A Rússia recorreu às criptomoedas para facilitar o comércio de petróleo com a China e a Índia, contornando efetivamente as sanções ocidentais em seu comércio de petróleo de US $ 192 bilhões, informou a Reuters, citando fontes familiarizadas com o assunto. O país tem se aprofundado lentamente no espaço das criptomoedas. Apenas nesta semana, o Banco da Rússia apresentou propostas para criar um regime legal experimental (ELR) com duração de três anos, permitindo a um “grupo limitado de investidores russos” negociar criptomoedas. Algumas empresas de petróleo russas utilizam bitcoin, ether e stablecoins como o Tether (USDT) para converter pagamentos feitos em yuan chinês e rúpias indianas em rublos, segundo a reportagem da Reuters. Essas transações atualmente representam uma fração do comércio de petróleo da Rússia. Outros países sancionados, incluindo Irã e Venezuela, têm utilizado criptomoedas para manter o comércio evitando a dependência do dólar dos EUA, a moeda dominante nos mercados globais de petróleo. A Rússia desenvolveu múltiplos sistemas de pagamento para navegar pelas sanções, e as criptomoedas são uma das várias ferramentas que o país utiliza. As moedas fiduciárias permanecem o método principal usado nas transações de petróleo da Rússia, e outras soluções incluem o uso de moedas como o dirham dos Emirados Árabes Unidos, disse a Reuters. O relatório também acrescentou que, mesmo se as sanções fossem suspensas, a Rússia provavelmente continuaria a usar criptomoedas em suas negociações de petróleo, já que é vista como uma ferramenta conveniente e flexível. Enquanto isso, o país está atualmente buscando o apoio de seus maiores bancos para lançar um rublo digital para uso comercial e de varejo. O Banco da Rússia afirmou que uma moeda digital centralizada lastreada em rublos poderia ser usada como uma ferramenta contra sanções em 2021. Saiba mais: Países sancionados pelos EUA, como o Irã, estão se voltando cada vez mais para as criptomoedas: Chainalysis
