Donald Trump, presidente dos EUA, ameaçou os países do BRICS nesta quinta-feira (30) ao afirmar que criará uma “tarifa de 100%” caso o grupo crie sua própria moeda e abandone o uso do dólar americano no comércio internacional.
Embora não existam muitas informações sobre a criação dessa moeda comum, rumores apontam que ela poderia ser lastreada em ouro ou então formada por uma cesta das moedas do grupo (real, rublo, rupia, yuan e rand sul-afriano). O maior interessado seria a Rússia, que desde o início da guerra contra a Ucrânia sofre sanções pelos EUA e seus aliados.
No passado, até mesmo uma cédula simbólica da moeda do BRICS apareceu na mídia. Em uma das ocasiões, o presidente russo Vladimir Putin foi fotografado com tal nota, aumentando os rumores.
Donald Trump promete defender o dólar de nova moeda do BRICS
Donald Trump se intitulou como “o presidente das criptomoedas” em sua campanha e desde sua posse tem cumprido as promessas feitas ao setor. No entanto, o dólar é infinitamente maior e mais importante para os EUA.
Por conta disso, o presidente americano ameaçou os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) nesta semana.
“A ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar, enquanto ficamos de braços cruzados, acabou”, escreveu Trump na Truth Social. “Vamos exigir um compromisso desses países aparentemente hostis de que não criarão uma nova moeda do BRICS, nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar dos EUA, ou enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus a vender para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem procurar outra nação trouxa.”
“Não há chance do BRICS substituir o dólar dos EUA no comércio internacional, ou em qualquer outro lugar, e qualquer país que tentar isso deve se preparar para as tarifas e dizer adeus à América!”
Donald Trump, presidente dos EUA, promete tarifa de “100%” para membros do BRICS caso eles criem sua própria moeda e deixem de usar o dólar. Fonte: Truth Social.
Em março de 2024, a Rússia anunciou a criação de um sistema de pagamentos em blockchain para o BRICS. No entanto, quase um ano depois, não há dados de uso sobre a plataforma.
Também no ano passado, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que os EUA usam o dólar como uma arma, mas que sancionar a Rússia foi um erro estratégico já que a moeda é o pilar dos EUA.
Antes de ser eleito, Trump afirmou que a guerra russo-ucraniana nunca teria começado caso ele estivesse na presidência dos EUA. Após sua posse, Trump chamou a guerra de “ridícula” e ameaçou novas sanções e tarifas à Rússia caso ela não acabe.
Enquanto Trump promove o Bitcoin e outras criptomoedas, até mesmo lançando suas próprias memecoins, a Rússia legalizou o uso de criptomoedas no país para driblar sanções ainda em 2024, além de avanços no setor de mineração.
Portanto, é possível que essas duas super-potências entrem em uma corrida pelo ouro digital chamado Bitcoin. Algo que seria muito mais saudável que os atuais conflitos armados.
A Fidelity, gestora que administra US$ 4,9 trilhões em ativos, acredita que mais países adotarão o Bitcoin em 2025. Em relatório publicado nesta terça-feira (7), a empresa dá destaque para o ritmo da aceleração do Bitcoin e faz previsões para o ano.
Um dos pontos mencionados é o projeto de lei apresentado pela senadora americana Cynthia Lummis. Caso aprovado pelo governo Trump, a Fidelity acredita que isso colocará a “teoria dos jogos políticos e financeiros em ação”, fazendo com que outros países também comprem BTC.
“No entanto, se essa estratégia for adotada, é provável que os Estados-nação comecem a acumular Bitcoin em segredo”, comenta a gestora.
Nomes como Philip Karageorgevitch, príncipe da Sérvia, acreditam que isso já esteja acontecendo. O Butão, por exemplo, passou anos minerando Bitcoin secretamente, o que reforça essa teoria.
Fidelity acredita que 2025 será marcado por uma corrida de países pelo Bitcoin
Muitos bancos centrais possuem toneladas de ouro em suas reservas. Conforme o Bitcoin é visto como um ouro digital por conta de sua escassez e tendência à valorização frente a moedas estatais, faz todo sentido que esses mesmos países também estoquem a criptomoeda conforme o mercado amadurece.
Para a gestora Fidelity, que administra o FBTC, segundo maior ETF de Bitcoin do mundo, essa corrida pode acelerar em 2025 com a chegada de mais pioneiros seguindo os passos de pequenos países como El Salvador e Butão.
“Pode-se perguntar quem será o próximo investidor significativo a adicionar bitcoin às suas carteiras. É aí que entram os Estados-nação e os governos.”
Citando países como EUA, China, Reino Unido, Ucrânia, Butão e El Salvador, a Fidelity aponta que alguns deles possuem bitcoins só porque os confiscaram de criminosos. De qualquer forma, a gestora aponta que isso está prestes a mudar.
Reservas de Bitcoin por países. Fonte: Fidelity.
“Esperamos que 2025 seja o ano em que isso mudará, tanto em termos de aceitação quanto de adoção”, escreveu a Fidelity. “Em outras palavras, antecipamos que mais Estados-nação, bancos centrais, fundos soberanos e tesouros governamentais buscarão estabelecer posições estratégicas em bitcoin.”
O governo Trump poderá ser decisivo nisso. Afinal, conforme os EUA são a maior economia do mundo, sua adoção poderá influenciar outros países, aliados ou não.
Além do Bitcoin
Outro ponto analisado pela gestora é o crescimento da indústria de criptomoedas através de produtos tokenizados. Citando o sucesso das stablecoins, a Fidelity questiona os leitores sobre outros casos de uso dessa mesma tecnologia.
“O mercado começou a introduzir conceitos inovadores em torno da tokenização, mais notavelmente tesouros tokenizados, fundos do mercado monetário, títulos globais, crédito privado, commodities, fundos institucionais e ações”, escreveu a Fidelity.
“O valor nominal total de ativos do mundo real em blockchain atualmente é de US$ 14 bilhões, um aumento em relação aos US$ 8 bilhões de 2023.”
A expectativa da gestora é que esse número dobre em 2025, principalmente pela entrada de players tradicionais, como grandes bancos.
A pesquisadora associada da equipe de pesquisa da Galaxy Research, Jianing Wu, fez uma previsão otimista de que cinco países devem adotar o bitcoin em 2025.
Além disso, ela acredita que outras cinco empresas listadas entre o Nasdaq 100 podem adotar o bitcoin para suas reservas, acreditando em uma ampliação da grande adoção institucional já iniciada em 2024.
“Cinco empresas do Nasdaq 100 e cinco estados-nação anunciarão que adicionaram Bitcoin aos seus balanços ou fundos soberanos. Seja por razões estratégicas, de diversificação de portfólio ou de liquidação comercial, o Bitcoin começará a encontrar um lar nos balanços dos principais alocadores corporativos e soberanos. A competição entre estados-nação, particularmente nações não alinhadas, aquelas com grandes fundos soberanos ou mesmo aquelas adversárias aos Estados Unidos, impulsionará a adoção de estratégias para minerar ou adquirir Bitcoin“, disse a pesquisadora Jianing Wu.
Entre as muitas previsões para o bitcoin para o ano de 2025, esta é uma das mais otimistas no sentido de adoção por países.
Pesquisadores da Galaxy apontam principais previsões para bitcoin e altcoins em 2025
A Galaxy liberou um compilado de 23 previsões para o bitcoin e altcoins para 2025, realizadas por seus pesquisadores associados. No material disponibilizado desde a terça-feira (31/12), eles destacaram como principais pontos de 2024 a eleição de Donald Trump e a liberação de ETFs nos Estados Unidos.
E outra previsão otimista para o mercado foi feita pelo analista Alex Thorn, que acredita que a partir de 2025 as empresas começarão a aconselhar a compra de bitcoin. “Pelo menos uma das principais plataformas de gestão de patrimônio anunciará uma alocação recomendada de Bitcoin de 2% ou mais. Por uma variedade de razões, incluindo períodos de maturação, educação interna, requisitos de conformidade e muito mais, nenhuma grande gestora de patrimônio ou empresa de gestão de ativos adicionou oficialmente uma recomendação de alocação de Bitcoin aos portfólios de modelos de investimento aconselhados. Isso mudará em 2025, e isso aumentará ainda mais os fluxos e AUM de ETPs de Bitcoin baseados em spot dos EUA.”
Já Gabe Parker, acredita que o ano apresentará uma das maiores atualizações no código do bitcoin dos últimos anos. O pesquisador analisou o apoio dos desenvolvedores em dezembro de 2024 quanto a atualizações OP_CTV (BIP 119) e OP_CAT (BIP 347), que podem surgir em 2025.
Tether perderá controle do mercado de stablecoins, diz especialista
Uma das previsões que pode impactar o mercado envolve a emissora da maior stablecoin do mercado, a Tether, responsável pela USDT.
De acordo com Charles Yu, o longo domínio da empresa cairá em 2025, com novas opções chegando ao mercado, inclusive por grandes empresas.
“O domínio de mercado de longa data da Tether cairá abaixo de 50%, desafiado por alternativas de rendimento como BUIDL da Blackrock, USDe da Ethena e até mesmo Recompensas USDC pagas pela Coinbase/Circle. À medida que a Tether internaliza a receita de rendimento das reservas USDT para financiar investimentos de portfólio, os gastos de marketing por emissores/protocolos de stablecoin para receita de repasse converterão os usuários existentes para longe da Tether e integrarão novos usuários às suas soluções de rendimento. As recompensas USDC pagas nos saldos da Coinbase Exchange e Wallet dos usuários serão um gancho poderoso que impulsionará todo o setor DeFi e podem ser integradas por fintechs para permitir novos modelos de negócios. Em resposta, a Tether começará a repassar a receita de participações colaterais para detentores de USDT e pode até oferecer um novo produto de rendimento competitivo como uma stablecoin delta-neutra.”
Ainda no início, 2025 segue como um dos anos que podem entrar para a história do bitcoin, moeda que já mostrou sua força nos últimos períodos, com grandes valorizações.
O presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, desafiou os países membros do BRICS a criarem uma nova moeda concorrente ao Dólar.
Em uma publicação em sua conta na rede social X, Trump alegou que a soberania da moeda norte-americana não está em risco e ele trabalhará para manter tudo sob controle.
Para evitar uma possível fuga de capitais do Dólar para outras divisas, o presidente que assume a Casa Branca em janeiro de 2024 endureceu o tom, afirmando que pode impor tributos de 100% para países que adotarem outras moedas no comércio internacional.
O BRICS é o bloco composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que desde 2023 começou a receber novos membros e agora tem se apresentado como BRICS+.
“Não vamos ficar parados assistindo, procurem outro otário”, diz Donald Trump aos países membros do BRICS sobre projeto de nova moeda do bloco
No último sábado (30/11), Donald Trump declarou ainda que espera um compromisso público dos países membros do BRICS de que eles não pretendem criar uma nova moeda para substituir o Dólar.
Caso os países prossigam com os planos e não atendam ao pedido de Trump, ele prometeu impor uma tributação de 100% no comércio com os países, além de fechar as portas dos EUA para todos.
Em tom acima do normal, o presidente eleito dos EUA ainda alertou que não é um otário, e que nenhum país tem a capacidade de substituir o Dólar no mundo.
“A ideia de que os países BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto ficamos parados e assistimos ACABOU. Exigimos um compromisso desses países de que eles não criarão uma nova moeda BRICS, nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano ou enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem ir encontrar outro “otário!” Não há chance de que os BRICS substituam o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve acenar adeus à América.”
The idea that the BRICS Countries are trying to move away from the Dollar while we stand by and watch is OVER. We require a commitment from these Countries that they will neither create a new BRICS Currency, nor back any other Currency to replace the mighty U.S. Dollar or, they…
De acordo com a Reuters, nesta segunda-feira (2), um porta-voz do Kremlin confirmou que a ameaça de Trump contra o BRICS é um tiro que pode sair pela culatra. Segundo Dmitry Peskov, impor o uso do Dólar não ajuda, em um contexto global em que vários países já procuram alternativas no sistema financeiro global.
Envolvido em uma disputa econômica entre as maiores potências econômicas e militares está o Brasil, que como único membro do BRICS no continente americano é um dos que pode sofrer mais caso a situação continue a escalar.
Enquanto o Brasil acompanha com atenção as ameaças de Trump e o revide do governo russo, o BRICS segue com planos de criar uma moeda do bloco. Como noticiado pelo Livecoins, um evento recente na Rússia marcou os primeiros testes públicos com a nova tecnologia, que pode ter uso até da blockchain.
Em uma megaoperação conjunta deflagrada nesta terça-feira (26), a PF e a Receita Federal deflagraram a Operação Dólar Tai-pan, mirando um grupo investigado pelo envio de criptomoedas para outros países, como China, EUA, Canadá, Colômbia e Paraguai.
De acordo com apuração do Livecoins, a justiça autorizou o cumprimento de 16 mandados de prisão preventiva contra suspeitos. Além disso, outros 41 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Os agentes se espalharam em seis estados e no Distrito Federal, cumprindo os mandados em São Paulo, Guarulhos, Campinas, Brasília, Vila Velha, Feira de Santana, Fortaleza, Foz do Iguaçu e Florianópolis.
Participaram da megaoperação 200 agentes da polícia federal, além de 80 auditores-fiscais e analistas-tributários da RFB.
O objetivo principal da operação é o combate à sonegação de tributos internos, interposição fraudulenta de pessoas, lavagem de dinheiro e repressão de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional consistentes em operações de câmbio ilegais e evasão de divisas.
Operação Dólar Tai-pan: crimes com envio de criptomoedas para outros países sem pagamento de impostos sob apuração de megaoperação conjunta da Receita e Polícia Federal
As investigações apontam para um prejuízo estimado aos cofres públicos de cerca de R$ 2 bilhões e para uma evasão de divisas superior a R$ 5 bilhões. Durante o processo investigativo, foram identificadas milhares de operações financeiras realizadas por pessoas físicas e jurídicas, todas direcionadas ao envio não autorizado de capitais para o exterior.
A investigação teve início em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal, movimentando bilhões dentro do país e nos Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Peru, Holanda, Inglaterra, Itália, Turquia, Dubai e especialmente Hong Kong e China, para onde se destinava a maior parte dos recursos de origem ilícita.
Essas operações incluem a movimentação de moeda internacional por meio do processo denominado “dólar-cabo”, além de câmbio realizado dentro do território nacional, uso de empresas de fachada, transações de importações fictícias e o direcionamento de recursos para empresas que negociam criptomoedas. As autoridades não revelaram os nomes de nenhuma empresa de criptomoedas envolvida nas investigações em curso.
As apurações revelaram que os valores enviados para fora do país têm origem em práticas criminosas como pirâmides financeiras, descaminho, contrabando, tráfico de drogas e ocultação de recursos relacionados ao caixa 2 de empresas que contratam serviços ilegais para transferências de recursos para o exterior.
Doleiros na mira das autoridades
Os doleiros investigados atuam em três frentes de serviços ilícitos: a venda de moeda estrangeira em espécie, sem a autorização do Banco Central; a disponibilização de recursos no exterior, também em moeda estrangeira; e a troca de valores em moeda nacional.
Uma das principais fontes de recursos ilegais utilizadas pelos doleiros é o comércio de produtos contrabandeados ou de origem ilícita, principalmente em São Paulo, onde grandes transações em espécie ocorrem.
Criminosos constituem empresas de fachada, conhecidas como “laranjas”, e utilizam seus dados para abrir contas bancárias, facilitando a movimentação de recursos ilícitos. As empresas acabam funcionando como instituições financeiras, atendendo também a empresas de atividades legais e misturando valores ilícitos em suas transações, disponibilizando dinheiro em espécie ou criptoativos para seus clientes no exterior. Com informações da Receita Federal.
Fases da Lavagem de Dinheiro na Operação Dólar Tai-pan. Reprodução.
O Bitcoin ultrapassou os US$ 80.000 neste domingo (10), registrando mais um recorde de preço. A criptomoeda opera em alta de 89% em 2024 e recompensa quem acreditou no projeto.
Um dos destaques é El Salvador, primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda e comprá-la como um ativo de reserva.
Segundo análise da Spot On Chain, o governo salvadorenho acumulou 722 bitcoins a um preço médio de US$ 42.000 nos últimos 722 dias, tendo ganhos de 81% sobre essas moedas.
“A ousada aposta de El Salvador no Bitcoin está dando resultado!”
“Em 18 de novembro de 2022, quando o BTC atingiu US$ 16,7 mil, o presidente Nayib Bukele se comprometeu a comprar 1 BTC por dia”, notou a Spot On Chain. “Agora, eles acumularam 722 BTC a um preço médio abaixo de 42 mil, com ganhos de US$ 24,54 milhões (+81%).”
El Salvador exibe lucros com suas compras de Bitcoin. Fonte: Look On Chain/X.
No total, o país detém 5.930 bitcoins. Nas redes sociais, Bukele não falou diretamente sobre o Bitcoin, mas mostrou avanços na economia de seu país, hoje com a menor inflação sobre alimentos do mundo.
“Disseram ser impossível, que não conseguiríamos baixar os preços dos alimentos; que, diante dos altos preços internacionais, as medidas do governo só provocariam preços mais altos e escassez. Não os ouvimos e, 4 meses depois, conseguimos: DEFLAÇÃO! E ainda há mais por vir.”
El Salvador aparece com menor inflação do mundo sobre alimentos. Fonte: Nayib Bukele/X.
Ainda sobre países, o Butão aparece com um saldo de 12.541 bitcoins, alcançando a marca de US$ 1 bilhão em reservas.
Empresas que compraram Bitcoin também exibem lucros com criptomoeda batendo recorde de preço
Do lado empresarial, o destaque fica para a MicroStrategy, maior posição em Bitcoin do mundo. Desde que adotou a ‘estratégia Bitcoin’ em agosto de 2020, a empresa já dobrou seu investimento conforme o BTC registra um novo recorde de preço.
Dados do BitcoinTreasuries mostram que a empresa de Michael Saylor está lucrando mais de US$ 10,2 bilhões com seus 252.220 bitcoins. Nas redes sociais, o bilionário compartilhou uma imagem semelhante a de El Salvador.
“Acho que o site saylortracker.com precisa de mais pontos verdes.”
Lucros da MicroStrategy em Bitcoin. Cada ponto verde representa uma compra. Fonte: SaylorTracker.
Além disso, as ações da MicroStrategy subiram 294% em 2024 e 1.907% desde que começaram as compras de Bitcoin.
Outras empresas que ostentam lucros são a Tesla (2,3x), Coinbase (6,4x), Mercado Livre (5,5x) e até mesmo algumas que adotaram essa estratégia mais recentemente, como Semler Scientific (1,2x) e a japonesa Metaplanet (1,27x).
Empresas públicas com Bitcoin em caixa ostentam lucros. Fonte: BitcoinTreasuries.
Por fim, é difícil saber até onde vai essa alta do Bitcoin, mas os mais otimistas acreditam que é possível chegar os 100 mil dólares ainda neste ano.
Reunindo publicações de vários oficiais do Exército Brasileiro, o EBlog recebeu nos últimos dias uma publicação sobre os potenciais que a tecnologia das criptomoedas, a blockchain, tem de ajudar na defesa dos países.
O artigo escrito pelo 1º Sargento Julio Cezar Rodrigues Eloi destacou assim a criação do bitcoin, moeda digital criada por Satoshi Nakamoto. De acordo com ele, a blockchain se tornou mundialmente conhecida após a chegada do bitcoin, mas que com o tempo ganhou outras aplicações.
“Neste sentido, cabe destacar que o blockchain é um livro-razão descentralizado e distribuído, imutável e que fornece transparência em suas transações“, diz trecho do artigo publicado.
Sargento do Exército Brasileiro publica que tecnologia das criptomoedas pode ajudar na defesa cibernética
De acordo com a análise do artigo, a ciência militar tem enfrentado muitos desafios nos últimos anos. Isso porque, a internet se tornou mais um ponto de ataque por meio cibernético, que pode afetar tanto instalações civis quanto militares.
Mas com a tecnologia blockchain, utilizada pelo bitcoin e outras criptomoedas, os sistemas cibernéticos deixam de ter apenas um ponto de falha. Como a blockchain é uma tecnologia de registros distribuídos, o artigo do sargento do Exército brasileiro indica que ela pode compor a defesa do país.
De acordo com análise do sargento, pelo menos seis pontos em uma eventual guerra poderiam contar com vantagens da blockchain, que são: “(1) detecção de intrusão; (2) monitoramento de infraestrutura; (3) gestão de batalhas; (4) gerenciamento de drones; (5) gestão das cadeias de suprimentos; e (6) comunicações criptografadas“.
O artigo ainda destacou a aplicação da blockchain no exército de três países. Nos Estados Unidos, por exemplo, ele diz que a tecnologia das criptomoedas é um escudo de segurança cibernética.
Já na Rússia, outra potência militar mundial, o uso da blockchain está em constante pesquisa em um laboratório que tenta mitigar ataques cibernéticos. Por fim, na China o uso envolve a administração de equipamentos, aprendizagem de pessoal, entre outras funções.
“Blockchain deve ser adotado pelas Forças Armadas de todo o mundo”, conclui sargento
Apesar do artigo focar no uso da tecnologia das criptomoedas como mecanismo de defesa para guerras, o sargento do Exército Brasileiro foi além em sua análise. De acordo com ele, a blockchain pode ajudar os países a protegerem suas fronteiras, atuar com segurança em missões de resgate, entre outros pontos que podem contar com benefícios inerentes da inovação.
Na conclusão, o militar brasileiro ainda apontou que os benefícios da tecnologia estão em destaque, e devem contar com apoio das Forças Armadas de todo o mundo. “Em apertada síntese, as características do blockchain como a auditabilidade, confiança, descentralização, eficiência, imutabilidade, objetividade, rastreabilidade, redução de custos e transparência, tornam o livro-razão distribuído uma oportunidade interessante de ser empregado nas Forças Armadas de todo o planeta“, finalizou o artigo.
Como noticiado pelo Livecoins, o Exército Brasileiro já conduz estudos sobre o tema da blockchain. Em 2023, por exemplo, estagiários do Exército conheceram um sistema blockchain brasileiro em seus estudos junto à Escola Superior de Guerra (ESG).
Como uma típica pessoa da República da Irlanda, Rachel Conlan, Chief Marketing Officer (CMO) da Binance, é falante, sorridente e animada. Mesmo há cerca de 20 anos trabalhando fora de seu país em posições globais em empresas em Nova York e, agora, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi assim que conversou com exclusividade com o Blocknews na semana passada, durante sua mais recente visita ao Brasil. Na conversa, contou que o país será usado como exemplo para ações em outros mercados e que se surpreendeu ao ver que o Brasil é o terceiro no ranking mundial da exchange em copy trading. “É fascinante”, afirmou a executiva que já esteve várias vezes no país pelas outras marcas com as quais trabalhou.
A executiva contou também que o objetivo da exchange é ser percebida como marcas globais como Nike e Amazon e que nunca viu fãs de um setor como o de criptomoedas. Além disso, explicou como educação, segurança e ações envolvendo esportes e cultura fazem parte da estratégia da Binance para continuar na liderança. “Somos obcecados pelos usuários”, afirmou.
Rachel disse ainda que o atual CEO da Binance, Richard Teng, deverá visitar países da América Latina até o final do ano. Ele assumiu em novembro de 2023, depois que Changpeng Zhao (CZ), cofundador e ex-CEO, deixou o cargo num acordo com a justiça dos EUA que inclui sua prisão por quatro meses, iniciada em junho passado. “Erramos, mas estamos amadurecendo e seguindo em frente”, disse ela sobre questões regulatórias e legais que a Binance tem enfrentado em sua história de sete anos.
Mas, a CMO da Binance, que assumiu o posto em setembro de 2023 – chegou na empresa em junho do mesmo ano como vice-presidente de Marketing – falou muito mais, como mostra a entrevista a seguir:
BN:Qual é o seu background profissional e como você chegou à Binance?
RC: Tenho 20 anos de experiência em mídia, marketing e entretenimento. Trabalhei doze anos na Havas com marcas globais como Coca-Cola, LVMH, HSBC e British Airways. Fui parte de equipes de liderança global e assim, que tive a oportunidade de visitar o Brasil seis ou sete vezes. Quando fui responsável por integrar a Universal Music Group (UMG) como um canal em nossas campanhas de branding, isso me abriu os olhos para o mundo do marketing cultural e como estávamos realmente passando de uma abordagem de espectador para algo muito mais experiencial. Também passei pela Creative Artist Agency (CAA), agência número um de esportes e entretenimento mundialmente, onde trabalhei com o jogador de futebol Cristiano Ronaldo e com a Fórmula 1, nesse caso sobre como poderiam se tornar um esporte cotidiano. Como tinha um diploma em economia, minha equipe disse: “Você entende de cripto, de blockchain, pode falar com esses clientes?” Naquela época, todos os principais CEOs e CMOs do espaço Web3 vinham até nós perguntando “como podemos tornar nossa marca uma marca cotidiana?” Entrei na OKX e em junho de 2023, na Binance, Negociei muitas das grandes parcerias de futebol, Fórmula 1 e com grandes talentos como Cristiano no setor. Acho que precisamos de mais pessoas de diferentes setores e de diferentes backgrounds, como eu, para ajudar a traduzir essa tecnologia e seu potencial para o usuário comum.
BN:Quais são as características dos mercados latino-americano e brasileiro que ainda não são bem conhecidas?
RC: Há algo mudando. Lançamos uma pesquisa sobre a América Latina em julho feita com apenas 10 mil pessoas, mas aprendemos sobre os produtos específicos que interessam aos mercados locais. Para mim, foi realmente fascinante a questão do copy trading. O Brasil é o número dois na região e o número três globalmente. E a maioria dos usuários brasileiros investe em produtos que geram ganhos (earn products), o que fala do potencial de crescimento futuro e da sofisticação do usuário. Se você comparar isso com a África ou mesmo o sul da Ásia, por exemplo, acumular e manter ativos lá é popular. Enquanto isso, aqui há uma comunidade que quer aprender mais, quer ir mais fundo no ecossistema e expandir o uso de produtos.
BN: O Brasil pode inspirar o marketing da Binance em outros países ou regiões?
RC: Estou animada com a forma como, por meio da educação e de diferentes campanhas, podemos aprender com essa base brasileira de usuários que cresce a uma taxa mais rápida do que a global e levar isso para outros mercados. Como profissional de marketing, poderemos usar especificamente o Brasil e a região como o que eu descreveria como um caso de amostra muito grande para aplicação desses insights. Ainda temos uma fatia muito baixa globalmente. A Binance atingiu 215 milhões de usuários, estamos em 100 mercados, mas são nos nossos dez principais que realmente vamos a fundo para entender por que há uma penetração mais alta. Com a Melanie (Steiner), nossa chefe de marketing na América Latina, estou sempre interessada em saber quais iniciativas podemos testar, até onde podemos levá-las para entender o que podemos fazer. E acho que isso fala do enorme potencial aqui das taxas de adoção de cripto e de como isso está definindo benchmarks globalmente.
BN:O que você acha que mantém o Brasil entre os maiores mercados de criptomoedas, dado que a inflação não é um problema tão importante como em países como Argentina e Venezuela, por exemplo?
RC: Honestamente, acho que é, primeiro, a grande população de jovens, com 50% com menos de 35 anos. Isso é um enorme potencial a ser desbloqueado. E acho que o brasileiro é tecnicamente curioso. Por exemplo, fiquei impressionada quando estava lendo sobre o Pix e o fato de o sistema ter mais de 165 milhões de pessoas que usam como parte de sua vida diária. Acho que esses são indicadores realmente grandes que falam sobre o fato de que essa população e esse mercado são tecnicamente curiosos, querem adotar novas tecnologias, veem o potencial da blockchain para sua vida cotidiana, além de apenas negociar criptos. Acho que é realmente por isso que vimos uma base crescendo tão rápido aqui. Globalmente, estamos com 5% de penetração, mas aqui é de 8%. Estamos em uma fase de adoção tão inicial de cripto que esses são números críticos e grandes margens para olharmos.
BN: O que mais pode tornar o Brasil um exemplo global?
RC: Bem, acho que só o fato de você ter mais smartphones no país do que habitantes é um ponto importante. E uma das principais razões pelas quais as pessoas entram no mundo das criptomoedas é a liberdade financeira. Acredito que há esse grande desejo aqui. Não estou me referindo aos não bancarizados. Há boa educação financeira e as pessoas querem entender como podem controlar suas finanças. Vemos isso pela adoção da Binance Academy aqui, com as pessoas educando-se, fazendo suas próprias pesquisas. Vemos isso através de como estão abraçando nossos produtos e a variedade de produtos, que é muito mais avançada do que em outros países. Estamos neste momento muito crítico do mercado, onde acho que a criptomoeda e esse ecossistema se tornarão muito companheiros junto com as finanças tradicionais, mesmo que não seja necessário estar puramente em criptomoedas.
BN: O que você quer dizer com liberdade financeira? Você está se referindo aos maximalistas de cripto?
RC: É um termo amplo que pode ser usado para descrever muitas coisas. Mas não me refiro aos maximalistas, os contrários aos bancos. Não é. É sobre aspiração, sobre como usar criptomoedas como um complemento da sua carreira, de seus outros instrumentos financeiros e das ferramentas que você está usando para ter uma situação financeira mais saudável. Acho que é por isso que vemos um uso varejista tão pesado no mercado. Acho também que isso foi suplementado pelos avanços que a indústria tradicional de finanças também fez aqui. Não são apenas os ETFs de bitcoin e ethereum. Vocês acabaram de anunciar ETFs de solana. Isso é um benchmark global.
BN:Como o marketing mudou na Binance com as alteranções no mercado, como os ETFs nos EUA e a regulamentação?
RC: Desde que os ETFs foram anunciados nos primeiros três meses do ano, bitcoin se tornou o termo financeiro mais procurado no Google globalmente. Tínhamos contas inativas há três anos que de repente voltaram. Portanto, os ETFs e a entrada do setor financeiro tradicional nisso colocaram um grande foco no setor. Agora, somos um item da agenda na eleição presidencial dos EUA. Isso chama mais pessoas, que é onde vemos nosso papel de uma perspectiva de marketing e não apenas como papel de vendas. Estamos no negócio de educar, porque isso é crítico para que usuários entendam como entrar neste espaço da maneira certa para eles. Se você olhar para o jornal Financial Times no momento, criptomoeda tem cobertura quase diariamente na primeira página ou pelo menos nas cinco primeiras páginas. Temos que capitalizar isso.
Por isso, precisamos garantir que estamos projetando nossos produtos e serviços dependendo dos tipos de usuários registrados que interagem conosco. Em junho, atingimos 200 milhões. Em dois meses, adicionamos outros 13 milhões. Só para dar um contexto, levou cinco anos globalmente para chegarmos a 100 milhões e dois anos para adicionar outros 100 milhões. O impulso está aumentando para o setor todo atingir um bilhão de usuários.
A entrevista continua a seguir.
Richard Teng, CEO da Binance.
BN:Como você vai trazer novos usuários e manter os que estão no mercado?
RC: Esse é o enigma sobre o qual nos debruçamos diariamente. Na Binance, estou em cima dos ombros de gigantes. Nosso co-fundador administrava marketing e eu assumi isso dele. A empresa construiu o playbook para marketing e fez isso em torno do “usuário em primeiro lugar”. Isso significa focar no que nossos usuários querem e como criamos um playbook que os atenda. Durante os primeiros anos, a atuação era sobre a comunidade e com marketing digital agressivo, bem como eventos offline. Quando a equipe de liderança percebeu que estava chegando ao ponto em que precisava se armar com mais recursos educacionais, introduziram a Binance Academy, que é uma parte fundamental de nosso marketing. Mais de 43 milhões de pessoas o usaram até hoje.
BN: Qual será o foco do marketing nos próximos anos?
RC: Um grande foco para nós nos próximos doze meses é em torno do reconhecimento da marca e da conscientização da categoria. Embora eu ache que a Binance agora é sinônimo de cripto para os usuários principais e esses primeiros adotantes, ainda temos um longo caminho a percorrer em termos de garantir que sejamos percebidos como uma das principais marcas globais, como Google e Nike. Então, uma grande parte do que faremos nos próximos doze meses é muita conscientização da marca. Educação faz parte disso e também as parcerias, que são sempre de três a cinco anos. Essas têm sido uma grande parte de nossa história nos últimos dois anos. Vamos aumentar o número delas. A parceria com Cristiano Ronaldo, por exemplo, é muito bem-sucedida.
Aqui, somos parceiros do Campeonato Brasileiro de Futebol, o Brasileirão, sabendo da importância do futebol localmente. E continuaremos a procurar outras iniciativas. Temos um programa NFT muito forte com o qual criamos experiências para os fãs e acho que uma parte crítica disso é se conectar com as pessoas não apenas funcionalmente, mas como contando histórias sobre o que é a indústria. Derivar valor disso e garantir que está adicionando essa conexão emocional. Essa é uma parte tão importante do marketing em que sinto que a indústria cripto faz um bom trabalho, mas não um ótimo trabalho. Então, realmente focar nesses canais de crescimento de aquisição maiores para nós será crítico. Há um enorme potencial com o espaço de entretenimento esportivo porque conecta com a vida cotidiana dos usuários.
BN: Quais os desafios para continuar como a maior exchange do mercado?
RC: O principal desafio e oportunidade é permanecermos fiéis ao que construímos até agora, que é a obsessão pelo usuário. Fazemos mais de 1,6 mil eventos por ano, passamos tempo com nossos usuários para saber o que precisam, como precisamos evoluir, como otimizamos a plataforma. Acho que uma das maiores oportunidades para nós, e acho que uma oportunidade para a indústria cripto em geral, é a otimização da experiência do usuário (UX) e interface do usuário (UI). Quanto mais fácil e sem atrito for a plataforma, mais usuários virão. Hoje de manhã enviei três solicitações de pequenas anomalias ou coisas que minha equipe de marketing em diferentes mercados viu que precisavam ser resolvidas e as equipes foram são acionadas imediatamente.
O segundo desafio e oportunidade é educação. Ser a plataforma onde o usuário para se educar sobre todos os pontos da jornada com a Binance. E o terceiro é a segurança do usuário. Uma das razões pelas quais me juntei à Binance foi por seu compliance e capacidade de aplicação da lei que definem o benchmark para a indústria. E eu digo isso com ego porque é uma parte muito importante e nós também somos vítimas de golpes. Então, precisamos garantir que temos as melhores equipes possíveis em todos os nossos mercados para evitar isso.
BN: Falando em compliance, CZ está agora preso nos EUA. Como isso afetou a empresa?
RC: Estamos em uma posição forte. Richard (Teng, CEO), que fará uma visita à América Latina antes do final do ano, tem um background como regulador. Não posso entrar nos detalhes, mas não tivemos nenhuma perda de usuários. Desde aquele ponto do anúncio da resolução, tínhamos 30 milhões de usuários chegaram em 90 dias. Meus amigos da indústria financeira tradicional ficaram impressionados com isso. Mas acho que foi um testemunho sobre nossa infraestrutura regulatória e sobre como estávamos avançando. Nosso quociente de confiança está aumentando devido por estarmos saindo de um período de um ano em que tivemos muito escrutínio regulatório, não apenas nos EUA, mas em diferentes mercados locais. E porque estamos lentamente, mas seguramente, resolvendo todos eles, há um entendimento de nossos usuários de que somos os mais regulamentados e os que atuam com mais conformidade.
BN:Lendo o relatório técnico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil sobre um recente acordo com a Binance para pagamento de uma multa de R$ 9,6 milhões, os argumentos da exchange quando tudo isso começou eram bastante agressivos contra o regulador, mas no final, mudou completamente a postura. Isso está dentro da mudança global de postura?
RC: Olha, erros foram cometidos no passado, mas estamos amadurecendo e avançando. Aceitamos os tapas na mão que recebemos e estamos avançando a partir disso. A Binance tomou uma posição muito forte em relação à regulamentação. Na verdade, acabamos de anunciar que temos nossa licença agora na Índia (em 15 de agosto). É nossa 19ª, o que nos torna a exchange mais regulamentada do mundo. Estamos muito otimistas com o fato de que o futuro envolve regulamentação e acreditamos que é para garantir um ambiente seguro para os usuários. Acho que isso convidará mais usuários brasileiros a entrar no mercado, porque 8% de penetração cripto é alta em relação ao benchmark global, mas há ainda há 92% para serem trabalhados.
BN:Poderia dar mais detalhes sobre as ações relacionadas ao que você chama de “obsessão pelo usuário?
RC: Isso não significa apenas experiência do usuário. Só para dar um exemplo, os 60 líderes globalmente têm que fazer treinamento de atendimento ao cliente por um dia todo os meses. Passamos 8 horas ouvindo reclamações de clientes, entendendo os problemas e como respondê-los. Estamos constantemente pedindo opiniões através de canais nas redes sociais. Obsessão pelo usuário é esse foco implacável em como estamos constantemente otimizando a plataforma e o ecossistema. Outro exemplo: estamos simplificando as jornadas e garantindo que seja de menos de dois cliques em botões para chegar ao próximo ponto, como acontece nas maiores empresas globais e regionais de e-commerce. Mas, temos apenas sete anos. Olhe para empresas como Meta e Google, que passaram por suas próprias jornadas de otimização de UI e UX. Eu acabei de fazer um estudo de caso sobre a Netflix, pela qual sou obcecada, desde que foi lançada. Comparando a interface atual daquela de seis anos atrás, não dá para reconhecer.
BN: Qual é a importância da comunidade Binance para a sustentabilidade da empresa?
RC: Uma coisa que me impressiona todos os dias é a comunidade que temos e a obsessão que eles têm com a Binance. Compararia isso com uma Nike, até porque, há muitas analogias entre criptomoedas e esportes. São verdadeiros fãs, realmente querem nos ver ter sucesso. E acho que pós-acordo (com a Justiça dos EUA), isso ficou ainda mais forte porque se sentiram unidos pelo fato de quererem ver a Binance sobreviver. Temos um programa chamado Angels (Anjos) com 500 fortes voluntários globais. Eles fazem um processo de seleção muito rigoroso para entrar. Não há remuneração financeira. As histórias dessa comunidade são extraordinárias. Eu estava na Itália há algumas semanas com 30 deles e me sentei ao lado de um que é o chefe de segurança cibernética da polícia italiana. O chefe de nossa comunidade de anjos na América Latina é um médico formado. Temos seis no Brasil. Nunca vi isso em nenhuma outra indústria.
BN:Por que você acha que isso acontece com as criptomoedas?
RC: Acho que, primeiro, porque muitos desses indivíduos foram primeiros usuários de criptomoeda e de blockchain e isso mudou suas vidas. Da perspectiva de um de nossos anjos venezuelanos, por estar em finanças e usar criptomoedas, isso permitiu que saísse da Venezuela, se mudasse para os EUAs e seguisse uma carreira lá. Então, volto ao ponto da liberdade financeira. É realmente relativo à sua história pessoal, sobre como você usa criptomoedas como parte da sua vida diária.
BN:Como a Binance pode ajudar a tornar as criptomoedas usáveis?
RC: Esse é outro grande desafio e oportunidade. Acho que estamos fazendo isso constantemente, procurando e introduzindo produtos como o Binance Pay, por exemplo. Recentemente, reestabelecemos nosso relacionamento com a Mastercard e nos unindo a outros parceiros financeiros. Acho que trazer as criptos para a sua vida cotidiana, com marcas com as quais você está familiarizado, é uma parte realmente crítica disso. Mas, precisamos ser muito cuidadosos porque isso também é sobre o que a base de consumidores está pronta. É por isso que adoro esportes e entretenimento, que agregam valor, mas não de forma intrusiva. Outro produto: os NFTs. Você pode ter seu ingresso para um show em NFT, guardar para a vida toda e potencialmente desbloquear serviços e experiências. Esse tipo de produto é uma maneira fácil para os usuários se envolverem.
BN:Então, quando você fala em utilidade, estamos falando mais sobre essa experiência do que pagar algo com criptomoedas?
RC: Depende de como você quer se envolver com isso. Algumas pessoas vão querer se envolver fazendo pagamentos seja por meio do Binance pay ou de colaborações com a Mastercard. Outros querem ser surpreendidos e encantado sob uma perspectiva esportiva. Não acho que todo mundo necessariamente confie numa empresa imediatamente para começar a usá-la como uma solução de pagamento. Então, nesse caso, esportes e entretenimento podem ser uma maneira interessante de entrar no mercado.
BN: Como você acha que a Drex pode afetar o mercado de criptomoedas?
RC: Não acho que nenhuma evolução ou qualquer proliferação da tecnologia vai nos impactar negativamente. Ainda estamos em uma taxa de adoção tão inicial que temos muito a percorrer. Por isso, todas as inovações são positivas para a indústria. Quanto mais pudermos ajudar as pessoas a usá-la no cotidiano, mais veremos uma adoção mais ampla.
Uma recente pesquisa revela que 12% da população brasileira investe em criptomoedas. A porcentagem é equivalente a 26 milhões de pessoas, número que deixa o Brasil entre os seis países com a maior adoção de criptomoedas do mundo.
Em termos percentuais, quem lidera o ranking são os Emirados Árabes Unidos (30,4%), Vietnã (21,2%) e os EUA (15,6%). Enquanto os Emirados possuem uma grande população estrangeira, a economia do Vietnã está em forte crescimento nos últimos anos, justificando suas posições.
No entanto, a situação muda quando os números absolutos são analisados. No topo aparece a Índia com 93 milhões de investidores, seguido pela China com outros 59 milhões, mesmo com as criptomoedas banidas por lá, e então pelos EUA com 52 milhões.
Brasil aparece entre os países com maior adoção de criptomoedas. Fonte: Visual Capitalist.
Brasil tem crescimento na adoção de criptomoedas
Segundo os dados da Triple-A, usados pelo Visual Capitalist no gráfico acima, a adoção das criptomoedas está crescendo no Brasil. Enquanto a porcentagem da população investidora era de apenas 4,9% em 2021, o número saltou para 7,8% em 2022 e para os 12% em 2023.
Conforme stablecoins lastreadas em dólar representam o maior volume de negociações no Brasil, os pesquisadores apontam que isso está relacionado à inflação e à desvalorização de nossa moeda, o Real.
“Os brasileiros estão optando cada vez mais por stablecoins para preservar seu patrimônio.”
Em relação aos dados mundiais, é destacado que os investidores de criptomoedas ainda são um público jovem, 72% deles com menos de 34 anos. Homens ainda dominam o mercado, com uma presença de 63%.
No total, mais de 420 milhões de pessoas investem em criptomoedas no mundo. O número é maior que a própria população dos EUA (339 milhões) e, caso esses investidores formassem um país, ele ficaria atrás apenas de China (1,4 bilhão) e Índia (1,4 bilhão).
Dados do Banco Central do Brasil confirmam crescimento na adoção das criptomoedas
Em relatório publicado na última quinta-feira (2), o Banco Central do Brasil também mostrou um crescimento na “importação” de criptomoedas por brasileiros. Segundo os dados, brasileiros compraram R$ 1,7 bilhão em criptomoedas em março de 2024, cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o mesmo período de 2023.
A crescente demanda por criptomoedas também pode ser vista nos dados trimestrais. Enquanto brasileiros compraram R$ 2,1 bilhões em criptos no primeiro trimestre de 2023, o número subiu para R$ 4,7 bilhões nos três primeiros meses de 2024, uma diferença de 118%.
Cresce a demanda de criptomoedas por brasileiros. Fonte: Banco Central do Brasil/Reprodução.
Sendo assim, é possível que a adoção de criptomoedas por brasileiros quebre um novo recorde neste ano, superando os atuais 12%. Além de stablecoins, dados do MercadoCripto mostram que Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) também estão entre as preferidas no Brasil, refletindo um comportamento global.
Negociado a US$ 51.500, o Bitcoin precisa subir mais 34% para alcançar os US$ 69.000, preço máximo que a criptomoeda atingiu ao longo de sua história frente ao dólar americano. No entanto, o Bitcoin já rompeu seu topo antigo em 14 outras moedas.
Os dados foram apresentados por Balaji Srinivasan, famoso executivo que apostou US$ 2 milhões que o Bitcoin chegaria a US$ 1 milhão em 2023. Após perder a aposta, o ex-diretor da Coinbase afirmou que “queimou 1 milhão para dizer que [os bancos centrais] estão imprimindo trilhões”.
Embora o dólar seja visto como uma salvação para pessoas que vivem em países em desenvolvimento, não é incomum ver americanos reclamando de sua moeda. Há poucas semanas, o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a dívida pública americana é insustentável.
Em outras palavras, esse bote salva-vidas também pode estar furado, assim como os barcos que muitas pessoas estão abandonando.
Bitcoin registra recorde de preços em 14 países
Mesmo que os bancos centrais sejam o maior vilão dessa história, recentemente até o BC Europeu reconheceu que o Bitcoin pode sim ser uma reserva de valor, principalmente em países afetados pela inflação.
O estudo não ficou apenas na teoria, afinal já pode ser visto na prática. Em 14 dos 193 países do mundo, cerca de 7,25% para quem gosta de porcentagens, o BTC já rompeu sua máxima histórica. Em alguns países, como Argentina, Líbano e Nigéria, os gráficos beiram o absurdo.
“O Bitcoin atingiu máximos históricos em quatorze países.”
Os países (e moedas) onde o Bitcoin já atingiu seu ATH, sigla inglesa para “All Time High” ou máxima história, são os seguintes:
Argentina (peso argentino);
Burundi (franco burundiano);
Egito (libra egípcia);
Gana (cedi ganês);
Japão (iene japonês);
Laos (kip laosiano);
Líbano (libra libanesa);
Malawi (kwacha malauiano);
Nigéria (naira nigeriana);
Paquistão (rupia paquistanesa);
República do Congo (franco congolês);
Serra Leoa (leone);
Sudão (libra sudanesa);
Turquia (lira turca).
Apesar de alguns países serem pequenos, outros merecem destaque. O principal caso é o Japão, considerado a 4ª maior economia do mundo pelo FMI, mas que está tendo problemas em manter a força de sua moeda, o iene.
Logo na sequência aparece a Turquia. Embora seja listada como a 17ª maior economia do mundo pelo mesmo estudo, sua moeda se tornou mais volátil que o próprio Bitcoin e opera em baixa há mais de 8 anos. Segundo pesquisa de 2023, metade da população turca já investe em criptomoedas, muito provavelmente para fugir da inflação da lira turca.
Muitos acreditam que o Bitcoin passará seu topo antigo contra o dólar em breve. No mercado de opções, há diversas calls entre os US$ 60.000 e US$ 75.000 em contratos com expiração para 29 de março. Já nos contratos com prazo para dezembro, outros investidores já possuem posições montadas para os US$ 100.000.
O preço do Bitcoin permaneceu forte no fim de semana, com a atenção voltada para eventos geopolíticos na Rússia e nos estados vizinhos.
Com as tensões diminuindo neste domingo, a curiosidade sobre as reações dos mercados na abertura de 26 de junho permanece, com o fechamento da vela semanal – sempre uma fonte clássica de volatilidade – se antecipando a eventuais oscilações.
Em uma análise recente, o popular trader Rekt Capital colocou o fechamento semanal acima da importante marca de US$ 30.000 como o “cenário mais otimista” para o Bitcoin.
#BTC quebrou uma tendência de baixa de vários meses (azul)
Mas se o $BTC realizar um fechamento semanal como este – uma nova tendência de baixa pode se formar (preto)
Este pode ser o começo de um novo padrão
Muitas coisas podem mudar antes de julho
Cenário mais otimista -> Fechamento semanal acima de ~$ 30.000 #Crypto #Bitcoin
— Rekt Capital (@rektcapital)
“O BTC em meados de abril rejeitou a resistência de US$ 30.000. Vamos ver se o $BTC pode transformar US$ 30.000 em suporte”, acrescentou em outra postagem no fim de semana.
O colega trader Crypto Tony ficou esperançoso em uma viagem para US$ 32.000 a seguir, caso o Bitcoin consolidasse com sucesso perto de US$ 31.000.
Se o Bitcoin puder se consolidar em torno dessas máximas de US$ 31.000, uma explosão até US$ 32.000 não será problema.
Eu acredito nos touros
— Crypto Tony (@CryptoTony__)
Um pouco menos confiante, Michaël van de Poppe, fundador e CEO da empresa de trading Eight, questionou a capacidade dos touros de manter o atual ritmo de alta.
“O Bitcoin fez uma boa alta, através da qual varreu a máxima anual”, disse ele aos seus seguidores no Twitter.
“Não tenho certeza se continuaremos subindo a partir daqui, mas durante as tendências de alta, você provavelmente verá o preço continuar subindo, em vez de haver correções profundas. Se tivermos uma correção para US$ 28.500, eu compro.”
Van de Poppe ecoou um preço alvo popular entre os participantes do mercado ansiosos para “comprar a queda” abaixo de US$ 30.000.
Gráfico anotado BTC/USD. Fonte: Michaël van de Poppe/Twitter
Recordes do Bitcoin continuam caindo
Apesar do arrefecimento da volatilidade em relação ao dólar, o Bitcoin conseguiu estabelecer novas máximas históricas em três países nesta semana.
Na Argentina, na Venezuela e no Líbano, o Bitcoin atingiu seus níveis mais altos de todos os tempos em relação às respectivas moedas locais.
Nesses países, a tendência de alta do preço do Bitcoin tem sido contínua ao longo de 2023, à medida que a inflação e as políticas macroeconômicas desgastam rapidamente o poder de compra dos cidadãos.
Na Turquia, onde a lira caiu para novas mínimas em relação ao dólar, o par BTC/TRY se aproximou de sua máxima histórica de dezembro de 2021.
Gráfico semanal BTC/TRY. Fonte: TradingView
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo movimento de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem conduzir suas próprias pesquisas ao tomar uma decisão.
A corrida para a implementação de moedas digitais emitidas pelo banco central (CBDCs) é um fenômeno global que promete revolucionar os sistemas financeiros.
Em um artigo encaminhado ao Cointelegraph, Vanesa Meyer, vice-presidente de Inovação e Design da Visa América Latina e Caribe, destaca o potencial inovador que as CBDCs apresentam, além de apontar para os desafios que precisam ser superados para uma adoção eficaz.
“Atualmente onze bancos centrais já lançaram suas moedas digitais, 20 estão em fase piloto e mais de 100 países estão explorando o uso de CBDCs para melhorar a estabilidade, a resiliência e a eficiência dos sistemas financeiros”, revelou a executiva.
Meyer descreve as CBDCs como moedas virtuais emitidas por um banco central, tendo por base o formato digital. E é justamente essa nova modalidade de moeda que diversos bancos centrais estão explorando, cada um com seus objetivos específicos, que vão desde a promoção da inclusão financeira até a manutenção da independência nas questões de política monetária.
Essas moedas digitais dividem-se em duas categorias principais: as de varejo (como o Yuan Digital da China) e as de atacado (como o Real Digital no Brasil).
Ela explica que as CBDCs de varejo destinam-se ao uso pelo público em geral, enquanto as de atacado são reservadas para uso por instituições financeiras, geralmente utilizadas para liquidações interbancárias e outras transações de atacado.
No contexto da América Latina e Caribe (LAC), as CBDCs podem abrir novas oportunidades de valor. No entanto, segundo Meyer, para atingir uma adoção precoce e democratizar o uso dessas moedas digitais, o setor precisa solucionar vários desafios, em especial no que diz respeito às CBDCs de varejo e à aceitação do público.
“O setor precisa solucionar vários desafios para promover a adoção precoce, a democratização e o uso em massa dessas moedas, especialmente quando a questão são as CBDCs de varejo e a disposição do público em usar essas moedas digitais”, afirmou.
Nesse sentido, ela aponta que a Visa realizou um estudo de pesquisa em colaboração com especialistas em criptomoeda. O objetivo era entender os desejos e sentimentos dos consumidores e estabelecimentos comerciais da LAC em relação às CBDCs de varejo.
“Os resultados apontaram dois elementos cruciais para a adoção de uma CBDC de varejo: a confiança dos usuários e a expansão da digitalização”, disse.
CBDCs
Meyer aponta que a pesquisa identificou que a confiança é essencial quando se trata de dinheiro, governança e tecnologia. O sentimento de desconfiança nas capacidades tecnológicas de governos e bancos centrais para criar uma infraestrutura resiliente para CBDCs tem crescido, alimentado por ambientes políticos voláteis.
Ela aponta também que há também dúvidas quanto à independência e privacidade que uma CBDC pode oferecer.
Por isso, os usuários exigem um modelo híbrido para a adoção de uma CBDC de varejo, onde governos se unam ao setor privado para oferecer experiências de dinheiro digital inovadoras, seguras e credíveis.
“O estudo também destaca que a CBDC deve ser apresentada como uma alternativa conveniente ao dinheiro e não como uma moeda obrigatória. Da mesma forma, é fundamental criar protocolos que possibilitem que consumidores e empresas disponham de transparência e controle total sobre seu dinheiro, patrimônio e informações”, afirma.
Meyer ainda destaca que a digitalização impulsionará o uso generalizado das CBDCs de varejo. Para isso, é preciso elevar os baixos índices de inclusão financeira e digitalização, que ainda são uma realidade para uma parcela significativa da população.
O estudo também aponta que é necessário criar protocolos que permitam transparência e controle total sobre o dinheiro, patrimônio e informações dos usuários.
“Os obstáculos existem, mas as oportunidades para criar um ecossistema de pagamentos mais eficiente, seguro e sem atrito com CBDCs são maiores. Nossos especialistas em CBDC estão trabalhando ativamente com bancos centrais, instituições financeiras e fintechs para criar ecossistemas baseados em confiança e casos de uso centrados no usuário para impulsionar a adoção e democratizar as CBDCs em toda a região LAC, para todos e em todos os lugares”, finaliza.
A Strike, provedora de pagamentos com Bitcoin (BTC) sediada em Chicago, expandiu seus serviços para 65 países paralelamente à mudança de sua sede global para El Salvador. Antes de sua expansão, o aplicativo móvel funcionava apenas nos Estados Unidos, El Salvador e Argentina.
De acordo com Jack Mallers, CEO e fundador da Zap, empresa controladora da Strike, a campanha de expansão visa combater o “mundo nebuloso das exchanges de criptomoedas e regimes de licenças, e 1.000 moedas diferentes”. Falando à Fortune, Mallers revelou que a mudança de sua sede para El Salvador foi uma resposta aos crescentes sentimentos regulatórios anticripto nos Estados Unidos.
Por um lado, os regulamentos impedem a Strike de oferecer seu serviço em Nova York; por outro lado, El Salvador introduziu regulamentações cripto-inclusivas para atrair inovações tecnológicas na região.
3/ El Salvador is the epicenter of Bitcoin adoption, and thus, economic freedom, financial sovereignty, censorship resistance & unconfiscatable wealth.
When we issue the first of the volcano bonds, we will once again be blazing the path forward for this new monetary revolution.
Durante a discussão, Mallers falou sobre o sucesso de El Salvador em estabelecer o Bitcoin como moeda de curso legal. Ele acredita que a adoção pelos comerciantes “não era o que definia o sucesso”. Em vez disso, ele pesou o sucesso da adoção do Bitcoin em El Salvador em termos de outros fatores, incluindo o aumento do turismo.
A Strike inicialmente permitirá que os usuários nos novos mercados globais recebam apenas Bitcoin. No entanto, Mallers revelou planos de lançar novos recursos, incluindo um cartão de débito, até o final do ano. Para mercados fora dos EUA, a Strike permitirá pagamentos em dólares americanos via Tether (USDT).
“Dois anos atrás, as pessoas zombariam de mim [por nossa] sede em El Salvador lançar produtos para três bilhões de pessoas, mas agora a Coinbase está brigando com Gary Gensler”, disse ele. “Quem está rindo agora?” Mallers concluiu.
We are now the world’s first international digital asset platform to receive approval for a Digital Asset Service Provider license under El Salvador’s new Digital Assets Issuance Law! A milestone for financial freedom in Latin America.@bitfinexhttps://t.co/88Mmmi5s6M
A licença de provedor de serviços de ativos digitais de El Salvador permite que a Bitfinex “facilite a emissão e negociação secundária de ativos” com direitos e obrigações claramente definidos na jurisdição.
O governo brasileiro fechou uma parceria comercial com o governo chinês na qual transações entre as nações serão realizadas usando o Yuan e não o dólar. As operações serão feitas usando o Banco Bocom BBM e o China Interbank Payment System (CIPS), a alternativa chinesa ao Swift.
A sucursal brasileira do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) também atuará como banco de compensação do renminbi no Brasil, ou “clearing house”. O CEO do Bocom BBM, Alexandre Lowenkron, afirmou que a simplificação das operações financeiras entre Brasil e China tem o potencial de potencializar a diversificação da pauta de comércio entre os dois países.
Ele acredita que a tendência é que o renminbi se torne uma das principais moedas usadas no comércio brasileiro ao longo do tempo. Em fevereiro, o Banco do Povo da China, o banco central chinês, assinou um memorando de entendimento (MOU) com o Banco Central brasileiro para a realização de acordos que viabilizem o pagamento do comércio entre os países na moeda chinesa.
A adesão do Bocom BBM ao CIPS e a definição do ICBC como clearing house estavam entre os próximos passos previstos, após o MOU assinado entre os bancos centrais. Os acordos também se inserem em uma discussão geopolítica importante sobre pagamentos em moedas locais e desdolarização.
Com as facilidades de pagamento em renminbi, Brasil e China avançam em relação à desdolarização e à redução da dependência do comércio global da moeda americana. O próximo passo será abrir portas para integrações também no mercado financeiro.
Yuan Digital
Além disso, o novo acordo abre precedentes para que os pagamentos entre as nações sejam realizados com o uso de CBDC. No caso da China, a nação vem testando a mais de um ano sua moeda digital, o Yuan Digital (e-CNY) e recentemente começou a realizar pilotos de pagamentos cross-border com países asiáticos.
No ano passado, nos primeiros testes de pagamentos internacionais usando a CBDC chinesa, cerca de US$ 22 milhões foram transacionados por meio do m-Bridge, um projeto com participação do BIS que testa pagamentos internacionais em moedas digitais emitidas por bancos centrais da China, Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos.
No entanto, a China sinaliza que o CIPS será a espécie de Swift para o Yuan e, consequetemente para sua versão digital, abrindo, portanto a possibilidade do acordo entre as nações incluir pagamentos em CBDC no futuro.
O Banco Central do Brasil, que também já iniciou os testes do Real Digital, a CBDC nacional, também já declarou que entre seus planos está habilitar o uso da moeda digital nacional em pagamentos crosses borders habilitados por contratos inteligentes.
Porém, o BC nacional destaca que ainda há muitos problemas de interoperabilidades entre as CBDCs já que os próprios Bancos Centrais ainda não definiram a tecnologia a ser usada. No caso da moeda digital chinesa, embora o governo tenha uma blockchain própria, a BSN, o Yuan Digital não usa um sistema em blockchain.
O PBOC já confirmou que não usa nenhum ledger distribuído, ou tecnologia blockchain, porque seria inadequado para lidar com volumes de transações antecipados. O e-CNY exige que os usuários associem alguma informação de identificação com sua carteira digital antes que possam armazenar ou transacionar a moeda, sob um princípio que os funcionários do PBOC chamam de anonimato controlável.
Já o Real Digital do Brasil não tem uma tecnologia definida ainda. O Banco Central anunciou que nos testes da CBDC será usado o Hyperledger Besu, uma blockchain baseada no Ethereum EVM, porém não há garantias de que o sistema será adotado oficialmente pelo BC.
A Agência Nacional de Cibersegurança Nacional (ACN) da Itália informou neste domingo (5) que seu país está sobre um massivo ataque hacker. Segundo a nota, o ransomware já teria afetado milhares de servidores.
A Agência cita que outros países como França, Finlândia, Canadá, EUA também são alvos dos hackers. Portanto, o ataque parece ser global e coordenado.
Já a CERT-FR, agência francesa, havia emitido um comunicado sobre o assunto ainda na sexta-feira (3), alertando que o ataque tinha foco em servidores VMware ESXi, mas que uma solução já existe há quase dois anos.
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“No estado atual das investigações, essas campanhas de ataque parecem explorar a vulnerabilidade CVE-2021-21974, para a qual um patch está disponível desde 23 de fevereiro de 2021”, alertou a agência francesa. “Essa vulnerabilidade afeta o serviço Service Location Protocol (SLP) e permite que um invasor explore um código arbitrário remotamente.”
Hackers estão pedindo Bitcoin
Em suma, ataques de ransomware sequestram a máquina da vítima, encriptografando seus arquivos. Para que os arquivos sejam liberados, os hackers geralmente pedem criptomoedas em troca.
Através do Twitter, o CEO da empresa francesa Nice Météo 06 afirmou que seus servidores foram comprometidos. Na sequência, afirmou que os hackers estariam pedindo 2 bitcoins (R$ 240.000) pelo resgate.
“Um pouco mais irritante ainda, a máquina é um host ESXi e me pedem 2 BTC… Sem snaps, mas com backup no S3, que espero que esteja completo.”
Un peu plus embêtant encore, la machine est un hôte ESXi, et on me demande 2 BTC… Pas de snaps mais des bkp sur S3, qui j’espère seront complets… On va repartir de zéro sur un Debian 11 et sans VMware au milieu qui ne m’a jamais rien apporté, c’était une erreur :/
Além de França, outro país bastante afetado pelos ataques foi a Itália. Em nota, a Agência Nacional de Cibersegurança Nacional (ACN) afirmou que “alguns milhares de servidores já foram comprometidos”.
“A Equipe de Resposta a Incidentes de Segurança de Computadores da Itália (Csirt-IT) da Agência Nacional de Cibersegurança (ACN), detectou um ataque hacker massivo por meio de um ransomware já circulante direcionado aos servidores VMware ESXi.”
Ataques de ransomware estão em queda, diz empresa de segurança
Em relatório publicado no mês passado, a empresa Chainalysis notou que tais ataques tiveram uma grande redução em 2022 conforme as vítimas estavam menos dispostas a pagar pelo resgate de seus arquivos.
Mesmo assim, o montante recebido pelos hackers chegou a US$ 457 milhões (R$ 2,35 bi) no ano passado. Ou seja, o atual ataque à Itália, França e outros países pode ser uma resposta dos hackers, que buscam por mais vítimas.
Valores recebidos por hackers com ataques de ransomware tiveram queda em 2022, mas seguem em alta. Fonte: Chainalysis/Reprodução.
O problema é tão grande que até mesmo os EUA já ofereceram uma recompensa de R$ 75 milhões para quem oferecesse informações que levassem a prisão de um famoso grupo ligado a ataques deste tipo.
Por fim, não existem informações sobre o Brasil ser alvo do ransomware. Mesmo assim, o ataque parece ser global, o que exige atenção de todos. Indo além, também recomenda-se que nenhum pagamento seja feito aos hackers.