uma criptomoeda de alto risco de mercado. Ou seja, investidores podem perder todo o dinheiro ao negociar este, portanto a gestão de risco deve ser grande ao buscar a memecoin.
Enquanto muitos aguardam ansiosos o dia 20 de janeiro de 2025, data em que Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos, alguns atores do mercado de criptomoedas já sentem os efeitos da chegada vindoura.
Um dos animados com o ano de 2025 é o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse. Em sua conta no X, ele tem realizado publicações otimistas sobre os rumos que o mercado já começou a tomar.
De acordo com ele, na gestão de Joe Biden a Ripple teve que procurar funcionários fora dos EUA. Contudo, mesmo sem Trump chegar, a empresa já redirecionou 75% das posições de trabalho atuais para o país.
Além disso, ele declarou que já assinou mais contratos de negócios desde que Trump foi eleito que nos últimos seis meses. Vale lembrar que a SEC, sob a gestão de Biden, processou a Ripple e afastou a empresa que mantém a criptomoeda XRP do país.
Agora com Trump, eles esperam por tempos mais calmos e promissores para o projeto.
CEO da Ripple comemora efeito Trump no mercado de criptomoedas
Afirmando que a chegada do ano novo para o mercado de criptomoedas indica um período de prosperidade, Brad Garlinghouse tem se aproximado da gestão de Trump.
“2025 chegou e o mercado de alta de Trump é real. Para a Ripple, isso é ainda mais pessoal depois que a SEC de Gensler efetivamente congelou nossas oportunidades de negócios aqui em casa por anos. O otimismo é óbvio e muito merecido“, disse o executivo em suas redes sociais.
Ao mostrar animação neste domingo (5), ele ainda destacou que a equipe de Trump já começou a impulsionar o mercado, e as “criptomoedas serão grandes novamente”.
“A equipe Trump já está impulsionando a inovação e o crescimento de empregos nos EUA com Scott Bessent, David Sacks, Paul Atkins e outros no comando, e eles nem estão no cargo ainda! Diga o que quiser, mas o “efeito Trump” já está tornando a cripto grande novamente – por meio de sua campanha e nas prioridades do dia 1 da Administração.”
2025 is here and the Trump bull market is real. For Ripple, this is even more personal after Gensler’s SEC effectively froze our business opportunities here at home for years. The optimism is obvious and very deserved.
Today: ✅75% of Ripple’s open roles are now US-based, while…
“Não é só a mudança na presidência, Congresso dos EUA também é o mais pró-cripto da história”, reforçou executivo
Na última sexta-feira (3), Brad havia realizado uma análise no Congresso dos EUA eleito em 2024. De acordo com ele, os novos políticos pró-cripto possuem maioria dos votos no legislativo, o que mostra uma boa energia.
Contudo, o executivo disse que o momento não é para se curtir apenas, visto que há muito trabalho a ser feito nos próximos anos.
Empresas russas começaram usar Bitcoin e outras criptomoedas em transações comerciais internacionais, apoiadas por mudanças na legislação que flexibilizam esse tipo de operação.
Tal medida busca mitigar os impactos de sanções econômicas que têm dificultado o comércio com parceiros importantes, como China e Turquia.
O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, confirmou que transações utilizando ativos digitais já estão em andamento e têm potencial de aumentar nos próximos anos.
“Como parte do regime experimental, é possível usar bitcoins minerados aqui na Rússia em transações comerciais internacionais”,disse Siluanov ao canal de TV Rossiya 24.
“Essas transações já estão acontecendo. Acreditamos que eles deveriam ser ampliados e desenvolvidos ainda mais. Estou confiante de que isso acontecerá no próximo ano”, disse ele, acrescentando que os pagamentos internacionais em moedas digitais são o futuro.
Russia adotando Bitcoin
Além de permitir o uso de Bitcoin e criptomoedas no comércio exterior, a Rússia avançou na legalização da mineração de moedas digitais, uma atividade em que o país se destaca globalmente.
Siluanov disse que essas mudanças fazem parte de um regime experimental, no qual o Bitcoin, entre outros ativos digitais, pode ser utilizado para facilitar transações internacionais.
Ele também afirmou que a expansão dessas operações será uma prioridade para o próximo ano.
Em paralelo, o presidente Vladimir Putin criticou o uso político do dólar por parte dos Estados Unidos, afirmando que essa prática tem incentivado muitos países a buscar alternativas financeiras.
Em declarações recentes, Putin apontou o Bitcoin como um exemplo de ativo não sujeito ao controle de qualquer governo, o que o torna uma opção atraente para diversificação e independência em transações globais.
Atualmente, a Rússia ocupa uma posição de liderança global na mineração de Bitcoin, e tem investido para consolidar a integração das criptomoedas à sua economia.
Nos últimos meses, o governo russo implementou medidas para legalizar a mineração de ativos digitais e criar um ambiente regulatório favorável ao seu uso no comércio exterior.
Essas ações têm como objetivo aumentar a resiliência econômica do país frente às sanções e oferecer maior independência no cenário financeiro global.
O interesse crescente da Rússia nas criptomoedas pode ser visto como uma transformação em sua abordagem econômica, onde ativos digitais passam a ser vistos não como uma tecnologia emergente e um recurso estratégico para superar desafios impostos por sanções e restrições financeiras.
Com o suporte de lideranças políticas e o potencial de crescimento das transações em criptomoedas, o país se posiciona para explorar ainda mais as possibilidades dessa nova economia digital no próximo ano.
Após um mês em operação no Brasil, a World (ex-Worldcoin), protocolo de verificação de humanidade, ultrapassou a marca de 150 mil humanos únicos verificados no país, lendo a íris de brasileiros.
Assim, residentes da cidade de São Paulo estão aptos a receber uma prova de humanidade, que pode ser realizada em 21 pontos na cidade. Para isso, os interessados devem realizar agendamento, por meio do World App.
Em nota ao Livecoins, a empresa afirma que só no Brasil, já são mais de 645 mil usuários cadastrados no aplicativo.
Este marco inicial ilustra o interesse das pessoas em uma solução que diferencie interações humanas e automações no ambiente digital.
No início de novembro, a World apresentou ao Brasil o World ID verificado, uma credencial digital anônima que, de forma rápida e segura, permite às pessoas comprovar que são seres humanos reais e únicos na internet sem fornecer quaisquer dados pessoais de identificação.
“À medida que a IA se torna presente em todas as esferas da nossa vida, fica mais evidenciada a necessidade de se criar uma forma confiável para confirmar que somos humanos“, afirma Rodrigo Tozzi, gerente de operações no Brasil da Tools for Humanity (TfH), empresa colaboradora da World. “Privacidade, segurança e anonimização devem estar no cerne da evolução tecnológica. Desta maneira, conseguimos não apenas garantir autenticidade, mas também segurança para os usuários“, ele completa.
Como funciona a leitura da íris pela World, tecnologia apoiada pelo criador do ChatGPT
A World é um protocolo aberto e descentralizado cujo objetivo é ajudar as pessoas a diferenciar interações humanas reais daquelas impulsionadas por inteligência artificial (IA), além de buscar aumentar o acesso à economia digital global e proteger a confiança e a privacidade online.
A empresa acredita que o avanço da inteligência artificial tornará a internet mais útil do que nunca, mas trará crescentes desafios, como scambots, deepfakes, fraudes de identidade e desinformação. Segundo o relatório recente, quase metade de todo o tráfego online global em 2023 foi gerado por não-humanos, sendo a taxa mais alta em mais de 10 anos.
Para verificar sua humanidade, os interessados maiores de 18 anos devem baixar o World App e agendar um horário em um dos locais de verificação espalhados por São Paulo. Lá, um dispositivo de última geração chamado Orb, que se assemelha a uma câmera fotográfica de alta resolução, captura uma imagem do olho e do rosto, que é imediatamente convertida por algoritmos em uma representação numérica chamada de código de íris.
A íris é a maneira que a empresa verifica que as pessoas são seres humanos únicos sem solicitar dados pessoais identificáveis como nome, idade, endereço ou documento. As imagens originais da íris são então criptografadas de ponta-a-ponta, enviadas para o telefone da pessoa e prontamente deletadas da Orb.
Os códigos de íris são então fracionados por meio de criptografia avançada, conhecida como Computação Multi-partidária Anonimizada (AMPC). Esses fragmentos são armazenados em nós computacionais operados por universidades e terceiros confiáveis, como as Universidades de Berkeley nos EUA e Friedrich Alexander Erlangen-Nürnberg, na Alemanha. Os fragmentos criptografados não revelam nada sobre o indivíduo nem podem ser efetivamente vinculados de volta a ele, diz a empresa World, que busca assegurar a efetiva anonimização dos dados.
Em sua segunda edição sobre a adoção global de criptomoedas, a Consensys voltou a liberar dados sobre os investidores de criptomoedas do Brasil, movimento de adoção que tem tido destaque na região Nordeste do país.
O estudo também sugere que pelo menos 43% dos brasileiros podem já ter investido em criptomoedas em algum momento. Esse número está acima da média mundial de 42%. O campeão mundial é a Nigéria, onde 73% das pessoas dizem que já compraram criptomoedas.
Além disso, chama atenção que a maioria dos brasileiros já ouviu falar de criptomoedas (96%), e a maioria (56%) sabe o que são. Dois em cada cinco (40%) estão cientes, mas não têm certeza de que entendem o que são criptomoedas.
O estudo liberado nesta terça-feira (10) foi encomendado pela Consensys e ouviu mais de 18 mil pessoas de todo o mundo. Na América Latina, participaram pessoas do Brasil, Argentina e México.
A amostra consiste em 1051 entrevistados no país, pessoas de 18 a 65 anos, que participaram da pesquisa pela plataforma YouGov entre 23/02 até 02/05/2024.
Aumenta adoção de criptomoedas entre brasileiros, com Nordeste na liderança do movimento, diz Consensys
No Brasil, a região Nordeste registrou 45,3% dos investidores, seguido pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). O percentual de investidores ativos, que são aqueles que atualmente possuem criptomoedas é de 16% no Brasil e 17,3% no Nordeste.
Na questão ambiental, 56% dos brasileiros acreditam que as criptomoedas são ecologicamente corretas, um valor bem acima da média mundial de 40%. Além disso, 64% dizem que, entre as criptomoedas, o Bitcoin é o mais ambientalmente correto.
Em relação ao futuro, 47% responderam que estão considerando investir em criptomoedas nos próximos 12 meses. O número sobe entre os brasileiros que já compraram criptomoedas, esse número vai para 70%.
De acordo com Joseph Lubin, cofundador do Ethereum e fundador e CEO da Consensys, a blockchain tem um papel fundamental na vida das pessoas.
“O papel fundamental do blockchain e da descentralização no aprimoramento da privacidade, da confiança e da transparência na forma como nossos dados são gerenciados não pode ser exagerado. Nossa última pesquisa não apenas destaca a importância crescente da privacidade de dados, com 83% dos entrevistados enfatizando sua importância, mas também lança luz sobre preocupações generalizadas sobre exploração e desinformação, uma questão premente em meio às eleições globais e à adoção generalizada da IA.”
Criptomoedas como meio de inclusão financeira contrasta com má percepção de bancos
O estudo revela que as criptomoedas são mais populares em regiões economicamente desfavorecidas do Brasil e do mundo, o que mostra seu potencial significativo como ferramenta de inclusão financeira.
Mesmo aqueles sem acesso a um sistema bancário tradicional podem encontrar oportunidades no mercado cripto. De fato, quando questionados sobre as razões para se tornarem investidores, 28% dos brasileiros que já investiram em criptomoedas apontam para terem sido excluídos do sistema financeiro tradicional como seu motivador importante primário. Esse número mostra um aumento de 26 pontos percentuais em comparação aos resultados do ano passado.
Assim, apenas 2 em cada 10 brasileiros concordam que os sistemas financeiro e bancário tradicional funcionam bem. Quase 5 em cada 10 acreditam que os sistemas funcionam, mas podem ser melhorados. Enquanto isso, 2 em cada 10 pensam que os sistemas financeiro e bancário precisam de ser completamente reconstruídos desde o princípio.
Um total de 41% dos fundos de capital de risco (venture capital) do Brasil mapeados por uma pesquisa da Nexa Finance e Fintrender já investiram em startups de tokenização, mesmo que apenas numa só. E os três segmentos que mais têm a atenção desses investidores são os de serviços financeiros, infraestrutura e tokens não-fungiveis (NFTs) / games. Esses são algumas das informações do Brazil Tokenization Report 2024 (Relatório de Tokenização no Brasi), divulgado nesta sexta-feira (29).
O estudo mostra ainda que todos os bancos mapeados oferecem ativos para clientes e usam blockchain em processos, de acordo com Cecília Melo, co-fundadora da Nexa, empresa está chegando ao mercado de oferta de investimentos tokenizados. E nesse cenário, das instituições financeiras a tokenizadoras, investidores e fundos de capital de risco, os desafios apontados são os mesmos: aceitação de ativos digitais pelo mercado e a questão regulatória.
No caso da regulação, Daniel Paiva, da Vieira, Drigo e Vasconcellos Sociedade de Advogados, o Brasil tem tido uma regulação que não é por “força” do regulador, sem interação com o mercado. Esse é o caso dos Estados Unidos (EUA) até agora. Nas consultas públicas do Banco Central em curso para provedores de serviços de ativos digitais (PSAVs) há até pontos disruptivos. Um deles é que pode haver custódia, liquidação e formação de mercado no exterior no exterior.
Em relação à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), espera-se que a revisão da regra para crowdfunding, usada pelo setor cripto, ajude a moldar melhor questões como pool de liquidez e uso do mercado subsequente – de novas ofertas de ativos – quase como se fosse um mercado secundário – em que se negocia o que já foi emitido, completou Paiva.
Para Bruno Batavia, diretor de Tecnologias Emergentes do fundo de capital de risco, “há sinais claros de que o Brasil está liderando a onda de tokenização”. Ele, que até o ano passado do Banco Central do Brasil e trabalhou no projeto do Drex desde o início, afirmou que o Brasil poderá estar entre as 10 economias mais tokenizadas do mundo. “Um dos diferenciais do projeto brasileiro em relação ao de muitos outros países é que há um projeto estruturado”, afirmou.
A Nexa Finance chega a um mercado com outras 15 tokenizadoras mapeadas pelo relatório. O potencial do mercado chamou a atenção dos fundadores. O que blockchain traz, segundo Lucas Danicek, cofundador e CEO da empresa, é a possibilidade de personalização de ofertas de produtos com escala. Na gestão de riqueza, em geral os clientes são encaixados em tipos de carteiras. Com blockchain, há mais espaço para a oferta de ativos aderentes ao perfil dos clientes.
“Nossa maior preocupação é a adoção, fazer com que todo mundo tenha a mesma percepção de que a indústria está pronta. Vender R$ 50 milhões de tokens ao mês (como acontece com outras empresas) é pouco. Mas é um mercado que já existe”, afirmou Danicek. Para ele, o foco tem de ser na originação e curadoria, na qualidade do ativo. “Grandes investidores com grandes valores vão comprar (tokens) pela qualidade, não pelo hype.
Em segundo lugar, afirmou, se eu estivesse na cadeira de Chief Investment Officer (CIO), “o que faria eu não entrar num token é a segurança”. Como não adianta tentar convencer que blockchain é segura e pode excluir intermediários, a Nexa vai começar operando com um estrutura que inclui, por exemplo, banco fazendo a liquidação das operações, fiel depositário e custodiante. Portanto, mantém a infraestrutura do mercado tradicional, sem usar os benefícios de blockchain em todo o processo.
Gustavo Cunha, fundador da Fintrender, que participou da elaboração do relatório sobre tokenização, afirmou que o relatório confirma que já há um ecossistema. Uma das maiores dificuldades para elaborar o documento foi enquadrar as iniciativas nos grupos que criamos. Houve dificuldade para criar os grupos e depois vimos havia inciativas que cabiam em 3 ou 4 e às vezes não havia uma principal.
Após uma entrada monstruosa de US$ 1,12 bilhão (R$ 6,47 bilhões) nesta quinta-feira (27), o ETF de Bitcoin da BlackRock ultrapassou seu ETF de ouro. Segundo dados da própria gestora, hoje ela administra US$ 32,9 bilhões em ouro no IAU e US$ 33,1 bilhões em Bitcoin no IBIT.
Uma diferença que chama atenção são as datas de lançamento. Enquanto o IAU foi lançado em 2005, há 19 anos, o IBIT possui apenas 10 meses de existência.
ETF de ouro da BlackRock.ETF de Bitcoin da BlackRock.
No momento desta redação, a BlackRock possui 447.217 bitcoins em seu ETF, cerca do dobro do GBTC da Grayscale que ocupa o segundo lugar.
ETFs de Bitcoin batem recorde diário de entradas
Eric Balchunas, especialista da Bloomberg em ETFs, creditou o recorde de entradas nos ETFs de Bitcoin à vitória de Donald Trump nas eleições americanas. Também nesta quinta-feira (7), o Fed cortou os juros em 0,25%.
O recorde anterior era de US$ 1,05 bilhão, registrado em março. Nesta quinta-feira (7), as entradas foram de US$ 1,38 bilhão (R$ 8 bilhões).
ETFs de Bitcoin batem recorde de entrada nesta quinta-feira (7) com compras de US$ 1,38 bilhão.
Deste número, US$ 1,12 bilhão (R$ 6,47 bilhões) estão ligados ao IBIT da BlackRock, também batendo seu recorde individual. Na sequência aparecem outros US$ 190,9 milhões no FBTC da Fidelity e valores menores em fundos de outras gestoras.
Bitcoin é o novo ouro?
Muitos apontam que o Bitcoin é um ouro digital devido a sua escassez. Indo além, também destacam que a criptomoeda é melhor em termos de armazenamento, transportabilidade, divisibilidade, e outros pontos, em comparação ao metal.
Até mesmo Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, elaborou um pensamento sobre esses dois ativos em 2010.
“Como um experimento mental, imagine que houvesse um metal comum tão escasso quanto o ouro, mas com as seguintes propriedades:
Cor cinza e sem graça
Não é um bom condutor de eletricidade
Não é particularmente forte, mas também não é dúctil nem facilmente maleável
Não é útil para nenhum propósito prático ou ornamental
E uma propriedade especial e mágica:
Pode ser transportado por um canal de comunicação
Se, por algum motivo, ele adquirisse algum valor, então qualquer pessoa que quisesse transferir riqueza a longa distância poderia comprar, transmiti-lo e fazer com que o destinatário o vendesse.
Talvez ele pudesse obter um valor inicial de forma circular, como você sugeriu, por pessoas que preveem seu potencial de utilidade para trocas. (Eu com certeza gostaria de ter alguns). Talvez colecionadores, ou qualquer outro motivo aleatório, pudesse desencadear isso.
Acredito que as qualificações tradicionais para o dinheiro foram escritas com a suposição de que existem tantos objetos concorrentes no mundo que são escassos, que um objeto com o valor intrínseco automático certamente prevaleceria sobre aqueles sem valor intrínseco. Mas se não houvesse nada no mundo com valor intrínseco que pudesse ser usado como dinheiro — apenas algo escasso, mas sem valor intrínseco — acredito que as pessoas ainda adotariam algo.”
Satoshi Nakamoto comparando ouro e Bitcoin. Fonte: Bitcointalk.
Embora o ETF de Bitcoin da BlackRock já seja maior que seu ETF de ouro, vale notar que o BTC ainda tem um longo caminho para se igualar ao ouro. Dados do 8MarketCap mostram que hoje o ouro possui um valor de mercado de US$ 18 trilhões, já o Bitcoin vale apenas US$ 1,5 trilhão.
Portanto, o Bitcoin precisa valorizar 12 vezes e alcançar o preço de US$ 915.000 para desbancar o ouro do trono de maior reserva de valor do mundo.
A Solana (SOL) pode ver uma queda de 5%, caindo para cerca de $160 em meio à volatilidade do mercado.
Os investidores estão considerando o Vantard (VTARD), uma nova memecoin que está atualmente na fase de pré-venda.
Vantard oferece exposição a memecoins, atraindo traders em busca de lucros.
Com a previsão de preço da Solana indicando uma possível queda de 5%, muitos investidores de SOL estão voltando sua atenção para novas oportunidades, especialmente criptomoedas em fase de pré-venda.
Uma dessas criptomoedas em pré-venda é o Vantard (VTARD), o primeiro fundo índice de memecoins, que visa capitalizar o “superciclo das memecoins”.
A previsão de preço da Solana sinaliza uma possível queda de 5%
De acordo com os últimos relatórios, o preço da Solana caiu para aproximadamente $170, uma queda de quase 4% no dia. Essa diminuição ocorre apesar de um recorde histórico na atividade econômica na blockchain da Solana, sugerindo que, embora a tecnologia subjacente esteja funcionando bem, a movimentação de preços não está acompanhando.
Analistas alertam que, se a tendência de queda continuar, o SOL pode sofrer correções adicionais, potencialmente caindo para cerca de $160,99, que se alinha a movimentos de liquidez nas bordas inferiores do Fair Value Gap.
Um fechamento acima do limite de $179 poderia sinalizar uma reversão, mas, por enquanto, os traders estão cautelosos enquanto monitoram os movimentos de preço. Historicamente, a trajetória de preços do SOL tem sido resiliente, mas a combinação de pressões externas e sentimento de mercado torna sua trajetória de curto prazo incerta.
Atualmente, o Índice de Força Relativa (RSI) de 14 dias está em 60,86 e está inclinando-se para baixo, vindo da região de sobrecompra, indicando um sentimento de baixa no mercado.
Com previsões sugerindo um alvo de longo prazo de $579,46 até 2025, muitos investidores estão avaliando suas opções à luz das flutuações recentes.
O token do fundo de índice de meme coins está atraindo o interesse dos traders de SOL
Diante da incerteza em torno da Solana, os traders estão cada vez mais atraídos pelo Vantard (VTARD), o primeiro fundo de índice de meme coins.
À medida que os meme coins ganham popularidade no atual cenário cripto, o Vantard oferece uma proposta única ao fornecer exposição a um portfólio diversificado das principais meme coins da Solana. O objetivo do Vantard é capturar o potencial de valorização dessa classe de ativos especulativa, minimizando as complexidades da seleção de tokens individuais.
O Vantard é posicionado como um veículo de investimento de gestão simples, permitindo que os usuários participem do esperado “superciclo dos meme coins” sem a necessidade de escolher tokens específicos. Ele é projetado tanto para investidores experientes quanto para iniciantes, destacando a simplicidade e a acessibilidade do investimento em meme coins.
Com a missão de proporcionar retornos superiores durante esta fase especulativa, a abordagem do Vantard ressoa com aqueles que buscam maximizar ganhos enquanto evitam a sobrecarga mental frequentemente associada ao comércio de ativos individuais.
Ao permitir que os detentores de tokens VTARD resgatem seus tokens em troca de uma parte proporcional dos ativos subjacentes, o Vantard está transformando a maneira como os investidores abordam os meme coins. A estrutura deste fundo de índice reflete produtos financeiros de sucesso, como ETFs, mas se concentra exclusivamente no cenário de alto risco e alta recompensa dos meme coins.
À medida que o interesse por esses ativos aumenta, é provável que o Vantard atraia mais traders de SOL ansiosos para explorar estratégias de investimento alternativas.
Qual pode ser o melhor investimento: Vantard (VTARD) ou Solana (SOL)?
A decisão entre investir em Solana (SOL) ou no fundo índice de meme coins Vantard (VTARD) depende, em última análise, das estratégias de investimento individuais e da tolerância ao risco.
Solana continua sendo uma plataforma robusta, conhecida por sua velocidade e escalabilidade, com um potencial significativo para crescimento a longo prazo. No entanto, a recente volatilidade dos preços levanta preocupações para traders de curto prazo que buscam ganhos imediatos.
Por outro lado, o Vantard oferece uma solução inovadora para aqueles que desejam capitalizar a tendência das meme coins. Com potencial para retornos substanciais e um processo de investimento simplificado, o Vantard pode atrair traders que buscam exposição a esse segmento em rápida evolução do mercado.
Considerando que as meme coins superaram outros setores de criptomoedas neste ano, investir no Vantard, que está atualmente na primeira das 10 etapas de pré-venda previstas, pode proporcionar uma oportunidade de surfar na onda do trading especulativo sem a necessidade de escolher vencedores individuais.
O token VTRAD está atualmente sendo vendido a $0,00010 por token, com projeções de que o token atinja $0,00011 na próxima etapa de pré-venda, antes de subir ainda mais nas etapas seguintes.
No final, os traders de SOL devem avaliar o potencial de ressurgimento de Solana em comparação com as perspectivas atraentes oferecidas pelo Vantard. À medida que o cenário das criptomoedas evolui, ambas as opções têm seus méritos, e a escolha dependerá de os investidores priorizarem a força estabelecida de Solana ou o apelo especulativo das meme coins por meio de um fundo índice como o Vantard.
O Mercado Livre, maior empresa latino americana do setor de varejo, confirmou que sua stablecoin de Dólar já tem milhões de brasileiros investindo no produto.
Disponível através do banco digital Mercado Pago, a Meli Dólar é uma criptomoeda estável, lastreada na moeda dos EUA. Além disso, quem tem a conta Meli+ pode ganhar cashbacks na stablecoin ao realizar compras na plataforma.
Associada ao programa de fidelidade da marca, a Meli Dólar chama o interesse em um momento que o USD disparou em relação ao Real brasileiro (BRL). No fechamento da última semana, o Dólar terminou a semana na bolsa cotado em R$ 5,69.
Com dois meses no mercado, Meli Dólar atrai milhões de investidores de stablecoin do Mercado Livre
Em conversa com a Forbes Argentina, Ignacio Estivariz, vice-presidente de serviços fintech do Mercado Livre, falou sobre a nova stablecoin do grupo. Lançada em agosto de 2024, a Meli Dólar já atraiu milhões de investidores brasileiros, declarou o executivo.
Além da disponibilidade no Brasil, a stablecoin também pode ser adquirida por investidores do México. Contudo, como o principal foco do produto é o mercado brasileiro, não há previsão de lançar a Meli Dólar na Argentina, país em que o Mercado Livre nasceu.
O motivo da compra de Meli Dólar, apontou o executivo em sua entrevista, é o de investidores se exporem a uma moeda mais segura. Além disso, outros compram a moeda para realizar compras na própria plataforma.
“Muitos compram para se expor ao Dólar, enquanto a opção de ter a stablecoin ligada ao programa de fidelidade dá um valor extra“, disse Ignacio.
Marca do Mercado Livre é muito forte no Brasil, diz executivo ao explicar vantagens sobre USDT e USDC
Nos últimos dias, a Tether comemorou os primeiros dez anos desde que lançou a USDT como uma moeda lastreada no Dólar. Assim, produziu um documentário que mostrou, entre outros pontos, que o USDT é a criptomoeda mais utilizada no Brasil.
Questionado sobre qual a vantagem da Meli Dólar para outras stablecoins como USDT e USDC, Ignacio lembrou sobre a força da marca Mercado Livre. De acordo com o executivo, todos reconhecem a empresa, sabendo que a stablecoin é uma ferramenta segura.
Estivariz destacou ainda a curiosidade dos brasileiros que facilita sua adoção às novas tecnologias financeiras. Para Ignacio o Brasil é o maior mercado de criptomoedas da América Latina, ou seja, qualquer inovação neste setor atrai muita atenção.
Sobre a relação com o Banco Central do Brasil, o executivo elogiou a inovação e abertura para fintechs que o regulador tem. Destacando uma relação próxima, o executivo do Mercado Livre diz que a empresa está próxima do BCB e sempre em diálogos.
Após dar apoio para a Polícia Federal na Operação Niflheim, a Receita Federal detalhou como se deu a investigação que apurou crimes com criptomoedas. De acordo com a RFB, duas empresas da serra gaúcha movimentaram mais de R$ 34 bilhões no esquema.
Deflagrada na última terça-feira (10), a operação chamou atenção após bloquear R$ 9 bilhões em bancos e corretoras de criptomoedas dos suspeitos. Conforme informado pela PF, os mandados ocorreram simultaneamente em quatro estados brasileiros.
Assim, a Receita declarou que o objetivo da operação era “apurar ilícitos tributários como lavagem de dinheiro e evasão de divisas na intermediação de operações com criptomoedas. Buscam-se também possíveis esquemas de blindagem patrimonial dos envolvidos“.
Receita Federal detalha operação que apurou crimes com criptomoedas a partir da serra gaúcha
A Receita Federal do Brasil revelou os detalhes de uma complexa operação financeira envolvendo o uso de criptomoedas, concentrada principalmente na cidade de Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul.
As investigações indicaram que duas empresas da região movimentaram, juntas, mais de R$ 34 bilhões entre agosto de 2019 e maio de 2024. Uma delas foi o principal alvo da operação, com mais de R$ 19 bilhões em transações, enquanto a segunda movimentou mais de R$ 15 bilhões no mesmo período.
A descoberta do esquema mostrou que as criptomoedas eram usadas para evitar os canais tradicionais de controle monetário. O processo operava em quatro níveis distintos.
No primeiro nível, estavam os possíveis sonegadores, que usavam as moedas digitais para omitir receitas, subfaturar importações e fugir de suas obrigações tributárias. Esses sonegadores tinham, em sua maioria, antecedentes criminais, e, em alguns casos, contavam com o apoio de profissionais de contabilidade.
O segundo nível era composto por empresas fantasmas criadas para receber o dinheiro dos sonegadores. No terceiro nível, as empresas eram responsáveis por filtrar e gerenciar as operações financeiras.
Finalmente, o quarto nível envolvia empresas autorizadas a realizar operações de câmbio e comércio de criptomoedas. A Receita Federal apontou que mais da metade dos depósitos identificados foram realizados por pessoas físicas com histórico criminal, incluindo crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, contrabando e roubo.
Além disso, foram descobertos depósitos feitos por comerciantes, que provavelmente estavam relacionados ao pagamento de importações subfaturadas e à sonegação de tributos.
Receita utilizou Normativa para atuar na investigação, identificando todos os gaúchos que já declararam criptomoedas antes
Para combater tais práticas, a Receita Federal utiliza a Instrução Normativa 1888/2019, que regulamenta a fiscalização das operações com criptomoedas. Assim, as autoridades conseguiram monitorar a movimentação financeira e implementar ações para reprimir atividades ilegais.
O relatório também revelou dados abrangentes sobre a movimentação com criptomoedas no Rio Grande do Sul entre 2020 e 2024. Nesse período, 16.575 empresas que realizaram operações acima de R$ 10 mil movimentaram mais de R$ 127,6 bilhões. As 10 maiores empresas foram responsáveis por quase 94% desse total, ou seja, R$ 119,88 bilhões.
Do lado das pessoas físicas, 75.025 contribuintes operaram com criptoativos, também com movimentações acima de R$ 10 mil, somando R$ 20,38 bilhões. Dentre esses, 17 contribuintes movimentaram mais de R$ 100 milhões, atingindo R$ 4,59 bilhões.
No total, somando as transações de empresas e pessoas físicas, os gaúchos movimentaram mais de R$ 148 bilhões em criptomoedas, conforme as informações declaradas à Receita Federal. O maior valor movimentado por uma pessoa física foi de R$ 735,9 milhões, enquanto o maior valor registrado por uma pessoa jurídica atingiu impressionantes R$ 41,2 bilhões.
Dicas da Receita Federal para evitar problemas ao investir em criptomoedas e bitcoin
Após detalhar a operação que resultou na prisão de várias pessoas, a RFB ainda divulgou seis dicas para que os investidores evitem problemas ao negociar criptomoedas no Brasil.
Declaração de Criptoativos: Todas as operações com criptoativos devem ser declaradas à Receita Federal. Isso inclui compra, venda, permuta, doação, transferência para exchanges, entre outras;
Sistema Coleta Nacional: Utilize o sistema Coleta Nacional, disponível no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), para declarar suas operações mensais com criptoativos;
Informações Necessárias: Na declaração, você deve informar detalhes como o tipo de criptoativo (Bitcoin, Ethereum, etc.), a quantidade, o valor da operação em reais, e a data da transação;
Limite de R$ 30.000,00: Se suas operações mensais com criptoativos ultrapassarem R$ 30.000,00, você é obrigado a prestar essas informações à Receita Federal;
Imposto de Renda: Ganhos de capital com a venda de criptoativos também devem ser declarados no Imposto de Renda. Se o valor total dos criptoativos em 31 de dezembro de um ano for superior a R$ 5.000,00, eles devem ser incluídos na seção de “Bens e Direitos” da declaração;
Conversão de Valores: Os valores das operações devem ser convertidos para reais utilizando a cotação do dólar fixada pelo Banco Central do Brasil na data da operação.
Operação da Receita com Polícia Federal contra crimes com criptomoedas no Rio Grande do Sul em setembro de 2024. Divulgação: RFB.
Texto com informações oficiais da Receita Federal do Brasil, divulgadas na última terça-feira (10).
Pesquisas apontam que 72% dos investidores de criptomoedas são jovens, tendo menos que 35 anos. No entanto, dados da Safewill, uma plataforma australiana que oferece serviços para a criação de testamentos, revela que as criptomoedas estão cada vez mais presentes em testamentos.
Segundo as informações apresentadas pelo NewsWire, o número de cresceu 2.400% nos últimos 4 anos.
Conforme as criptomoedas podem ser acessadas por 12 ou 24 palavras, no caso de autocustódia, outra solução seria deixar instruções aos herdeiros para que eles as recuperassem por conta própria.
No entanto, o uso de um serviço como esse pode ser útil para evitar brigas na família, destacando quem receberá as moedas.
Investidores estão incluindo criptomoedas em testamentos
Mesmo que ninguém goste de pensar na sua própria morte, investidores precisam planejar quem ficará com a herança caso o pior aconteça.
No caso das criptomoedas, muitas vezes associadas a investimentos mais sigilosos, já que a autocustódia impede que outras pessoas saibam sobre eles, sua inclusão em testamentos é de extrema importância.
Embora não tenha revelado o valor total das moedas nos testamentos de seus clientes, dados da Safewill revelam que o valor médio de criptomoedas em cada testamento é de R$ 76.800 (20.300 dólares australianos).
A média fica em R$ 97.250 (25.700 AUD) em testamentos de homens e R$ 42.000 (11.000 AUD) de mulheres. Outras informações mostram que dois terços deles são homens, a maioria sem filhos, e que apenas 28% dos testamentos mencionam crianças como herdeiros.
“Criptomoedas é dinheiro. Você quer deixar para seus herdeiros quando falecer. Assim como o dinheiro na sua conta bancária, criptomoedas são um ativo, e você quer que todos os ativos que possui estejam no seu testamento”, comentou Matthew Baitieri, ex-consultor e analista de criptomoedas, à NewsWire.
Na mesma reportagem, a advogada Isabelle Marcarian notou que há uma estimativa de que “bilhões de dólares em ativos digitais não sejam reclamados devido à falta de informações adequadas passadas aos beneficiários”.
Segundo o site da Safewill, a empresa também trabalha com NFTs além de criptomoedas, ou seja, atende a todos os tipos de investidores desse novo mercado.
Outro ponto a ser observado é o potencial de valorização do Bitcoin e outras criptomoedas. Como exemplo, o BTC valorizou 27.300% nos últimos 10 anos contra o Real brasileiro, transformando cada R$ 1.000 investidos em R$ 273.000.
Portanto, embora hoje uma fração de bitcoin possa valer pouco, é possível que ela se transforme em uma fortuna ao passar dos anos a ponto de ser uma bela herança.
No mundo financeiro em constante evolução, a tokenização de ativos surge como uma tendência revolucionária. Mas, o que realmente significa tokenizar seus ativos, e por que você deveria considerar essa inovação para hoje? Tokenização é o processo de transformar direitos de propriedade ou de uso sobre ativos em tokens digitais registrados em uma blockchain. Esses tokens representam a propriedade ou acesso a ativos físicos ou digitais, desde obras de arte e músicas até ingressos para eventos e participações em lucros futuros. Esse processo pode trazer inúmeras vantagens. Uma das principais razões para considerar a tokenização é a liquidez que ela oferece. Imagine possuir uma rara obra de arte ou uma vasta coleção de objetos antigos. Tradicionalmente, vender esses itens poderia ser um processo longo e complexo. No entanto, com a tokenização, você pode vender frações desses ativos, tornando-os mais acessíveis a um número maior de investidores e aumentando a liquidez do seu portfólio. Além disso, a tokenização democratiza o investimento. Pequenos investidores podem acessar ativos que antes estavam fora de seu alcance financeiro. Por exemplo, uma música cujos direitos autorais são tokenizados pode ser parcialmente comprada por fãs e pequenos investidores que desejam participar dos lucros gerados por sua reprodução e venda. Isso não apenas diversifica os investimentos, mas também cria uma conexão mais profunda entre os criadores e seus apoiadores. Outro benefício da tokenização é a segurança e transparência proporcionadas pela blockchain. Todos os tokens são registrados em um ledger imutável, garantindo um registro claro e seguro de todas as transações. Isso não só reduz o risco de fraude, mas também aumenta a confiança entre as partes envolvidas. Por exemplo, ingressos para eventos podem ser tokenizados, garantindo que os compradores recebam ingressos autênticos e eliminando a revenda fraudulenta. O processo de tokenização também aumenta a eficiência operacional, eliminando intermediários e reduzindo os custos associados. Contratos inteligentes podem ser usados para automatizar processos e garantir que as transações ocorram de acordo com os termos pré-estabelecidos. Por exemplo, participações em uma start-up podem ser tokenizadas, permitindo que os investidores recebam automaticamente suas partes nos lucros conforme a empresa cresce e alcança suas metas. Vamos começar! Para começar, é essencial avaliar seus ativos e identificar quais podem ser tokenizados. Desde colecionáveis raros até direitos de propriedade intelectual, quase qualquer coisa pode ser convertida em tokens. Escolher a plataforma certa é crucial, já que ela deve oferecer segurança, funcionalidade e conformidade regulatória, assim como entender as regulamentações aplicáveis é igualmente importante para garantir que todas as operações estejam em conformidade com as leis. Uma vez que seus ativos estejam avaliados e você tenha escolhido uma plataforma, inicie o processo de tokenização. Trabalhe com desenvolvedores e consultores para criar tokens que representem com precisão seus ativos. Após a tokenização, esses tokens podem ser comercializados em exchanges digitais, abrindo um novo mercado de potenciais investidores e aumentando suas oportunidades de venda. A tokenização vai transformar a maneira como interagimos com ativos, oferecendo novas oportunidades, acessibilidade e eficiência. Não fique para trás – agora é a hora de olhar para seus ativos e considerar como eles podem ser tokenizados. Com o DREX e as tecnologias de blockchain, o futuro das finanças digitais está ao seu alcance. Como você vê a tokenização mudando a forma como você gerencia seus ativos? Comente abaixo! *Rogério Melfi é especialista em soluções inovadoras para o setor financeiro para desafios como Moedas Digitais de Banco Central (CBDC), Open Finance e Open Insurance, Métodos de Pagamentos, Crédito e tecnologias como blockchain e DLT. Estse artigo é parte do bate-papo semanal sobre o DREX, originado no LinkedIn e que agora está também no Blocknews. Assine a newsletter do Blocknews para acompanhar as novidades do mercado e conferir as novas publicações.
O Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), iniciativa conjunta do Banco Central do Brasil e da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), anunciou a retomada das atividades com a intenção de acelerar projetos de criptomoedas e blockchain.
Após uma pausa em 2023, o laboratório, que desde 2018 promove a inovação no Sistema Financeiro Nacional por meio do desenvolvimento de protótipos tecnológicos, retoma sua edição 2023/2024 com sete projetos que serão acelerados para impulsionar o ecossistema de inovação financeira.
O LIFT é um ambiente virtual colaborativo que reúne o universo acadêmico, o mercado, empresas de tecnologia e fintechs. A iniciativa conta com o apoio de empresas de tecnologia, como AWS, Cielo, Finansystech, Idwall, Microsoft, Multiledgers, R3 e Veritran.
Veja quais áreas o Banco Central do Brasil planeja acelerar: criptomoedas, PIX e blockchain na mira
Na nota oficial, o Banco Central do Brasil deixou claro que sete áreas são as mais desejadas para aceleração da nova fase do LIFT.
A primeira seria a de empresas da área de Compliance e PLD Preventivos, que podem apresentar soluções tecnológicas para a prevenção à lavagem de dinheiro e compliance.
Além disso, o BCB busca um Gateway de Interoperabilidade, com uma solução de interoperabilidade B2B que opera entre redes blockchain que não são compatíveis.
No chamado GreenFi: Finanças Descentralizadas para a Sustentabilidade, a autoridade quer encontrar uma solução que visa criar um ecossistema financeiro descentralizado para ativos verdes tokenizados.
Outra expectativa é a de encontrar uma ferramenta de KYC para Rating de Crédito em Blockchain, ou seja, uma solução que busca desenvolver uma rede descentralizada para avaliação e concessão de crédito, seguindo os princípios do Open Finance.
Já envolvendo um Score Chave PIX, o BCB quer o desenvolvimento de uma pontuação para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, monitoramento de safe zones e detecção de contas laranjas.
Na área de SmartSafe, a solução envolve uma carteira digital programável, segura e intuitiva para o armazenamento de criptoativos.
Por fim, com o Token do Agronegócio Garantido — TAG, o BCB quer a tokenização de ativos para o agronegócio.
Projetos que participaram já receberam mais de R$ 400 milhões de investimentos
Na edição 2023/2024, o LIFT Lab completa 6 anos de inovações tecnológicas, que geraram impactos expressivos. Ao todo, foram 256 propostas de projetos submetidas, sendo selecionados 82 projetos.
Entre os 68 finalistas, 36% receberam investimentos do setor privado, durante ou logo depois da aceleração, totalizando um montante superior a R$ 400 milhões.
De acordo com informações do BCB, a partir de julho, o cronograma do LIFT Lab inclui etapas importantes. Ao longo do programa, serão realizadas reuniões de acompanhamento e entrega dos projetos, com foco na entrega final (LIFT Day) e no relatório com publicações dos artigos (LIFT Papers).
Interessados em participar do programa e que desejam mais informações podem acessar o site oficial do LIFT Lab.
O mercado de criptomoedas está prestes a enfrentar uma cascata de liquidação, disse o fundador do fundo de hedge Lekker Capital nessa sexta-feira (14). De acordo com Quinn Thompson, a maioria das altcoins deve sofrer grandes quedas em breve.
“Espere queda para a maioria das altcoins”, disse o analista em entrevista ao DL News.
“O mercado parece ter perdido qualquer capacidade de recuperação, mesmo nas grandes empresas, enquanto, ao mesmo tempo, a alavancagem e a quantidade de contratos em aberto permanecem elevados.”
Ele afirmou que a chegada de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin mudou a estrutura do mercado de criptomoedas. Em momentos de alta anteriores, os fluxos migravam do Bitcoin e Ethereum para criptomoedas menores enquanto traders se tornavam mais ousados.
Atualmente, no entanto, investidores que ganham exposição ao Bitcoin através de ETFs não têm uma maneira fácil de comprar altcoins em suas contas de corretagem.
“Há simplesmente uma falta de demanda para sustentar os cerca de US$ 3 bilhões de inflação mensal na oferta de altcoins nos próximos um ou dois anos”, disse.
Ele comparou a situação com os mercados de ações, onde algumas ações se destacam enquanto outras não, e previu que essa dispersão no desempenho continuará a aumentar.
Mercado de criptomoedas deve ter cascata de liquidação
Outro fator preocupante é a diminuição dos fluxos dos ETFs e a venda de participações em criptomoedas por fundos de risco para levantar capital.
A oferta de stablecoins, usada como métrica para medir a demanda, também atingiu um patamar preocupante. “Apesar de uma série de tentativas de quebrar máximos históricos, o Bitcoin simplesmente não conseguiu ter força ainda.”
Essa calmaria na demanda deverá afetar particularmente as altcoins, já que muitos projetos de criptomoedas estão liberando o fornecimento de seus tokens.
“À medida que entramos em um período de verão de baixo volume, a combinação de desbloqueios de fornecimento de tokens e pressão de venda de investidores de risco provavelmente será uma batalha difícil demais para a maioria dos tokens.”.
Em outras palavras, os desenvolvedores e baleias continuarão tendo cada vez mais acesso a estoques de moedas que foram impedidos de vender até agora. O empresário concluiu dizendo que, embora ainda não haja pânico, essa situação vai mudar em breve.
Um estudo publicado pela Triple-A revela que mais de 560 milhões de pessoas já investem em criptomoedas. Outro dado curioso é que, pela primeira vez na história, o número de investidores de criptomoedas ultrapassa o número de contas do PayPal.
O Brasil aparece como um destaque do estudo. Isso porque 12 milhões de pessoas começaram a investir no setor no último ano, elevando o número total para quase 38 milhões. No ranking de adoção, o Brasil aparece na 7ª posição conforme 17,4% da população brasileira investe em criptomoedas.
Em termos percentuais, apenas Emirados Árabes Unidos (25,3%), Singapura (24,4%), Turquia (19,3%), Argentina (18,9%), Tailândia (17,6%) e Vietnã (17,4%) aparecem na sua frente. Logo após estão os EUA (15,5%), Arábia Saudita (15%) e Malásia (14,3%), todos acima da média mundial de 6,9%.
Países com maior adoção de criptomoedas. Fonte: Triple-A.
Os motivos para essa adoção varia de país para país. Enquanto os Emirados possuem muitos estrangeiros, incluindo empresas, Singapura é conhecida por seu foco em tecnologia.
Já Argentina e Turquia são atualmente dois dos países mais afetados pela inflação. Ou seja, enquanto alguns olham para as criptomoedas como investimento, outros as usam para proteger seu capital.
Há mais investidores de criptomoedas que contas do PayPal no mundo
Segundo os dados da Triple-A, 61% dos 560 milhões de investidores de criptomoedas são homens, mas a diferença está diminuindo. Isso porque a porcentagem estava em 63% no estudo do ano passado.
Já a idade dos investidores permanece a mesma, 72% deles tem menos de 34 anos. Isso mostra que a digitalização do dinheiro é popular entre os mais jovens. Outro dado aponta que 71% possuem ensino universitário.
O que mais chama atenção, no entanto, é que o número de investidores ultrapassou o número de contas do PayPal. Enquanto a gigante americana teve um crescimento pequeno nos últimos anos, as criptomoedas tiveram uma adoção acelerada, saindo de 18 milhões para 562 milhões entre 2018 e 2024.
Há mais investidores de criptomoedas que usuários do PayPal. Fonte: Triple-A.
Na sua frente estão apenas Visa e Mastercard, duas gigantes de cartões de débito e crédito. De qualquer forma, essas empresas estão cientes do crescimento das criptomoedas e já estão se adequando à nova tendência.
Enquanto o PayPal lançou sua própria stablecoin, a Visa lançou um recurso que converte Bitcoin em reais sem precisar de corretoras. Mais recentemente, no mês passado, a Mastercard lançou um serviço focado em endereços personalizados para receber criptomoedas.
Por fim, a Triple-A destaca que o crescimento dessa adoção está ligado às mudanças regulatórias, como a aprovação dos ETFs nos EUA, mas também de eventos como o halving do Bitcoin, que chamaram a atenção de novos investidores.
Os ETFs de Bitcoin continuam a mudar o cenário das criptomoedas, com volumes de negociação de entradas e saídas diárias que impactam diretamente o mercado. Uma recente análise da Glassnode revelou que os volumes de negociação desses ETFs agora representam cerca de 30% de todos os volumes de bitcoin à vista.
“Os ETFs [estão] sendo negociados em cerca de 30% do tamanho dos mercados spot globais”, disse a Glassnode.
Oferecendo uma maneira mais acessível de investir e manter Bitcoin, os ETFs estão se tornando cada vez mais influentes no preço e na liquidez da moeda digital. Nos últimos dias, as entradas e saídas desses veículos financeiros têm pintado um quadro dinâmico do comportamento dos investidores.
Na quarta-feira (10), por exemplo, a Grayscale registrou suas saídas mais baixas da história, totalizando apenas US$ 17,5 milhões, enquanto a BlackRock viu entradas modestas de US$ 33 milhões no mesmo dia.
Essa dinâmica contribuiu para entradas líquidas globais de US$ 124 milhões, resultando em uma rápida recuperação do preço do bitcoin durante o período de negociação, que saltou de US$ 68.000 para US$ 71.000.
No entanto, a quinta-feira (11) trouxe mudanças, com saídas da Grayscale aumentando para US$ 124 milhões, mas as entradas da BlackRock subiram para US$ 192 milhões, resultando em entradas líquidas gerais de US$ 91 milhões.
ETFs volume abril 2024
Tais movimentos refletem um padrão interessante de comportamento dos investidores, com o mercado reagindo às tendências de entrada e saída nos ETFs.
O cenário atual também levanta questões sobre a influência dos mineradores de bitcoin. Embora os ETFs ofereçam uma forma direta de acessar o mercado, a produção contínua de novas moedas pelos mineradores pode afetar a oferta e a demanda.
Observa-se uma tendência de desinvestimento por parte dos mineradores antes do próximo halving, sinalizando uma possível mudança na dinâmica do mercado nos próximos meses.
Os analistas sugerem que a trajetória do preço do bitcoin pode ser influenciada por esses fatores, com previsões variando de uma continuação gradual do crescimento até cenários de maior volatilidade.
Enquanto isso, a perspectiva para os próximos meses permanece otimista, com muitos analistas sugerindo que o bitcoin ainda está em uma zona de compra favorável.
As entradas e saídas nos ETFs continuam a ser um indicador-chave do sentimento do mercado, destacando a crescente importância desses veículos financeiros no ecossistema das criptomoedas.
Com escritório localizado no endereço da imobiliária de um dos sócios da GAS Consultoria e vídeos com críticas à Operação Kryptos da Polícia Federal (PF), o advogado Jeferson Brandão tem captado clientes que foram lesados por outras empresas semelhantes.
Ele tem representado clientes contra a Braiscompany, mas ao contrário do que falou sobre a prisão do faraó dos bitcoins – Glaidson dos Santos – o advogado elogiou a prisão dos responsáveis da Braiscompany.
O advogado foi cliente da GAS Consultoria. Mesmo sem ter ação contra a GAS, quando a empresa suspeita de fraudes com criptomoedas começou a dar problemas, ele se tornou a voz das vítimas. Nisso, captou clientes para mover ações contra outras empresas.
Ativo nas redes sociais e com milhares de seguidores, Jeferson Brandão ajudou a promover a manifestação pela soltura de Glaidson dos Santos (“faraó dos bitcoins”) em frente à Justiça Federal em agosto de 2022. O argumento era de que essa seria ‘a melhor forma para as vítimas da GAS receberem o dinheiro’. Brandão afirmou durante a manifestação que deveria defender a soltura de Glaidson.
Brandão chegou a fazer uma enquete para apoiar uma campanha de candidatura do Glaidson dos Santos para deputado federal. Sempre utilizando o nome de Deus, ele batia no ponto de que o ocorrido com os responsáveis da GAS foi injustiça.
Num vídeo no Youtube, afirma ter recebido uma aula do Glaidson Santos e a partir de então defender a soltura do responsável da GAS. Numa alusão à Bíblia, Glaidson teria dito que se a imprensa quer o apelidar que o chame de “faraó do bitcoin”, mas de “Moisés do bitcoin” por libertar o povo do sistema financeiro.
Glaidson foi pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e doou R$ 73 milhões para a Igreja em Cabo Frio e, segundo a PF, teria captado investidores nessa instituição religiosa.
Em defesa da GAS
No Instagram, afirma de forma clara que defende o retorno das atividades da GAS Consultoria. No mesmo post, fala que aprova o modelo de negócios dessa empresa, mas respeita os colegas que pensam diferente.
Brandão sustenta que o seu ponto de vista não o tornaria representante da GAS e tampouco significaria que advoga para ela e seus responsáveis.
De acordo com ele, numa visita que fez ao Glaidson dos Santos na prisão, o suspeito teria pedido ao Jeferson Brandão que esse o representasse no Congresso Nacional. O advogado sustenta que negou esse pedido, assim como teria negado o convite do deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) para representar a GAS Consultoria na CPI.
Seu ativismo pela continuidade dos negócios da GAS foi tão grande que ele chegou a convocar seus seguidores a fazer uma manifestação na porta da Justiça Federal para que houvesse soltura dos responsáveis da GAS e desbloqueio dos bens.
Além disso, defendeu abertamente que a justiça deveria retirar a suspensão do Processo Recuperação Judicial e que os bens e valores bloqueados pela “Operação Kryptos” retornassem à empresa a fim de que os clientes recebessem seu dinheiro.
Mais recentemente, entretanto, o advogado afirma ter mudado de posição e não defender mais a volta da GAS. Em setembro de 2023, ele fez uma postagem em seu perfil do Instagram, explicando porque estava presente na primeira manifestação em frente à Justiça Federal, mas não na segunda:
“Eu fui um dos que mais me doei na defesa incessante da GAS. Mas quando a gente observa que a outra parte não quer o mesmo que a gente que é a solução, aí a gente tem de virar a chave”, afirma o advogado.
Críticas à Operação da PF
O fato é que já nesse período já não havia mais como defender tal posicionamento. Isso, porém, não apagaria sua luta pela continuidade dessa empresa suspeita de fraudes com criptomoedas.
O histórico do advogado aponta para uma forte defesa da GAS Consultoria. Em um vídeo publicado em seu canal no Youtube, Brandão afirma que a prisão de Glaidson foi injusta e que a “Operação Kryptos” foi um erro. Ele diz que fazia um ano dessa prisão, a qual considera injusta e precipitada. Jeferson Brandão sustenta que a Polícia Federal (PF) é a responsável pelo não pagamento dos clientes da GAS:
“Eu venho numa linha de onze meses. Vamos comemorar que não é uma comemoração o um ano de prisão do Glaidson. Prisão injusta pela Operação Kryptos. Prisão açodada. Prisão altamente sem proporcionalidade.E eu tenho a convicção que a justiça dada por Deus vai ser feita nesse caso da Operação Kryptos que foi a responsável pela paralisação dos nossos pagamentos. Em relação ao fato que originou todo o problema, a Operação Kryptos é a responsável pelo açodamento”, afirma o advogado.
Brandão diz não ser contra a investigação. Contudo, ele fala que a operação da PF teria sido precipitada. O advogado assume, no vídeo, que a GAS Consultoria não terá dinheiro para pagar todo mundo:
“Então, meus irmãos clientes, todos queremos a mesma coisa que é o nosso dinheiro. Muita gente me criticou porque eu falei que não tinha dinheiro. E, realmente, nos processos para pagar todo mundo não tem dinheiro. Isso é fato”, declara.
GAS suspeita de fraudes
Apesar desse ponto de vista do advogado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirma que o negócio da GAS Consultoria Bitcoin é fraudulento. A empresa que captava clientes sob promessa de 10% mensais em investimentos em criptomoedas foi alvo de um Processo Administrativo da CVM.
Por fim, a autarquia condenou Glaidson Acácio dos Santos (faraó dos bitcoins) e a esposa dele, Mirelis Zerpa, a não atuarem no mercado de Valores Mobiliários por 8 anos e meio, além a arcar com multa que totaliza R$ 102 milhões.
A decisão foi proferida em agosto de 2023, após a autarquia constatar que a GAS realizava oferta pública de valores mobiliários sem autorização da CVM, o que é uma ilegalidade por violar a Lei 6.385/1976.
Em agosto de 2021, porém, Jeferson Brandão defendeu a tese de que a GAS não era uma pirâmide e tampouco um esquema Ponzi. O advogado sustentou, portanto, que a empresa só não era regulamentada e isso não significa ilegalidade.
De acordo com Brandão, em um ano teria recebido seu aporte de R$ 10 mil feito em 2020. Ele, contudo, não comenta no vídeo os ganhos de 10% mensais.
Num jogo de palavras faz alusão ao valor do Bitcoin neste período de um ano como se a GAS fosse mera Exchange e que os ganhos vieram tão somente da valorização da criptomoeda. Isso, porém, não condiz ao que demonstrou as investigações da PF e tampouco pela CVM.
Visão da CVM e da PF
Dois anos mais tarde, a CVM expôs a irregular atuação no mercado de Valores Mobiliários por meio da oferta pública dos chamados “Contratos de investimento Coletivo”, conforme consta no próprio processo da autarquia.
Apesar de afirmar que não possui competência para tratar de crimes tais como “pirâmide financeira” ou “esquema Ponzi”, a CVM trouxe um trecho da investigação da “Operação Kryptos” deixando claro que a PF encontrou indícios desses ilícitos:
“Os meios utilizados pelos acusados para disseminar a suposta oportunidade de investimento estão expressamente previstos na Instrução CVM nº 400/2003 como atos de distribuição pública, pelo que fica, a meu ver, atendido o primeiro requisito do tipo.
Além disso, noto que, conforme provas recebidas da ‘Operação Kryptos’, conduzida pelo Ministério Público Federal, o ‘esquema’ mantido pelos acusados ganhou grande visibilidade, envolveu ‘sócios’ e outros prepostos em estrutura piramidal que atingiu milhares de investidores, tendo movimentado valores da ordem de R$ 38 bilhões”.
Estranha relação com a GAS
Não se sabe ao certo o grau de envolvimento do advogado Jeferson Brandão com a GAS Consultoria. Pelas postagens dele nas redes sociais se tem ao menos uma certeza: ele possuía boa relação com os sócios da GAS e um canal direto de comunicação.
Brandão, portanto, tinha uma proximidade com Glaidson dos Santos e Tunay Lima um tanto incomum para um advogado que busca de forma diplomática a solução para os clientes da GAS.
Em um vídeo postado no Instagram, Brandão não esconde a amizade dele com Tunay Lima — o número dois da GAS Consultoria, segundo a Polícia Federal. Ele afirma ter visitado Tunay em Bangu 8 e conversado sobre a situação dos clientes.
A relação entre os dois era tão estreita que o escritório do advogado funcionava na mesma casa que a I9 imobiliária (empresa de Tunay). Era uma casa de dois andares em que no primeiro piso estava o escritório de Brandão e no segundo, a empresa do homem que foi o braço direito de Glaidson na captação de investidores da GAS. O problema é que essa além da imobiliária, funcionava na mesma casa uma das empresas de pagamentos da GAS: a Inove Consultoria.
Já com o Glaidson havia até mesmo uma espécie de admiração mútua. O advogado mesmo menciona em seus vídeos que Glaidson dos Santos havia pedido que ele fosse conversar com ele na prisão (Complexo de Gericinó).
Brandão diz num de seus posts que o responsável pela GAS lhe deu uma aula sobre o funcionamento da empresa. O advogado chegou a garantir por um tempo que a GAS era lícita e que não moveria uma ação sequer contra a empresa.
Luta pelos clientes ou pela GAS?
A confiança de Glaidson dos Santos em Brandão era tamanha que ele pediu para que esse advogado o representasse na “CPI das Criptomoedas”. É algo que uma pessoa não pediria, em situação normal, para um advogado que afirma ser a voz das vítimas da GAS Consultoria.
Apesar disso, Jeferson Brandão diz não ter ligação com ninguém, que apenas tem “boa relação com todo mundo” e atua independente. Isso, entretanto, não o impediu de defender Glaison dos Santos nas redes sociais como se a PF tivesse atuado de forma injusta.
Essa defesa foi além das redes sociais e das manifestações na rua em favor da GAS e dos envolvidos. No instagram, Brandão havia se mostrado preocupado com a ausência de defesa de Glaidson. Ele não hesitou em dizer que iria com uns amigos até o presídio onde estava o Glaidson para levar uns “papeizinhos do Glaison” sem explicar qual seria a finalidade.
Brandão afirma ter sido notificado para depor na PF sobre o caso GAS. O delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby o teria chamado para esclarecer alguns pontos:
“Ele começou a me perguntar qual era a minha relação com a GAS. Como eu entrei na GAS. Pela primeira vez nesses seis meses e pouco, três clientes da GAS foram ouvidos pelos órgãos públicos. Ele me perguntando, eu já sentia que ele estava com uma preocupação com os clientes”, diz.
O delegado ainda teria perguntado se Brandão havia sido pago por alguém da GAS e alguém da direção da GAS o procurou para iniciar essa defesa em favor da empresa.
O fato é que não há como saber se a luta era para atender os interesses das vítimas da GAS ou se norteava em ter apoiadores para soltar os envolvidos e assim haver o retorno do esquema suspeito.
Justificativa do advogado
Jeferson Brandão em sua defesa disse ao delegado que apesar de ter ficado triste com a prisão de Glaidson, sua luta pela soltura do suspeito não veio do nada. Ele aponta que a razão seria por conta de alguns colegas seus afirmarem que quem entrar com processo primeiro, recebe primeiro.
Brandão no depoimento teria dito que essa atitude de alguns advogados não era legal e que daí é que teria iniciado seu processo de defesa. “A luta no começo não era pela defesa da GAS ou pelo Glaidson. A minha luta foi contra esta situação”.
Sobre a relação dele com a GAS, Brandão afirma ter respondido ao delegado que ela eram só contratos dele e que não haveria mais nada.
Quanto à Braiscompany, Jeferson Brandão não atuou com a mesma vontade de defesa como sucedeu com a GAS. Ele chegou até mesmo a elogiar a decisão que condenou os sócios dessa empresa à prisão, dentre eles, Antonio Inácio da Silva Neto (conhecido como Antônio Aïs) e Fabrícia Farias Campos (esposa de Antônio Ais)
Antes, contudo, durante uma live com Antônio Aïs, afirmando que a Brasicompany era uma espécie de última esperança da criptoeconomia tendo em vista o encerramento da GAS e da Rentalcoins:
“A Braiscompany é o bastião. É a última fortaleza que pode levar esse mercado de terceirização de trader ou, que é o caso mais específico da Braiscompany, de locação de criptoativos mais à frente. Existem outras empresas? Sim, mas elas não têm expressão nacional”, diz Brandão.
O advogado menciona, entretanto, que os casos da Braiscompany e da GAS são diferentes, assim como a Rentalcoins. Sob o ponto de vista dele, a Rentalcoins agiu de forma ilegal deixando de pagar os clientes.
Em vídeo, Brandão sustenta que na GAS houve açoitamento da Justiça. Já no caso da Braiscompany, ele disse, em janeiro de 2023, que não havia ainda indício de golpe porque alguns clientes ainda recebiam dinheiro dessa empresa.
Em outro post feito em seu canal defendeu a legalidade desse tipo de modelo de negócio que não se confunde com fraude. No entanto, se contradiz ao apontar que não há como afirmar sobre a sustentabilidade disso.
Culpa da Binance
Quando a Braiscompany parou de pagar os clientes, o advogado jogou a culpa na Binance. Há diversos vídeos de Jeferson Brandão sustentando que a Binance efetuou travas das contas de muita gente pelo mundo e no Brasil não foi diferente.
De acordo com o advogado, houve uma conversa em que ele sugeriu ao Antônio Ais uma visita à sede mundial da Binance para resolver o problema:
“Mesmo que for colocado um processo judicial no Brasil contra a Binance numa tese de defesa que eles estão fazendo compliance porque eles identificam que esse é ilegal dificilmente pode um juiz liminarmente mandar liberar as margens para pagemento. Parar as travas”, comenta Brandão.
Nisso, ele promoveu uma campanha em seu canal para que os clientes da Braiscompany cobrem à Binance ao invés de correrem atrás da empresa de Antônio Ais.
Mudança de opinião
Essa linha de atuação, contudo, não perdurou por muito tempo. Antes a defesa da Braiscompany foi contundente e esse advogado mencionou até mesmo que teria o documento do Ministério Público afirmando não se tratar de fraude.
A coisa começou a mudar depois que Jeferson Brandão teve acesso a um suposto documento de um órgão público provando que não havia travas de valores da empresa na Binance. No vídeo, porém, não mostra o documento e tampouco afirma qual órgão público o emitiu.
Em março de 2023, Brandão fala que deve haver uma pressão à Polícia Federal para que prenda Antônio Ais. Até que o mandado foi expedido pela Justiça Federal e a prisão aconteceu com a condenação de mais de 88 anos para Antônio Inácio da Silva Neto e quase 62 para a esposa dele, Fabrícia Farias Campos.
A MicroStrategy, empresa fundada por Michael Saylor, realizou mais um aporte gigante em Bitcoin nesta semana. Após vender notas com expiração para 2030, a gigante usou os R$ 4 bilhões (821 milhões) para comprar mais 12.000 bitcoins.
No total, a MicroStrategy possui 205.000 bitcoins (R$ 74 bilhões) agora e é a empresa pública com o maior número de moedas em sua carteira. Seus lucros representam mais metade dessa quantia, ficando em R$ 39 bilhões.
Como comparação, a Tesla atualmente detém 9.750 bitcoins (R$ 3,5 bi) e o ETF da BlackRock possui outros 196.000 bitcoins (R$ 70 bi).
MicroStrategy detém quase 1% de todos os bitcoins do mundo
Sendo um ativo escasso pela matemática, uma boa maneira de olhar para o Bitcoin é em termos percentuais. Com a nova aquisição da MicroStrategy, a empresa agora detém quase 1% de todos os 21 milhões de bitcoin do mundo. O valor exato é de 0,976%.
O novo aporte foi anunciado por Michael Saylor nas redes sociais na manhã desta segunda-feira (11). Em relação ao preço médio da compra, esse ficou na casa dos US$ 68.447, ou seja, aconteceu antes da recente alta para os US$ 72.000.
“A MicroStrategy adquiriu 12.000 BTC adicionais por aproximadamente US$ 821,7 milhões usando recursos de notas conversíveis e dinheiro excedente por aproximadamente US$ 68.477 por Bitcoin”, escreveu Saylor.
“Em 10/03/24, A MicroStrategy possuía 205.000 BTC adquiridos por US$ 6,91 bilhões a um preço médio de US$ 33.706 por bitcoin.”
MicroStrategy has acquired an additional 12,000 BTC for ~$821.7M using proceeds from convertible notes & excess cash for ~$68,477 per #bitcoin. As of 3/10/24, $MSTR hodls 205,000 $BTC acquired for ~$6.91B at average price of $33,706 per bitcoin. https://t.co/YayyKtpz8d
Nos comentários, Adam Back mostrou-se impressionado com a compra. “Apenas mais 5.000 BTC para ter 1% do Bitcoin antes do halving. Saylor, você consegue! Outra conversão de US$ 700 milhões?”, escreveu o cypherpunk que é um dos principais ‘candidatos’ a ser Satoshi Nakamoto.
Em relação aos 19,6 milhões de bitcoins em circulação, a MicroStrategy já detém mais de 1% dessa oferta circulante.
MicroStrategy detém 205.000 bitcoins, quase 1% de toda oferta de 21 milhões de unidades. BitcoinTreasuries.
Bitcoin é superior a todos outros ativos, afirma Saylor
Em conversa com a CNBC, Michael Saylor apareceu com um sorriso no rosto após a nova aquisição de sua empresa e o novo recorde de preço do Bitcoin. Novamente, o bilionário afirmou que “não há segundo ativo melhor” e que o BTC é a única resposta.
“Bitcoin é propriedade digital. É superior a outros investimentos como ouro, ações ou imóveis porque é digital, disponível, global, ético e útil para milhões de empresas e bilhões de pessoas.”
#Bitcoin is Digital Property. It is superior to other investments such as Gold, Equity, or Real Estate because it is digital, available, global, ethical, & useful to millions of companies and billions of people. pic.twitter.com/738dblB0Zt
Por fim, outra notícia que agitou o mercado nesta segunda-feira (11) foi a chegada de ETNs de Bitcoin e Ethereum na Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido. Similar aos ETFs, esses produtos permitirão que britânicos tenham exposição ao mercado de criptomoedas.
Dados da Bitcoin Treasuries mostram que ETFs já detém mais de 4,5% de toda oferta de Bitcoin. Em números absolutos, são cerca de 950 mil bitcoins administrados por gestoras para seus clientes.
Embora esses produtos existam em todo mundo, inclusive no Brasil, o destaque fica para os ETFs americanos. Lançados há cerca de dois meses, eles já acumulam 791 mil bitcoins em suas carteiras.
A adoção por Wall Street surpreendeu a todos, inclusive especialistas. No ano passado, o JP Morgan afirmou que os ETFs não seria grande coisa. Em seu argumento, o banco apontou que os números eram pequenos no Canadá e outros países que já ofereciam esses investimentos.
Mais recentemente, William Quigley, co-fundador da Tether, também mostrou-se surpreso com as entradas. Em última análise, pontuou que o Bitcoin pode chegar a R$ 1,5 milhão neste ciclo de halving devido aos ETFs.
ETFs americanos de Bitcoin estão se tornando um “PacMan” atrás de moedas
O maior ETF de Bitcoin continua sendo o GBTC, da Grayscale. Afinal, ele foi lançado como um fundo em 2013 e, nos últimos 10 anos, só cresceu. No entanto, os outros 9 “novos ETFs”, como estão sendo chamados, estão crescendo a ponto de ameaçar o reinado do GBTC.
Afinal, esses ETFs já acumularam 386 mil bitcoins em suas carteiras em menos de dois meses. Mesmo considerando finais de semana e feriados, a média de compras é de 6.772 bitcoins por dia nos últimos 57 dias.
Portanto, podemos esperar que os novos ETFs cheguem a marca de 1 milhão de bitcoins em suas carteiras em menos de 5 meses. Até o final de 2024, seriam cerca de 2,5 milhões de bitcoins nas mãos de gestoras como BlackRock e Fidelity.
Lista de ETFs de Bitcoin. Fonte: Bitcoin Treasuries.Acumulação de bitcoin por ETFs (em amarelo) está crescendo diariamente. Fonte: Bitcoin Treasuries.
Como consequência, espera-se que o Bitcoin quebre sua resistência da região dos US$ 69.000 em breve. Afinal, essa demanda institucional já é 10 vezes maior que a oferta de novos bitcoins minerados e a diferença pode chegar a 20 vezes após o halving marcado para abril.
Por fim, não são apenas os ETFs que estão comprando Bitcoin. A MicroStrategy, por exemplo, está planejando comprar US$ 70 milhões em BTC por dia, mesmo já possuindo 193.000 bitcoins em sua carteira.
Devido ao sucesso dos ETFs, é possível que isso encoraje outras empresas públicas e privadas a investir na criptomoeda. Afinal, gigantes como BlackRock e Fidelity ajudaram a legitimar esse investimento, antes muito criticado pelos mais céticos.
Desde 2021, quando a China baniu a mineração de Bitcoin, mineradores chineses estão migrando para outros países em busca de eletricidade barata. A nova aposta é a Etiópia, um país africano com 120 milhões de habitantes e com condições climáticas adequadas para a atividade.
No entanto, a chegada dos mineradores na Etiópia já está causando polêmica. Um dos motivos é a falta de acesso à eletricidade a boa parte da população local. Segundo dados de 2021, apenas 54% dos etíopes tinham acesso à eletricidade.
Outra curiosidade é que a negociação de criptomoedas é proibida no país, mas a mineração é permitida desde 2022. Um paradoxo.
Mineradores chineses migram para a Etiópia
Embora a China tenha banido as criptomoedas de seu país há quase 3 anos, é difícil saber o quão efetivo foi esse banimento. Como exemplo, um estudo recente do WSJ revelou que chineses continuam negociando Bitcoin via P2P e também com o auxílio de VPN para driblar o grande firewall da China.
Já nesta semana, a China divulgou uma nota prometendo intensificar o combate a mineração de criptomoedas. Ou seja, grandes mineradoras podem ter fechado suas portas, mas outras menores seguem ativas.
Segundo informações publicadas pelo South China Morning Post (SCMP) nesta quinta-feira (8), o destino atual dos mineradores é a Etiópia. Sendo mais específico, aos arredores da Represa do Renascimento, uma hidrelétrica que contou com um empréstimo chinês de US$ 1 bilhão e foi inaugurada em 2020.
“Na Primavera passada, começaram a aparecer contêineres de carga perto de subestações eléctricas ligadas à recentemente construída Represa do Renascimento (GERD, na sigla inglesa), a maior de África”, destacou o SCMP. “Dentro havia pilhas de computadores poderosos e que consumiam muita energia.”
A migração já está causando polêmicas. Como destaque, o SCMP aponta que países como Cazaquistão e Irã já tentaram abraçar o setor de mineração, mas isso acabou gerando crises de energia e obrigando os mineradores a empacotar seus equipamentos e enviá-los para outros lugares.
Outro agravante é que, mesmo com a inauguração da hidrelétrica, cerca de metade da população da Etiópia continua sem acesso à energia elétrica. Ou seja, é um problema que já era existente, mas pode forçar mineradores a deixarem o país no futuro.
“A Etiópia prometeu se tornar o maior centro de mineração de Bitcoin na África — se os mineradores conseguirem navegar num processo regulatório lento”, escreveu o Hashrate Index em dezembro do ano passado em estudo sobre o continente africano.
Das 21 mineradoras que operam no país, o SCMP destaca que 19 delas são chinesas. Além da energia barata (R$ 0,16 por kWh) e condições climáticas favoráveis (entre 5 °C e 25 °C), a diplomacia entre Etiópia e China é outro fator que atrai mineradores.
“Os mineradores chineses não têm problemas em construir instalações na África”, comentou Nuo Xu, fundador da China Digital Mining Association. “É como outra província chinesa.”
Por fim, mesmo tendo liberado o setor de mineração em 2022, atraindo diversos mineradores, a Etiópia ainda não permite a negociação de criptomoedas em seu país. Portanto, até mesmo os mineradores precisam vender seus bitcoins em outro local.
Um novo imposto em criptomoedas foi criado no dia 12 de dezembro de 2023 com a sanção da Lei 14.754/2023 que altera a tributação dos investimentos feitos no exterior, no qual é apresentado uma alíquota única de 15% de imposto e entrou em vigor no dia 01/01/2024.
Nessa nova lei, os ativos virtuais e as carteiras digitais entram no rol de aplicações financeiras no exterior, alterando então a alíquota de tributação a ser paga.
No entanto, não serão todos os investimentos em ativos virtuais que serão considerados aplicações financeiras no exterior. O enquadramento dos ativos virtuais como aplicações financeiras no exterior ficarão sujeitos ao regulamento da Receita Federal do Brasil conforme diz no § 3º do Art. 3º da Lei 14.754/2023.
Por analogia, até o presente momento, entende-se que constará nessa regra apenas os ativos virtuais que estiverem em corretoras estrangeiras sem o domicilio fiscal no Brasil.
Desse modo, os ativos virtuais investidos aqui no Brasil através de uma corretora nacional, deverão ser submetidos a tributação antiga de criptoativos, através do Ganho de Capital, com seu respectivo limite de isenção em até R$ 35.000,00 em alienação no mês.
Quais serão as principais mudanças?
Até 31/12/2023 toda a tributação no mercado de criptomoedas era feita de forma generalizada de acordo com o cálculo do Ganho de Capital, com suas alíquotas de 15% até 22,5% (A Alíquota de 22,5% sempre foi calculada apenas para o ganho de capital acima de R$ 30 milhões).
Desde 01/01/2024 esse cálculo do Ganho de Capital deve ser feito exclusivamente para os ativos virtuais que estiverem no Brasil, que por analogia, serão os ativos virtuais em corretoras nacionais, por exemplo.
Todos os ativos virtuais considerados aplicação financeira no exterior serão tributados exclusivamente em 15% independente do montante negociado, sendo esse o único imposto em criptomoedas a ser pago.
Além da mudança do imposto em criptomoedas, a nova lei também apresenta em seu texto que a pessoa física passará a declarar anualmente na DAA (Declaração de Ajuste Anual, mais conhecida como Declaração do Imposto de Renda) os rendimentos em aplicações financeiras no exterior, onde deverá ser feita a tributação.
Um outro ponto de extrema importância é a compensação de prejuízo apresentado na seção IV da lei citada.
De acordo com o texto, as perdas poderão ser compensadas exclusivamente entre aplicações financeiras no exterior, desde que comprovada por documentação hábil e idônea.
Corretoras estrangeiras devem passar a informar tudo para a Receita Federal
No art.44 do Capítulo III – Disposições Finais da lei 14.754/2023 é apresentado uma novidade, no qual diz que todas as exchanges de criptoativos deverão reportar as movimentações de seus usuários para a Receita Federal do Brasil, e também para o Coaf.
Art. 44. As empresas que operarem no País com ativos virtuais, independentemente de seu domicílio, ficam obrigadas a fornecer informações periódicas de suas atividades e de seus clientes à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)
Na prática, isso ocorre hoje com as corretoras nacionais de criptoativos e, de acordo com a nova lei, o mesmo deverá ser feito pelas corretoras estrangeiras.
Ainda não sabemos se as corretoras estrangeiras vão de fato fazer a mesma declaração que as corretoras nacionais fazem, ou se será uma declaração completamente diferente.
A íntegra da Lei 14.754/2023 que foi usada como base nesse artigo, você pode acessar clicando aqui.