A emissora de stablecoins Tether congelou 32 endereços vinculados a atividades terroristas em Israel e na Ucrânia, em colaboração com autoridades policiais locais.
O valor de US$ 873.118 em Tether (USDT) vinculado a atividades ilícitas em Israel e na Ucrânia foi congelado, de acordo com um anúncio divulgado pela empresa. A ação foi tomada em colaboração com o Escritório Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Israel.
Paolo Ardoino, que foi nomeado CEO da Tether em outubro de 2023, destacou o fato de que as transações de criptomoedas são facilmente rastreáveis em plataformas de blockchain, permitindo que a Tether ajudasse a bloquear o USDT vinculado ao financiamento do terrorismo.
“Ao contrário da crença popular, as transações de criptomoedas não são anônimas; elas são os ativos mais rastreáveis e monitoráveis que existem.”
O CEO acrescentou que a emissora de stablecoins está trabalhando ativamente com as agências globais de aplicação da lei para rastrear e acompanhar o movimento ilícito de fundos e, sempre que possível, congelar ativos vinculados a atividades criminosas e terroristas.
No final de 2022, a Tether havia congelado mais de US$ 360 milhões em ativos. Posteriormente, a empresa reemitiu mais de US$ 100 milhões de USDT que haviam sido interceptados.
A empresa agora estima que congelou um total de US$ 835 milhões de USDT, principalmente associados a hacks de redes blockchain e de exchange de criptomoedas. A Tether trabalhou em associação com as autoridades de 32 países em todo o mundo para contribuir com as investigações de atividades cibernéticas ilícitas envolvendo sua stablecoin lastreada no dólar.
Em junho de 2023, o ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou que o país havia apreendido carteiras de criptomoedas contendo milhões de dólares que haviam sido transferidos para a organização terrorista Hezbollah.
Fazendo uso das ferramentas de análise de blockchain da Chainalysis, mais de US$ 1,7 milhão em criptomoedas foram apreendidos na operação.
Enquanto isso, os dados de redes blockchain indicam que os criminosos cibernéticos deixaram de usar o Bitcoin como meio de transferência de valor pela Internet, dando preferência a stablecoins e altcoins devido à sua maior acessibilidade e facilidade de uso em operações de lavagem por meio de exchanges descentralizadas (DEXs).
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