Brasil segue firme e aporta R$ 70,8 milhões em fundos de criptomoedas

Investidores brasileiros mantiveram forte apetite por fundos de criptomoedas, apesar de um cenário externo marcado por incertezas. Na semana encerrada em 24 de outubro de 2025, o país registrou entradas líquidas de US$ 13,2 milhões (aproximadamente R$ 70,8 milhões) em fundos do setor. Esse volume contribui para que o Brasil alcance cerca de US$ 1,6 bilhão em ativos sob gestão (AuM) nessa classe — posicionando-se como o sexto maior mercado global nesse segmento.

O movimento ocorre enquanto o resto do mundo registra entradas líquidas de US$ 921 milhões e os volumes negociados em instrumentos de negociação de criptoativos (ETPs) continuam robustos, acima da média anual.

O que está por trás do impulso
Apesar de um ambiente desafiado por atrasos na divulgação de dados macroeconômicos dos Estados Unidos — decorrentes de um shutdown que afetou órgãos como o Departamento do Trabalho — os fluxos para fundos de criptomoedas demonstram confiança. O último CPI norte-americano, divulgado com atraso, apresentou avanço de 0,3% no mês e 3% em 12 meses, reforçando expectativas de cortes de juros ainda em 2025.
No universo global, os ativos mais beneficiados foram: fundos em Bitcoin (US$ 931 milhões em entradas líquidas), XRP (US$ 84,3 milhões) e cestas multiativos de cripto (US$ 33,2 milhões). Por outro lado, fundos de Ethereum registraram saídas líquidas de US$ 168,7 milhões.

Por que o Brasil segue investindo
– O acesso a fundos regulados de criptomoedas cresce e investidor doméstico parece disposto a assumir riscos moderados ante a expectativa de valorização dessas estratégias.
– A diversificação em classes não-tradicionais ganha espaço num momento em que taxas de juros, inflação e cenário global oferecem poucas certezas.
– O mercado brasileiro de criptoativos sinaliza maturação: maior volume, mais oferta de produto e melhor estrutura para investidores que antes ficavam de fora.

Riscos e alertas
Apesar do entusiasmo, permanecem desafios: volatilidade elevada das criptomoedas, ausência de tradição comparável a ações ou renda fixa e cenário regulatório ainda em formação no Brasil. Qualquer mudança brusca nas condições macroeconômicas pode reverberar com mais intensidade nesse tipo de investimento.

Estratégia recomendada por nosso especialista em comunidade cripto
Para investidores que desejam explorar esse momento, nosso especialista em crescimento de comunidades em cripto sugere focar em três frentes:

1. Educação e participação ativa: entenda os fundamentos dos fundos de criptomoedas e conecte-se a comunidades que discutem governança, risco e potencial das alocações.

2. Diversificação inteligente: não concentre todo o aporte em um único ativo — embora Bitcoin lidere, produtos multiativos ajudam a distribuir risco.

3. Engajamento consciente: aproveite o crescimento da comunidade para trocar experiências, acompanhar regulatórios e melhorar entendimento técnico — uma vez que o mercado ainda é seletivo.

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