Conselho autoriza e Nubank está mais perto de lançar sua criptomoeda desenvolvida na Polygon, a Nucoin.

A Nucoin, criptomoeda do Nubank, está mais próximo de seu lançamento já que o Conselho Administrativo responsável por aprovara as decisões gerenciais do banco aprovou a emissão do criptoativo do Banco. 

A criptomoeda do Nubank vem sendo desenvolvida desde o ano passado e, embora o banco não tenha divulgado muitas informações sobre o projeto, tudo indica que ela será um token nativo da plataforma vinculada a um programa de fidelidade, assim como a MLCoin do Mercado Livre.

Outro detalhe já revelado é que a criptomoeda está sendo desenvolvida usando a blockchain da Polygon (MATIC) e que todo processo de programação do contrato inteligente, bem como gestão dele, é realizado por uma empresa externa no modelo crypto-as-a-service, o mesmo usado pela Ripio com o Mercado Livre.

A fonte revelou ainda que a criptomoeda do Nubank vem sendo desenvolvida usando a Polygon Supernets que é uma solução de nível empresarial que ajuda as companhias em sua jornada no ecossistema cripto. Antes do Nubank, a empresa de jogos GameSwift empregou o produto para lançar seu blockchain personalizada.

Segundo informou uma fonte ao Cointelegraph, os testes já começaram e tem sido muito positivos. O Nubank pretende lançar a Nucoin já no primeiro trimestre de 2023.

O token nativo do Nubank poderá ser utilizado pelos clientes para abater taxas de transação ou para acesso a produtos e serviços com custo zero. Além disso, o Nucoin poderá ser trocado pelos benefícios oferecidos por seu programa de recompensas, o NuRewards, que deverá ser remodelado a partir de estratégias de engajamento típicas da Web3.

Nubank e criptoativos

Recentemente o cofundador do Nubank, David Vélez revelou que a empresa possui várias equipes de trabalho vinculadas a outros projetos de criptomoedas e blockchain e que o Nubank quer investir e focar nestas tecnologias disruptivas nos próximos anos, mas não quis dar detalhes sobre estes projetos. 

O empresário exaltou o potenciais das criptomoedas e da tecnologia blockchain, as quais ele classificou como fenômeno mais disruptivo do setor financeiro global ao longo dos próximos dez anos. O que, segundo ele, motivou a fintech a reservar 1% de seu balanço financeiro em Bitcoin. 

Ele argumentou haver muita ineficiência no setor financeiro e os juros praticados pelo mercado para transferências de dinheiro de um país para outro são caros, o que pode ser superado pelas criptomoedas e pela blockchain, tecnologias que têm potencial de reduzir custos de serviços financeiros globalmente. 

O banqueiro, no entanto, alertou que há “muito ruído” no mercado de criptomoedas, “muito barulho e muito token que não faz sentido. Muita coisa que não faz sentido nenhum”, razões que levaram o banco a restringir os criptoativos ofertados aos clientes.

Em relação ao investimento de 1% do caixa da empresa em criptomoedas,  David Vélez justificou que é uma demonstração de alinhamento do banco para com seus clientes, uma vez que as criptomoedas entraram no pacote de ofertas da fintech, embora o fato de a tecnologia ser muito nova represente um fator de impedimento para percentuais maiores a curto prazo.

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Sara Oliveira

Redatora e Social Media CriptoBr