Sam “SBF” Bankman-Fried, o fundador da corretora de criptomoedas FTX, afirma que gastar os depósitos em dinheiro fiduciário dos clientes fazia parte apenas do “gerenciamento de risco” para seu fundo hedge de cripto interligado, Alameda Research.

Durante o testemunho em tribunal do ex-executivo de cripto em 31 de outubro, a promotora Danielle Sassoon do Distrito Sul de Nova York perguntou a SBF se ele acreditava que era permitido gastar US$ 8 bilhões do dinheiro fiduciário dos clientes da FTX. “Eu pensei que estava incorporado ao gerenciamento de risco”, disse ele. “Como CEO da Alameda, eu estava preocupado com o portfólio deles. Na FTX, eu estava prestando atenção, mas não tanto quanto deveria ter prestado.”

Segundo SBF, durante seu mandato como CEO da FTX e da Alameda, nenhum indivíduo foi demitido por supostamente desviar US$ 8 bilhões do dinheiro dos clientes para negociações especulativas. “Não me lembro de saber algo sobre funcionários em particular”, respondeu SBF a uma pergunta de Sassoon.

Bankman-Fried também revelou durante os procedimentos que a agora extinta corretora, que tinha sede nas Bahamas, tinha laços estreitos com o governo do país insular. “Você deu ao primeiro-ministro das Bahamas assentos à beira do campo na Arena do Miami Heat”, perguntou Sassoon. “Não me lembro disso”, respondeu SBF. “Aqui está uma mensagem onde você diz que ele está nos assentos à beira do campo da FTX com sua esposa”, disse Sassoon.

Alegadamente, SBF conversou com o Primeiro-Ministro das Bahamas, Philip Davis, sobre pagar a dívida de sua nação. Embora o executivo de cripto o negue, ele admite ter ajudado o filho de Davis a conseguir um emprego.

Pouco antes do colapso da corretora em novembro passado, a FTX anunciou que os usuários das Bahamas seriam ressarcidos e que seus pedidos de saque seriam processados com prioridade. O julgamento da FTX está em andamento e espera-se que seja concluído antes do final da próxima semana.

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