O Banco Central do Brasil (BCB) está desenvolvendo, em parceria com as bandeiras Visa e Mastercard, um projeto que promete revolucionar o sistema de pagamentos brasileiro mais uma vez: a integração do Pix diretamente nos cartões físicos. A medida permitirá que o usuário realize pagamentos via Pix apenas aproximando o cartão da maquininha, sem precisar abrir o aplicativo do banco ou usar o celular.
A iniciativa, segundo fontes próximas ao Banco Central, faz parte da estratégia de modernização do ecossistema financeiro nacional e está em fase de definição técnica, com apoio das duas maiores bandeiras do mundo. Assim como ocorreu com a tecnologia contactless (pagamento por aproximação), Visa e Mastercard estão trabalhando juntas para criar um padrão unificado de operação do Pix nos chips dos cartões.
Como vai funcionar
O novo sistema permitirá que cartões vinculados a contas digitais seja em bancos ou fintechs realizem transferências Pix instantâneas. O usuário poderá efetuar o pagamento inserindo o cartão na máquina ou por aproximação, enquanto o lojista receberá o valor na hora, sem taxas típicas das transações com cartão de crédito.
O principal objetivo é democratizar o acesso ao Pix, eliminando barreiras tecnológicas como a necessidade de smartphones compatíveis ou aplicativos de pagamento. O BC também mantém diálogo com a Apple, que ainda restringe o funcionamento do Pix por aproximação no iOS.
“O Pix no cartão permitirá a inclusão de públicos que ainda não utilizam smartphones avançados, mantendo a liquidação imediata e reduzindo custos aos comerciantes”, disse um técnico do BCB envolvido nas discussões.
Vantagens para o comércio
Além de reduzir custos operacionais, a novidade deve fortalecer o fluxo de caixa de pequenos lojistas, uma vez que o recebimento continuará sendo instantâneo. O modelo também dispensa intermediários e taxas de bandeiras, mantendo o caráter direto e acessível do Pix.
Empresas do setor estimam que o Pix integrado ao cartão possa se tornar um novo padrão de pagamento universal, combinando a praticidade do cartão físico com a velocidade e liquidez do Pix.
Debate sobre o Pix Parcelado
Enquanto o projeto avança, o Banco Central também discute o Pix Parcelado, previsto para 2026, que permitirá o parcelamento de compras via Pix. O tema, porém, divide o mercado financeiro:
Bancos defendem que o parcelamento seja vinculado à fatura do cartão de crédito;
O BC, por outro lado, quer que as parcelas sejam debitadas diretamente da conta corrente mantendo o sistema simples e instantâneo.
A proposta do BC busca preservar a essência do Pix e evitar dependência do crédito tradicional, mas entidades como o Idec alertam para riscos de endividamento e confusão entre Pix e crédito, especialmente entre consumidores de baixa renda.
“O que se apresenta como acesso ampliado ao crédito pode, na prática, significar armadilhas financeiras e aumento da desigualdade”, destacou o Idec em nota.
Brasil segue como referência mundial
Com o Pix já consolidado como modelo global de inclusão financeira e eficiência digital, o Banco Central pretende reforçar o protagonismo do Brasil na inovação em pagamentos. A chegada do Pix direto nos cartões pode posicionar o país como o primeiro do mundo a oferecer pagamentos instantâneos por aproximação sem depender de aplicativos, unindo segurança, rapidez e acessibilidade.
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