O mercado de criptomoedas ultrapassou nesta sexta-feira (12) o patamar de US$ 4 trilhões em valor total, com o Bitcoin negociado a US$ 115 mil. A alta ocorre apesar da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que veio acima do esperado, mas sem alterar a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda neste mês.
Segundo o Departamento do Trabalho, a inflação de agosto subiu 0,4%, puxada por energia e alimentos, enquanto em julho havia avançado 0,2%. O dado foi interpretado como pontual, diante do recuo do Índice de Preços ao Produtor (PPI) e da fraqueza do último relatório de empregos (payroll), que mostrou criação de apenas 22 mil vagas não agrícolas ante 75 mil previstas.
O cenário fortaleceu bolsas americanas, com o S&P 500 em 6.587 pontos (+0,85%) e o Nasdaq em 22.043 pontos (+0,72%). O “índice do medo” VIX também recuou a 14,66 pontos, em linha com a maior propensão ao risco.
Os ETFs de Bitcoin e Ethereum listados nos EUA registraram entradas líquidas de US$ 552,7 milhões e US$ 113,1 milhões, respectivamente. Nos derivativos, o interesse aberto em Futuros cresceu para US$ 321,9 bilhões (+9%), enquanto as liquidações de posições alavancadas somaram US$ 359 milhões em 24 horas, com predominância de shorts.
O otimismo refletiu em altcoins: tokens como SOL, DOGE, ETH, TRX e ONDO apareceram em zonas de sobrecompra no RSI da Coinglass, enquanto moedas como ZORA, KAVA e TRIBE ficaram em níveis de sobrevenda. O índice altseason marcou 66 pontos, indicando maior fluxo para ativos fora do Bitcoin.
Entre as maiores altas, o KEEP valorizou 42,7%, o OVPP saltou 30% no dia e 150% na semana, enquanto o NILA avançou 59,5%. Já o DORA subiu 36,1%, e o ULTIMA passou de US$ 7.700 (+12,7%).
O desempenho mostra que, mesmo diante de dados inflacionários mistos, o apetite dos investidores por criptoativos continua robusto, impulsionado pela perspectiva de liquidez extra no sistema financeiro.