A exchange de criptomoedas Binance congelou contas ligadas a militantes do Hamas, atendendo a pedidos das autoridades israelenses.
De acordo com uma postagem no WeChat de 10 de outubro de Yi He, co-fundadora da exchange, o congelamento é direcionado ao Hamas e não ao povo da Palestina. Como declarou He:
“O Hamas é uma organização terrorista designada pelas Nações Unidas. Portanto, qualquer organização, incluindo bancos e plataformas de negociação, precisará cooperar no recebimento de pedidos de congelamento. Isso não é algo que a Binance possa decidir por conta própria.”
Yi He explicou ainda que nenhuma plataforma de negociação pode recusar tais pedidos: “A Palestina possui um governo organizado. O Hamas é um grupo militante local. Eles matam civis; esse é o problema. O Hamas não é a Palestina; o congelamento é direcionado ao Hamas, não à Palestina.”
No dia 10 de outubro, o site de notícias local Calcalist informou que autoridades israelenses congelaram as contas de criptomoedas de militantes do Hamas com a ajuda da Binance. As forças de segurança alegam que os terroristas usaram as contas para arrecadar fundos relacionados à guerra por meio das redes sociais.
No dia anterior, o Cointelegraph noticiou que a comunidade Web3 local em Israel lançou uma campanha de caridad para ajudar civis israelenses afetados pelo conflito em curso. Batizada de “Crypto Aid Israel”, a iniciativa apoia doações em Bitcoin (BTC) e Ether (ETH), além de outros tokens ERC-20, como Tether (USDT). O movimento recebeu quase US$ 50.000 em doações de criptomoedas desde o seu lançamento.
Yi He sugeriu que os usuários comuns não seriam afetados pela proibição, incluindo os civis palestinos. “Referindo-se a incidentes anteriores, quando a guerra eclodiu antes entre Rússia e Ucrânia, não congelamos as contas dos russos comuns”, afirmou.
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