Do Kwon enfrenta acusações de fraude movidas por promotores dos EUA horas após sua prisão

O CEO do Terraform Labs, Do Kwon, foi acusado de fraude por promotores dos Estados Unidos em Nova York, poucas horas depois de ter sido preso em Montenegro.

Em um processo judicial assinado pelo procurador dos Estados Unidos Damian Williams, o empresário de 31 anos foi acusado de oito crimes, incluindo fraude de commodities, fraude de valores mobiliários, fraude eletrônica e conspiração para fraudar e se envolver em ações de manipulação do mercado.

Sob a primeira acusação, conspiração para fraude, os promotores dos EUA alegam ter jurisdição sobre Kwon porque ele fez uma série de declarações falsas e enganosas durante uma entrevista na TV em que ele fala sobre a ampla adoção da blockchain do Terra que foi transmitida para – entre outros lugares – o Distrito Sul de Nova York.

As quatro acusações restantes estão relacionadas a uma série de declarações supostamente enganosas sobre a eficácia da stablecoin TerraClassicUSD (USTC) para manter sua paridade com o dólar, bem como o suposto envolvimento de Kwon em estratégias de negociação que foram projetadas para alterar o preço de mercado do USTC.

Tradução do Ministro do Interior de Montenegro, Filip Adzic – “UM DOS FUGITIVOS MAIS PROCURADOS DO MUNDO FOI PRESO EM PODGORICA

A polícia montenegrina deteve uma pessoa suspeita de ser um dos fugitivos mais procurados do mundo, o cidadão sul-coreano Do Kwon…”

— Simon Dixon (@SimonDixonTwitt)

A ação foi movida logo depois que Filip Adzic, ministro do interior de Montenegro, informou em 23 de março que um indivíduo suspeito de ser o ex-“rei das criptomoedas” foi detido no aeroporto de Podgorica com “documentos falsificados.”

O suspeito, que se acredita ser Kwon, foi detido no aeroporto de Podgorica com seu colega de negócios Hon Chang Joon enquanto tentava voar para Dubai, afirmou Adzic.

Em uma postagem no Twitter, o Ministério do Interior de Montenegro informou que Kwon usou documentos de viagem falsificados da Costa Rica.

Acusações criminais em Montenegro

De acordo com uma reportagem do jornal montenegrino Pobjeda publicada em 23 de março, a Promotoria Básica do Estado pode em breve apresentar acusações criminais contra Kwon e Joon por usar documentos de viagem falsificados da Costa Rica, que eles dizem ter sido descobertos inicialmente pela Interpol.

O crime pode ser enquadrado no artigo 412.º, n.º 2, do Código Penal do Montenegro, que prevê uma pena de prisão máxima de três anos.

Ao revistar a bagagem de Kwon e seu companheiro de viagem, as autoridades locais também encontraram documentos de viagem falsificados da Bélgica, juntamente com três laptops e cinco telefones celulares, que foram apreendidos, informou a reportagem.

Do Kwon, cofundador do Terra, diz que não está ‘fugindo’ das autoridades

Os promotores sul-coreanos emitiram um mandado de prisão contra Kwon em 14 de setembro do ano passado. O ex-executivo enfrenta uma série de acusações de fraude e de violações da lei do mercado de capitais na Coreia do Sul. Além disso, em 26 de setembro a Interpol emitira um alerta vermelho recomendando a sua prisão. Por sua vez, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) apresentou suas próprias acusações de fraude contra Kwon em 16 de fevereiro.

As acusações feitas contra ele são relacionadas à sua suposta participação no colapso do token Terra Luna Classic (LUNC) e da stablecoin TerraClassicUSD (USTC) em maio do ano passado.

ÚLTIMA HORA: $LUNA cai 8,2% para US$ 1,31 após relatos da suposta prisão de Do Kwon em Montenegro.

— CoinGecko (@coingecko) 

Desde o colapso do Terra, Kwon teria passado por Singapura, Dubai e a Sérvia.

O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul cancelou oficialmente o passaporte de Kwon em 20 de outubro, depois que ele não o entregou as autoridades locais conforme uma ordem expedida em 6 de outubro.

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