O Governo Federal iniciou debates sobre a possibilidade de criar uma reserva estratégica de Bitcoin, seguindo uma tendência observada em outros países, como os Estados Unidos. O tema foi abordado nesta terça-feira (25) por Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, que destacou a relevância da discussão para a prosperidade econômica do Brasil.
“Discutir com seriedade a criação de uma reserva soberana de Bitcoin é de interesse público e pode ser determinante para o futuro econômico do país. O Bitcoin é comparado ao ouro digital, uma tecnologia que permite a transferência de riqueza de forma segura e eficiente”, afirmou Guerra.
Embora a possibilidade de adoção do Bitcoin como ativo da reserva nacional ainda não esteja oficialmente na pauta do governo, a discussão vem ganhando apoio no Congresso. O deputado federal Eros Biondini (PL-MG) tem liderado uma proposta legislativa para a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin no Brasil. Em novembro de 2024, ele apresentou o Projeto de Lei 4501/2024, que sugere a incorporação de Bitcoin ao portfólio de ativos do Tesouro Nacional, com uma alocação inicial equivalente a 5% das reservas internacionais do país, aproximadamente US$ 17,75 bilhões ou 177.500 BTCs.
A iniciativa de Biondini tem recebido crescente apoio entre parlamentares, muitos dos quais passaram a se aprofundar no tema. Segundo o deputado, a proposta busca fortalecer a soberania financeira do Brasil e acompanhar uma tendência global.
O projeto também se inspira na experiência de El Salvador, que adotou o Bitcoin como moeda oficial. Biondini reconhece o impacto da iniciativa salvadorenha, mas ressalta que, no momento, seu foco é na criação da reserva estratégica, sem avançar em propostas de adoção ampla da criptomoeda no Brasil.
A discussão sobre o tema deve continuar nos próximos meses, com possíveis audiências públicas e avaliações técnicas para medir os impactos econômicos da proposta.
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