Banco Central e BIS lançam hackathon global de finanças sustentáveis

Banco Central e BIS lançam hackathon global de finanças sustentáveis

O Banco Central (BC) e o Banco de Compensações Internacionais (BIS), chamado de banco central dos bancos lançaram hoje (25) a competição global G20 TechSprint. Esta quinta edição da competição é focada em soluções financeiras sustentáveis. A participação é aberta a qualquer empresa, fintech ou pessoa do mundo, o que vai permitir conexões internacionais, e as inscrições vão até 31 de maio.

O Brasil é presidente do G20, que reúne as maiores economias do mundo, até o final do ano, e tem defendido a discussão e busca de soluções sustentáveis no grupo. O TechSprint deste ano vai se concentrar em três problemas relacionados a finanças sustentáveis para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU e a inclusão.

Durante o evento, Roberto Campos Neto, presidente do BC, afirmou que os os desafios climáticos, ambientais e sociais sem precedentes podem afetar o trabalho dos bancos centrais de duas formas. Uma delas é na política monetária e na estabilidade financeira, quando eventos como enchentes e secas afetam os preços de alimentos e energia, portanto, a inflação. O segundo impacto, no longo prazo, é que esses choques têm efeitos duradouros na produtividade e no crescimento econômico. O BC tem uma agenda com várias iniciativas ligadas a sustentabilidade.

Os três desafios são soluções baseadas na natureza, ou seja, soluções tecnológicas que incentivem e atraiam investimentos sustentáveis e inclusivos em biodiversidade e preservação da natureza. O outro é ESG, com a busca de novas tecnologias para melhorar a qualidade, confiabilidade e granularidade dos dados ESG, o que aprimora, por exemplo, a due diligence e divugação de gestão dos riscos.

O terceiro é ODS, em que se buscam soluções open source para apoio a decisões financeiras e alocação de capital alinhadas com os objetivos da ONU. Isso inclui, por exemplo, preservação da biodiversidade, mudanças climáticas, energia limpa, educação financeira e inclusão, redução da pobreza.

As inscrições para o hackathon, construção de protótipos e a avaliação online das propostas de projetos são feitas pela plataforma Apix . As equipes selecionadas vão desenvolver soluções por oito semanas e terão a oportunidade de apresentá-las e receber apoio das instituições nacionais e especialistas convidados. A Fenasbac, que desenvolve programas de inovação com o BC, também participa da iniciativa.

Um painel independente de especialistas escolherá uma solução vencedora para cada desafio. O anúncio dos vencedores será em novembro próximo, segundo Fabio Araujo, coordenador do projeto do Drex no Banco Central, durante a divulgação do hackathon. O vencedor de cada categoria ganhará o prêmio de US$ 25 mil (cerca de R$ 125 mil). Todos os projetos selecionados receberão uma bolsa de US$ 5 mil (cerca de R$ 25 mil).

Benedicte Nolens, que lidera o hub de inovação do BIS em Hong Kong, afirmou que a competição é de graça e entre os benefícios de participar estão a conexão com outros participantes de todo o mundo e apresentação dos casos em eventos.

Assista ao vídeo de lançamento do TechSprint 2024:

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