Sequestro com pedido de criptomoedas termina em confronto e morte de dois suspeitos em Goiânia

Um sequestro relâmpago em Goiânia, planejado para extorquir milhões em criptomoedas, terminou em confronto policial, deixando dois suspeitos mortos e outro foragido. O mandante, identificado como Josemar Alencar Linhares de Oliveira, foi preso ao tentar fugir para os Estados Unidos.

O crime

Segundo a Polícia Civil, o plano começou a ser articulado em fevereiro. Josemar, que se apresentava como assessor do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, marcou em junho uma reunião de negócios com a vítima, um empresário paulista.

Ao chegar a Goiânia no dia 24 de junho, a vítima foi recebida por Josemar e por Gabriel Pires de Lima, apresentado como “Danilo”, responsável pelo transporte. Minutos após sair do hotel, um terceiro criminoso saiu do porta-malas do veículo armado, rendendo o empresário.

Durante o trajeto, outro integrante armado entrou no carro. A vítima foi constantemente agredida e ameaçada de execução, enquanto os criminosos exigiam a transferência de 2 a 4 milhões de reais em criptomoedas.

Frustração e violência

Sem acesso à sua carteira digital no momento, a vítima só conseguiu transferir R$ 6.813,28 via Pix. Os criminosos reviraram pertences e exigiram novas tentativas, mantendo armas apontadas para sua cabeça e costela.

No percurso, o carro passou por um posto policial e iniciou fuga em alta velocidade pela rodovia GO-020. Durante a perseguição, a vítima foi jogada do veículo em movimento, sofrendo fratura em três costelas e hemorragia interna.

Desfecho

Após troca de tiros, dois sequestradores foram mortos. Gabriel conseguiu escapar, e sua identidade só foi confirmada posteriormente como integrante do grupo. Já Josemar, apontado como autor intelectual, foi preso em uma operação internacional quando desembarcava nos EUA.

Investigações

A polícia apura se o crime também tinha ligação com uma suposta dívida de R$ 500 mil da vítima em transações de criptomoedas. O caso expõe os riscos de crimes digitais associados a extorsões físicas e reforça a necessidade de atenção às práticas de segurança pessoal e financeira.