O protocolo Cap, focado em stablecoins com rendimento, anunciou nesta segunda-feira (7) a captação de US$ 11 milhões em financiamento, impulsionado por uma rodada seed recente de US$ 8 milhões. Entre os investidores estão nomes de peso do setor financeiro tradicional, como Franklin Templeton e Triton Capital.
A nova injeção de capital será destinada ao desenvolvimento de seu mecanismo de stablecoin, com lançamento previsto para o final deste ano. Antes disso, a startup já havia arrecadado US$ 3 milhões em uma rodada anterior.
A proposta do Cap é ambiciosa: criar uma stablecoin que permita aos usuários obter rendimento passivo sobre seus tokens. Para isso, o projeto aposta em uma estrutura híbrida, que une estratégias típicas do universo cripto — como arbitragem e cultivo de liquidez — a mecanismos mais tradicionais de geração de rendimento, como os utilizados por fundos de crédito privado e empresas de alta frequência (HFT).
Em comunicado, a Cap Labs afirmou que pretende “democratizar acessos a rendimentos antes restritos”, aproveitando um coletivo de operadores especializados em estratégias de yield. A plataforma também oferecerá oportunidades de ganhos adicionais por meio de protocolos de restabelecimento como o EigenLayer, que permitem aos usuários travar ativos em sistemas de segurança de blockchain em troca de recompensas.
Stablecoins ganham protagonismo global
O movimento do Cap ocorre em um momento de forte aquecimento no mercado de stablecoins. Gigantes como a Fidelity e o World-Liberty Financial, ligado ao ex-presidente Donald Trump, já anunciaram planos para lançar suas próprias versões dessas criptomoedas estáveis. O estado de Wyoming também se posicionou como um polo regulatório favorável ao setor.
Nos Estados Unidos, o Congresso intensifica os debates em torno de uma regulamentação específica para stablecoins, visando estabelecer regras claras para emissão, lastro e uso desses ativos digitais, cuja adoção cresce em ritmo acelerado tanto no mercado cripto quanto no sistema financeiro tradicional.
